Portus Luna

Damian permanecia em silêncio até que Enil se aproximou.
Damian: Eu preciso comer algo também, comida de hospital não é das melhores. Gostaria de algum pernil, ou algo do tipo.

O ruivo olha para todos reunidos.
Damian: Não fomos devidamente apresentados, me chamo Damian Haustin. Amigos da senhorita Yun são meus amigos também, podem contar comigo para qualquer coisa. - diz procurando um lugar para se sentar.

Yun sorriu para Damian, apoiando a cabeça com as mãos, sobre a mesa. 

Yun - Damian, não precisa me chamar de senhorita, não é como se eu fosse de alguma família importante ou algo parecido - ela abriu mais um sorriso puro e gentil, agora desviando o olhar para Enil - eu adoraria algo com carne, e um suco.

Enil assentiu, anotando os pedidos. Ele via que os outros jovens estavam ainda escolhendo o que iriam pedir, e então decidiu dar um tempo à eles. 

Enil - Vou preparando os primeiros pedidos, enquanto isso, escolham com calma. 

Ao ver Yun entrando no restaurante, Mawari deixa transparecer um enorme sorriso, mas continuando sentada e deixando que agora Aron 'matasse' sua saudade da garota. Apoiava os braços na mesa, cruzando-os. Toda aquela gente reunida fazia com que ela se sentisse bem, e até importante, antes o máximo que conseguirá encher em uma mesa eram apenas mais duas pessoas seu pai e sua mãe, ouvi atenta a toda a conversa. Demorava um pouco para se decidir, esperando que os outros fizessem seus pedidos primeiro, ao ouvir o pedido de Yun, olha curiosa pra ela. 

- Car-carne Yun...? Sempre pensei que fosse vegetariana... E, ei, ei!! - Falava um pouco mais alto, esperando que o garçom a ouvisse e voltasse. -  Já me decidi... hm, vou querer uma salada de brócolis... brócolis com bacon, é... e aw, um suco de beterraba! 

Damian coça a parte de trás da cabeça, todo envergonhado.
Damian: Me desculpe, tentarei não chamá-la assim, mas duvido que eu consiga. São muitos anos falando dessa maneira... - o jovem sorri.
Lembrando-se dos acontecimentos na D.I.E., o ruivo torna a falar.
Damian: Todos vocês tem habilidades, como a senho.. digo, como a Yun? - olha mais uma vez envergonhado para a jovem.

Yun sorri para Mawari, um pouco confusa com o que ela havia dito. Só então lembrou-se de que havia parado de comer carne por um tempo por causa dos ocorridos em Ylliria.

Yun - Ah não Mawari, eu tinha parado de comer carne por outros motivos... mas parece que eu não consigo abandonar minha natureza, hehehehe!

Ao ouvir Damian, a menina levou sua mão até o ombro do rapaz, dando três tapinhas de leve. Porém, logo depois da segunda frase do homem, Yun arqueia uma sobrancelha.

Yun - Habilidades como as minhas?

Enil sorri para Mawari, anotando o seu pedido também, após ter parado de se movimentar para escutar a jovem.
Por fim, ele se afasta para a cozinha, deixando o grupo mais à vontade, ainda com os cardápios na mesa para que os outros que ainda não tivessem feito seus pedidos, pudessem fazer suas escolhas.

(Erk, suco de beterraba >.<')

Damian: N-não se ofenda, Yun. - disse envergonhado - Quando digo "como as suas" me refiro às habilidades mágicas. Conheci um homem que me ensinou a melhorar a minha, infelizmente só funciona durante a noite, mas você, e a senhorita Mio são muito hábeis. Algum dos outros tem habilidades mágicas como tais?
Damian estava totalmente corado e respirava rapidamente.

Yun sorriu e balançou a cabeça, cruzando as pernas, como se em "pose de índio" sobre a cadeira para se sentar mais confortavelmente. Como ela era pequena, cabia de forma perfeita.

Yun - Não me ofendi não, é que as minhas habilidades não são mágicas. Eu não sou uma maga. Mas veja, tem o Aliot, a Mawari, o Aron, o Indrick...

Aron sorri, cumprimentando o garoto que havia se apresentado.

— Olá, senhor Damian. Eu sou Aron Lightsworn, mas pode me chamar só de Aron.

Então, ele, ainda com um sorriso, continua falando.

— Bom, poderes mágicos, né? Hmm... de certa forma, eu tenho um. Acho que todos do grupo tem alguma habilidade ou dom. No meu caso, é magia comum.

O garoto ergue as duas mãos, colocando uma de frente a outra. Graças ao seu ombro ainda ferido, ele não consegue erguer as mãos da altura que normalmente ergueria, mas isso não afeta na sua habilidade com a manipulação de eletricidade. Com o sorriso sumindo por um breve instante enquanto ele assumia uma expressão mais séria, de concentração. Então, uma corrente elétrica percorre seu braço direito, indo até sua mão direita e saltando no ar para sua mão esquerda. Então, ele abaixa os braços, dizendo.

— É um poder bem simples, mas ainda tenho muito que treinar...

O jovem ruivo se assusta.
Damian: Nossa! Nunca vi nada parecido, aliás, nem parecido com a Yun. - e sorri, olhando admirado para a jovem.

A menina abre