Portus Luna

O guarda 1 olha para Damian desconfiado, arqueando a sobrancelha quando o rapaz disse que poderia surpreende-los quase o fazendo o rir, ele então deixa esses pensamentos de lado e troca olhares com o outro guarda, depois fala para o velho...

Guarda 1: De fato, ainda não é prova de que seja ele o assassino com uma simples declaração de uma única pessoa como também sem provas concretas... cruza os braços colocando-os na linha do peito somente com isso não tenho como fazer nada! diz com um tom de decepção... ele então olha para o outro guarda O que você acha, devemos levá-lo mesmo assim?

O outro guarda, também esguio só que com cabelo cortado bem curto, estilo militar, de cor preta com olhos castanhos e bigode grosso(estilo Super Mário) leva a mão para o queixo pensativo e diz...

Guarda 2: Sem provas, sem apreensão! Este é o regulamento! fala decidido, como se fosse um soldado respondendo ao seu comandante...

Aliviado, Damian diz:
Damian: Acabei de chegar em Portus Luna, não tenho a intenção de sair tão cedo, estou disposto a respondê-los a qualquer hora que me chamarem. Quanto ao senhor - diz olhando pro velho. - espero que possamos esclarecer esse mal entendido. Gostaria de ouvir a sua história e, principalmente, a história sobre este colar.

O velho olha atravessado para Damian, não acreditando em nada que o rapaz lhe dizia e nem acreditando na historia dele...

Então o velho fala com fervor na palavras...

Velho: Mentiras! Tudo um barril de mentiras, não me venha com essa historia de querer saber mais sobre minha historia e essa atitude de bonzinho que isso não vai em enganar!faz uma pausa Quando eu disse que reconheceria esse colar mesmo estando vendando, eu falei no sentido literal... retira de baixo de sua camisa, na altura do pescoço, um colar também com uma opala do mesmo tipo do Damian e continua a falar aqui está a prova que vocês tanto queriam olha para os guardas quando essas opalas ficam próximas elas brilham num tom azul piscina! então o velho aproxima a opala um pouco do Damian para as duas começarem a brilhar, para espanto dos guardas e para o Damian... Existem sete opalas como essas, e lhes asseguro que somente duas estão ao "alcance" dos homens, e são essas duas aqui.

Os guardas ficam espantados com toda a cena, não esperavam que os eventos se desenrolassem dessa maneira... então eles começam a trocar olhares e olham para Damian...

Damian fica impressionado com a história e com os colares.
Damian: Quando foi esse suposto assassinato? Gostaria de saber exatamente do que estou sendo acusado, injustamente, diga-se de passagem. Saí de minha cidade natal em busca de pistas exatamente sobre um assassinaeto, mais precisamente, o assassinato de meus pais, e esse velho vem me acusar sem provas? Como eu vos disse, esse colar foi um presente.
Damian começa a perder a paciência com o velho. Seu semblante ficou mais sério.

Os guardas trocam olhares, a conversa já estava atraindo atenção de todos ao que passavam por ali.Então o guarda 1 diz...


Guarda 1: Sem provas?!fala irônico o que acaba de acontecer É um prova de que o que o velho diz, pelo menos uma parte, é verdade tornando você o principal suspeito...  venha conosco até o departamento de polícia para podermos prosseguir com isso! fala autoritário...

Quando o guarda 1 terminou de falar, o guarda 2 rapidamente segura o braço esquerdo do Damian colocando um tipo de algema nele e algemando-se também dizendo...

Guarda 2: O senhor também fala com o idoso nos acompanhe para prestar um depoimento e traga o colar consigo como prova para ser ponderando durante as investigações!

Damian, relutante, ergue os braços e espera que os guardas o "algemem".
Damian: Eu vou com vocês, só espero que algo seja feito caso nada seja provado contra mim. Isso é uma calúnia e eu quero que esse velho seja preso. - agora olhando para o velho - Me diga, quando esse suposto assassinato ocorreu? Quem morreu? Em que cidade aconteceu? Tenho meus álibis.
Olhando pros guardas, pronto para acompanhá-los, esperando que o velho responda suas perguntas.

Os guardas olham para o rapaz e começam a escoltá-lo até a delegacia.As pessoas que olhavam para a situação já começavam a voltar para suas atividades normais ficando mais tranquilas já que os policias tinham "rendido" o Damian... é então que o guarda 1 fala...

Guarda 1: Tudo será esclarecido quando nos encontrarmos com o chefe responsável pela investigação, sua inocência ou culpabilidade serão determinados lá! fala decidido liderando o caminho que levava até o local de destino, seguido pelo outro guarda que "levava" Damian consigo...

É então que o Guarda 1 olha para o velho e diz...

Guarda 1: Não saia da cidade, fique atento que o chamaremos para testemunhar para podermos confrontar a sua história com a desse rapaz! continuando seu caminho...

Enquanto caminhava, o guarda que liderava a "escolta" do Damian olha para trás fitando o rapaz, então ele retira do bolso um caderno de anotações e um lápis de carvão e então diz...

Guarda 1: Como esse trajeto vai demorar ainda um pouco gostaria que você me contasse a sua história para que eu possa já acelerar o trabalho do chefe.Pode falar, anotarei o que julgar necessário...

No encalço do primeiro guarda, Damian vai contando sua história.
Damian: Alguns assassinatos aconteceram em Lavint, a cidade de onde eu vim, e disseram que havia uma recompensa para quem desse informações que levassem ao assassino. Saí em busca de pistas e fui parar em um hotel, lá conheci quem me presenteou com este colar, Gastuk, um dos donos do hotel. Neste mesmo hotel trabalhava a assassina. Depois de tudo se resolver com a guarda local, voltei ao hotel para me despedir de Gastuk, e foi aí então que ele me deu o colar.
Damian explica calmamente e aguarda alguma outra pergunta, amigavelmente.

O guarda então faz uma pausa para fazer algumas anotações em seu caderno voltando a falar em seguida...

Guarda 1: E... esse tal de Gastuk, onde ele conseguiu esse colar?Com quem?Quando?Como? faz as perguntas com um certo ar de inquisidor, estava achando muita coincidência aquilo tudo...

Damian: Foi um presente. Você, por acaso, pergunta a procedência de tudo o que ganha? - fazendo uma cara de ironia. - De fato, pensando melhor agora, não pensei o que poderia conter uma joia dessa. Sei que fui imprudente e essa acusação foi o menor dos meus problemas, pois sei da minha inocência.
Agora Damian fala pensativo, imaginando que poderia estar sendo vítima de uma emboscada.

O guarda ouve a explicação do Damian, voltando a fazer algumas anotações... então ele fala...

Guarda 1: Pronto, já tenho algo para poder iniciar uma linha de investigação falta agora investigarmos se o que diz é verdade! fecha o caderno guardando-o novamente em seu bolso junto com lápis...

Depois de mais alguns minutos, o grupo havia chegado á delegacia.Era um prédio simples de dois andares, de cor creme que tinha em seu topo bandeiras azuis com o simbolo característico de Portus Luna...

O trio adentra por uma porta adjacente a da entrada principal, em que um policial ficava de guarda, quando passaram por ele os dois guardas que acompanhavam Damian fizeram uma saudação e continuaram seu caminho em direção á porta.Quando a porta se abre, Damian se depara com um pequeno salão onde várias pessoas estavam trabalhando em suas mesas, cheias de papéis, haviam pequenos cavaletes ao redor onde algumas dessas pessoas colocavam fotos e escreviam algo neles, como se estivessem discutindo algo sobre as pessoas das fotos.Então o guarda 1 fala para Damian...

Guarda 1: Aqui estamos, o centro de investigações do chefe!fala com um ar de orgulho venha por aqui... ele aponta para um corredor de largura mediana mas bem longo que se situava a esquerda da porta que haviam entrado, guiando Damian...

Enquanto eles passavam pelo corredor, podiam-se ver, pendurados na parede, várias molduras de diferentes tamanhos parecendo serem condecorações honrosas, todas tinham em seus rodapés um nome talhado em prata...




Cada vez mais que eles andavam pelo corredor mais dessas molduras apareciam...

Damian: Johan Draus... - fez uma pausa e continua a falar - deve ser ele quem manda por aqui. -agora dirige-se ao guarda que o escoltava - Sério, preciso saber de que assassinato estou sendo acusado. Será que nada será me dito?
Damian ia dizendo ao caminhar pelo corredor e lendo repetidas vezes o nome nas molduras.

O guarda que caminhava mais a frente olha para Damian expressando seriedade e fala...

Guarda 1: Não um assassinato, mas sete pessoas foram mortas... em sua voz percebia-se um ar de raiva e frustração, faz uma pausa como já havia dito antes, tudo a seu tempo já estamos chegando... ele então desvia o olhar para uma porta que estava mais a frente continuando a andar sem falar mais nada...

Minutos se passam e finalmente eles ficam de frente a uma porta de madeira com iniciais em bronze no topo dela...


O guarda á frente do Damian então lentamente coloca a mão no bolso de sua vestimenta e retira uma chave pequena de aço e a coloca na fechadura da porta, gira algumas vezes e a porta destranca.Depois disso o guarda leva a mão até a manivela da porta e a gira, abrindo a porta...

Guarda 1: É aqui que tudo será esclarecido! fala sereno...

Ao abrir a porta, ela revela uma sala de tamanho médio que tinha sete mesas, 6 delas dispostas em duplas e alinhadas longitudinalmente, formando trés fileiras com duas mesas cada, entre as seis mesas um pequeno corredor se criava que levava até a sétima mesa.Nas seis mesas, pessoas agrupadas em duplas estavam olhando para vários papéis e discutiam algo sobre eles.No final da sala haviam a sétima mesa onde somente uma pessoa estava sentada.

Quando a porta foi aberta, todos na sala olharam para saberem quem havia entrado na sala, ao verem que eram os guardas que "escoltavam" Damian quase que num piscar de olhos voltaram a analisar e discutir sobre os papéis que estavam dispostos em suas mesas... foi então que o guarda 1 falou para Damian...

Guarda 1: O chefe está logo a frente... fala um pouco nervoso, começando a se dirigir até a última mesa da sala....

O jovem caminhava sem resistência, estava inquieto por não saber do que se tratava, mas sem preocupações extras, sabia que tudo aquilo era um mal entendido.
Damian: D.I.E.? - pensou alto.
Damian achava tudo aquilo muito estranho.

Depois de atravessarem as seis mesas pelo "corredor", eles finalmente chegam á sétima.Lá estava um homem de cabelos ondulados, castanhos com algumas mechas acinzentadas. Seu rosto era quadrado e sua cor de pele era clara.Em seu olho direito havia um tapa olho, seu design era um tanto inusitado, era feito de couro na cor negra que cobria da sobrancelha até a base do olho, seis pequenas pedrinhas de algum tipo de minério estavam dispostas a imitar a curvatura da sobrancelha e no lugar do globo ocular ficava um tipo de lente na cor azul escuro, como um monóculo, com a intenção de imitar um olho.Seu outro olho era normal de cor cinza, fitava um papel que estava disposto em sua mesa e que estava a escrever algo nele.Seu nariz é reto e horizontal.Logo abaixo do nariz, tem um bigode que fora cortado para se juntar com sua barba, no estilo cavanhaque.Usava um colete de cor azul marinho e por dentro uma camisa de mangas longas na cor branca.

O homem estava acompanhado de uma moça de altura 1,62m de cabelos curtos na cor loiro, de pele morena e que usava também um colete só que de cor negra e por dentro uma camisa de mangas longas na cor branca.Ela aparentava estar esperando o homem terminar de escrever, sempre olhando para o que o homem escrevia.

Então o homem termina de escrever e fala para a moça,olhando-a...

Homem: Entregue isto até ao destinatário o mais rápido possível, ainda tenho que atender á uma reunião em poucos minutos nesse endereço e preciso que esse assunto seja previamente apresentado aos receptores, entendido?fala colocando o papel num envelope, entregando-o á moça...

A mulher recebe o envelope dizendo...

Mulher:Sim senhor, será feito!dirigindo-se sem demora até a saída sem perceber a chegada dos guardas nem do Damian...

Quando o trio fica em frente ao homem, o guarda á frente da "escolta" fala meio acanhado...

Guarda 1: Erm... senhor... vos trago alguém que possa ajudar na investigação DAQUELE incidente...se não vos incomodar claro!fala retirando do bolso seu caderno de anotações...

O homem olha o guarda e fita o olhar em Damian, respondendo...

Homem: E que tipo de ajuda essa pessoa pode nos proporcionar?fala arqueando a sobrancelha...

Guarda 1: Segundo algumas provas, creio que este seja o nosso principal se não o único suspeito! entrega o caderno ao homem e inclina-se para falar algo...

O homem recebe o caderno, folheia-o e escuta algumas declarações que o guarda queria lhe falar.Depois disso o homem então olha para Damian e diz...

Homem:Realmente as coincidências são muito evidentes, gostaria muito de saber qual é o seu lado da história... ergue-se da cadeira que estava sentado como também gostaria de saber mais sobre esse velho, ainda não entendi muito bem a história dele! olha para o guarda encarregue-se de que esse velho esteja presente amanhã ao meio-dia para esclarecer isso tudo, como também de levar o nosso suspeito até os "aposentos" dele para esperar até amanhã quando será ouvido, no mesmo horário! fala vestindo um casaco de couro que estava pendurado no encosto da cadeira em que sentava Infelizmente tenho que resolver assuntos importantes e somente terminarei de resolvê-los nesse horário, agora eu me dispenso de vocês... fala dirigindo-se até a saída acenando para todas as outras pessoas que estavam na sala enquanto passava, sendo cumprimentado em retorno...

Sem ter tempo de falar algo, Damian se sente injustiçado.
Damian: Inútil, devo dizer, ao menos poderiam me contar o que realmente aconteceu. Cyffur! - olha para os guardas - me desculpem. Não é fácil ser preso sem saber do que está sendo acusado. - então fala baixinho pra ninguém ouvir: Assassinato, francamente, logo eu?

Os guardas que estavam com Damian retribuíam o cumprimento do homem, fazendo uma continência.O guarda 1 ouviu o que Damian havia fala...

Guarda 1: Preso?! arqueia a sobrancelha você nunca esteve preso ou irá, por enquanto... está somente em custódia, até que tudo se esclareça!faz uma pausa Agora vamos, lhe mostrarei onde você ficará por enquanto... lá lhe direi sobre qual acusação você estará respondendo.

Então o trio se dirige até a saída da sala, passando novamente pelo "corredor" entre as mesas.Eles saem da sala, atravessam o corredor de condecorações e chegam novamente até a sala onde eles haviam entrado pela primeira vez, antes de passarem pelo corredor de honrarias ao Johan Draus. Chegando lá eles entram sala cheia de pessoas passando até chegarem á uma porta, do outro lado da sala.Chegando lá o guarda 1 a abre, revelando um corredor com 6 portas em ambos os lados.Eles vão até a quarta porta á esquerda e o guarda 1 fala...

Guarda 1: É aqui que você ficará até amanhã... ele abre a porta que revelava um quarto de tamanho médio com uma cama e uma escrivaninha ao lado da cabeceira dela, um quarto simples mas suficiente para descansar um ou dois dias.Ao entrarem o guarda 1 fala para Damian enquanto o outro guarda colocava-o sentado na cama...

Guarda 1: Viu... não é uma cela que você irá ficar, aqui é onde colocamos os suspeitos de caso em que investigamos, para mantermos a dignidade de sua pessoas os colocamos nesses quartos que são simples mas confortáveis! faz uma pausa enquanto o outro guarda retirava as algemas do Damian Como disse antes, irei te dizer sobre o que estão te acusando... houve já faz algum tempo, enquanto Luna estava sendo atacada pela frota de Tybell BlackHorn alguns assassinatos, não de pessoas importantes, eram pessoas pobres ou que viviam na ruas.O que nos chamou a atenção foi a forma, constante dos assassinatos, os corpos desapareciam por um tempo e voltavam com cortes espalhados pelo corpo formando marcas nunca antes vistas, como símbolos, e estavam quase que totalmente sem fluidos vitais! faz uma pausa  quatro dos sete ocorreram no mesmo momento do ataque á Luna, os outros 3 aconteceram com intervalos de tempos grandes, dois á cinco meses, mas nunca repetidos... o último aconteceu há seis dias atrás e aquele velho era o alvo, mas graças aos nossos esforços conseguimos afugentar o assassino enquanto fazíamos nossa patrulha noturna!faz uma pausa soltando um suspiroComo a sua história é tão cheia de coincidências você terá que ficar aqui até que possamos esclarecer tudo isso, podendo ou não acabar com esse terror de uma vez por todas!fala fitando Damian com um olhar atravessado...

Ao chegar em seus aposentos, Damian se surpreende pois esperava uma cela fria. O quarto lembrava bem os aposentos de Damian antes do falecimento de seus pais. Isso fez Damian se lembrar de um dos motivos de ter saído de Lavint.
Damian: O meu lado da história será revelado amanhã, até lá, aguardo em paz e tranquilo. Posso fazer uma pergunta? - e sem esperar resposta, continua - Vocês sabem de algum grupo de mercenários ou soldados vestindo armadura pesada e seu comandante com uma tatuagem de sol em seu pescoço?
O semblante de Damian muda agora de sereno pra um quase melancólico ao se lembrar de seus pais e de sua antiga casa em chamas...

O guarda 1 então ouve o que Damian havia dito, se aliviando que o mesmo iri cooperar com a investigação.Ele fica intrigado, não esperava esse tipo de pergunta... ele então diz ao rapaz...

Guarda 1:Infelizmente não recebemos nenhum comunicado de um mercenário com essas características.Na verdade não investigamos nada além da jurisdição do governo de Luna e de seus cidadãos!faz uma pausa Algo mais que queira perguntar?

Desapontado com a resposta, Damian nega com a cabeça.
Damian: Não mesmo, obrigado pela atenção. Se alguém com essas características forem visto pela região, vocês poderiam me avisar? Eu ficaria muito grato.

Os dois guardas deixam Damian a sós em seu quarto pensativos, não esperavam que alguém que estivesse sendo acusado por seis assassinatos e um quase com sucesso pudesse ficar se preocupando com outras coisas..talvez ele fosse realmente inocente...talvez.... esses eram os pensamentos que rondavam em suas cabeças...

Após ficar sozinho em seu atual quarto, Damian olha pela janela, procurando entender um pouco daquela cidade agitada.
Damian: E eu que achei que Lavint fosse movimentada...
Logo em seguida, Damian fica observando o céu... imaginando o quanto poderia ser grande e por quantos lugares ele o podia levar.
Agora era só aguardar o dia seguinte. Damian não queria ficar alí pra sempre, por mais confortável que o quarto parecesse.
Damian: Eu vou ajudar nas investigações, assim eu saio daqui e posso ser melhor auxiliado nas minhas buscas.

Então amanhece um novo dia em Portus Luna, passam-se algumas horas e finalmente é meio-dia.Como arranjado anteriormente, Damian é chamado para dar sua versão da história para o detetive chefe, Johan Draus pelos mesmo guardas que haviam lhe trazido antes, eles abrem a porta de seu quarto e levam Damian até o local onde ele havia conhecido o homem do tapa olho...

Novamente ele passa pelo corredor de condecorações, e chega ao D.I.E...novamente ele é levado até a sétima mesa onde o mesmo homem que esteve lá no dia anterior o aguardava sentado.Quando Damian chega o homem levanta-se e fala para Damian...

Homem:Queira se sentar por favor...volta a sentar-se em sua cadeira me chamo Johan Draus, como já deve saber, eu sou o chefe de investigações do D.I.E, Departamento de Investigações Especiais, aqui conduzimos somente investigações sobre acontecimentos de extrema importância ou periculosidade.faz uma pausa Caso não saiba, você é o principal e até agora o nosso único suspeito sobre a sequencia de assassinatos mais uma tentativa em Portus Luna, gostaria que o senhor contássemos mais detalhadamente a sua história enquanto o seu acusador ainda não chega.Está de acordo?

Após o amanhecer Damian se levanta e senta-se em sua cama, olhando para o céu que via dali. Quando os guardas chegam, ele os acompanha calado. Ao entrar na sala que visitara no dia anterior e ser convidado a se sentar, Damian o faz e então começa a falar sobre os acontecimentos:
Damian: Cheguei ontem em Portus Luna, 6 dias de viagem. Antes de vir, estava em Lavint e por lá estavam acontecendo alguns assassinatos também, de wescans. Havia uma recompensa pra quem pudesse ajudar nas investigações, como eu precisava de talentos para procurar por respostas de uns assuntos meus, que logo explico-os. Existe um hotel em Lavint que tem um dos melhores bares da região, lá conheci uma balconista de nome Erwyn, que descobriria mais tarde ser a assassina. Quando contei aos donos do hotel, e à guarda local, recebi a recompensa oferecida pelos guardas, e como agradecimento ao feito, Gastuk, um dos donos do hotel, me presenteou com o tal medalhão com a Opala. A partir de então estive no caminho pra chegar até aqui.
Ao falar, Damian observa a reação de Johan Draus. Damian estava calmo, mas intimidado pela autoridade do investigador.

Johan ouvia cada palavra do rapaz, pensativo, é então que ele fala...

Johan: Interessante, segundo nossas investigações até agora a última aparição do assassino fora á seis dias atrás, onde tentara matar o mesmo velho senhor que está acusando-o desse crime.Segundo seu depoimento incrivelmente fervoroso, ele clama que essas opalas estão, segundo suas palavras," fora do alcance dos vivos" onde somente duas estavam disponíveis, uma com ele e outra com seu primo... recentemente seu primo havia falecido, por causas normais, e em seu testamento queria que sua opala ficasse também inalcançável para quem quer que fosse e segundo o velho senhor, fora feito, quando o assassino atacou-o a opala da senhor brilhara, como também ele disse que por dentro das vestimentas de seu agressor podia ver um brilho semelhante ao da sua opala! Então ao que parece, são muitas coincidências e as probabilidades são altas para que seja realmente você o assassino que a tanto tempo procuramos! fala resoluto...

De repente o colar do Damian começa a brilhar, indicando que o velho havia chegado.Quando o velho chega mais perto da mesa Johan levanta-se e diz para o senhor...

Johan: Fico contente que tenha conseguido chegar até aqui, por favor queira se sentar... volta a sentar-se em sua cadeira e queira explicar melhor sua história para que possamos dissipar essa névoa de mistérios e terminar esse caso de uma vez por todas!

O velho então senta-se á direita do Damian olhando-o com desdém, solta um grande suspiro e começa a falar...

Velho: Há muito tempo atrás, em minha jovialidade, eu e meu primo gostávamos de nos aventurar pelos céus de Cyphus visitando cada cidade e todo tipo de lugares em busca de tesouros.Mas essa busca tinham uma mistura de alegria e também de nervosismo já que nossas família estavam passando por problemas financeiros, assim não poderíamos voltar sem termos algo para sanar essa necessidade... faz uma pausa então numa dessas viagens, enquanto estávamos no Oriente, no Principado de Vaz, ouvimos que havia uma caverna em algum lugar na Floresta Nawë, uma caverna misteriosa ainda não totalmente explorada que poderia abrigar algo inusitado que nos pudesse trazer grandes montantes de dinheiro, assim fomos verificar acompanhados de mais quatro membros...solta um suspiro realizamos várias buscas na caverna de Joutäh e não encontrávamos nada, quando estávamos prestes a desistir encontramos sete belíssimas opalas, como esta que uso, brilhando maravilhosamente no centro da caverna.Assim que as vimos não perdemos tempo em recolhe-lhas e começamos a fazer o caminho de volta á superfície... solta um suspiro péssima ideia, quando estávamos voltando as marcas que havíamos feito para não nos perdermos sumiram, começamos a questionar quem havia esquecido de fazer as marcações mas logo decidimos esquecer isso e nos focar em nosso retorno usando nossa memória, no começo estávamos indo muito bem mas começamos a errar alguns caminhos e a frustração e o desespero começaram a assolar nossos corações.Foi quando que de repente um dos nossos integrantes começou a entrar em pânico e em seu frenesi de desespero e também de ganância, já que o brilho das opalas era sem igual e sempre que olhávamos para elas o sentimento de posse ia crescendo em nossos corações, atacou um outro membro, matando-o, e voltava-se para nós como se quisesse matar mais, na confusão cada um dos outros membros do grupo correram em direções diferentes no emaranhado da caminhos que a caverna tinha... solta outro suspiro ainda bem que eu e meu primo tomamos o mesmo caminho, "lutávamos" contra a caverna para achar uma saída como se a caverna não quisesse deixar que levássemos seu tesouro... mas enfim vimos luzes do dia e conseguimos sair com as opalas.Ao sairmos ainda estávamos espantados com tudo que havia acontecido dentro da caverna e assim resolvemos não esperar por mais ninguém e fomos até a nossa caravela e voamos para longe da floresta.

O velho faz mais uma pausa, voltando a falar em seguida...

Velho:Por não sabermos o que eram aquelas opalas não poderíamos estimar um preço, então decidimos ir até Portus Solar já que lá eram comercializados todos os tipos de mercadorias deveria haver alguém que soubesse o que seriam aquelas opalas.Devido ao seu brilho intenso quando juntas decidimos levar somente uma e ir perguntando se alguém saberia algo sobre ela, e assim o fizemos.Fomos perguntando a cada mercador e cada vez que mostrávamos a opala sempre recebíamos olhares gananciosos como também nos eram oferecidos todo tipo de troca ou de dinheiro, faziam de tudo para poder porem as mão nela.Foi então que encontramos um antigo mercador que nos mostrou um livro de Mitos e Lendas de Cyphus que dizia que no final da Era dos Deuses sete perfeitas lágrimas caíram dos olhos de uma deusa chamada Vorj e ao tocarem o solo, onde hoje se encontra a caverna de Joutäh, tomaram a forma de opala e seu brilho trazia conforto para a deusa fazendo-a esquecer da dor que seus adoradores sofriam pelas mãos dos outros deuses que os invejavam por terem sido abençoados com mais terras férteis que os outros adoradores.Depois disso o homem disse que elas tinham um valor inestimável, por serem relíquias dos Deuses antes consideradas como simples lendas... o homem nos avia instruído a voltarmos e devolvermos as opalas, disse que elas não são para meros mortais possuírem.Ignoramos sem pensar duas vezes o conselho do velho mercador, estávamos afogados em dívidas e essa era a oportunidade de ascendermos como nobres e vivermos uma vida tranquila e afortunada... pelo menos era o que pensávamos, assim que voltamos para a nossa caravela percebemos que vários grupos de mercenários estavam esperando por nós, medo reinou em nossos corações... sabíamos que era por causa das opalas mas não podíamos entregá-las sem lutar depois de tudo que passamos.Quando iam nos atacar houve uma disputa entre eles mesmos sobre que grupo deveria ficar com a opala, na confusão aproveitamos e subimos em nossa embarcação e zarparmos.

Solta um suspiro fazendo uma pausa retomando a fala em seguida...

Velho:Alguns mercenários perceberam a nossa fuga e entraram em suas embarcações e começaram a nos perseguir pelos céus de Cyphus.Não podíamos levá-los para onde morávamos, era muito arriscado, então fomos até o país gélido de Fyordia. A perseguição era sem fim, enquanto estávamos passando pelas grandes Cavernas de Gelo decidimos jogar as opalas em um dos abismos de gelo das cavernas, assim deixamos que os mercenários se aproximassem de nós e então jogamos as opalas fazendo questão de que eles vissem elas caindo, mas guardamos duas um para cada um de nós e as escondemos em lugares separados e torcemos para que os mercenários não nos seguissem.Graças aos deuses eles foram atrás das opalas que haviam caído e começaram a se aventurar nas cavernas de gelo.

O velho pede um copo d'água aos guardas, já estava com a garganta seca. O recebe, tomando a água fazendo uma pausa para depois voltar a falar...

Velho:Os anos se passaram e incrivelmente conseguimos pagar nossas dívidas sem precisarmos vender nossas opalas, que as mantivemos escondidas por esses anos.Vivemos relativamente bem nossas vidas, vivendo de forma simples mas pelo menos em paz... faz uma pausa, demonstrando tristeza em seu semblante quando o meu primo morreu, em seu leito de morte ele me pediu que joga-se a opala que estava em sua posse no mesmo lugar com as outras não querendo que sua família a encontrasse e sofresse qualquer tipo da mal.E assim foi feito, cremamos seu corpo, como havia desejado, e em suas cinzas eu coloquei a opala para que ninguém pudesse ver, e viajei novamente junto com nossos familiares até Fyordia, especificamente até as Cavernas de Gelo e joguei a jarra que continha suas cinzas mais a opala em um dos abismos, realizando seu pedido.

O velho então demonstrava estar tenso e inquieto nesse momento, como se ainda não acreditasse no que iria dizer...

Velho:Tudo continuava o mesmo até ter sido atacado pelo assassino... faz uma pausa olhando atravessado para Damian ele surgiu do nada enquanto estava caminhando pela rua indo em direção ao cais de Luna, eu carregava a minha opala em meu pescoço, já que fazia muitos anos que alguém não procurava por elas e que como não tinham mais outras a minha opala não brilhava a muitos anos... ou era o que pensava.Quando estava me aproximando do cais minha opala começou a brilhar, de início eu fiquei totalmente espantado e sem ação, não tinha como alguém ter uma daquelas opalas eles estão inalcançáveis, ninguém com vida poderia ter conseguido achá-las e sair de onde elas estavam com vida...faz uma pausa foi quando eu vi, por debaixo das vestimentas do assassino um brilho semelhante eu estava completamente paralisado, caí no chão indefeso, devido á um empurrão que havia sofrido do meu algoz... pensei que era meu fim, foi quando os guardas apareceram e afugentaram ele aponta para os guardas que haviam trazido Damian até a delegacia que sumira em meio á escuridão em um beco mais próximo.O velho então termina sua historia com uma longa pausa...

O velho não gostava de lembrar esses fatos de sua vida, sempre á noite tinha pesadelos mas ele estava cansado de viver em pânico e decidiu terminar isso de uma vez por todas compartilhando sua história e ajudando na investigação.Assim ele diz...

Velho: E essa é a minha história como também das opalas...solta um suspiro....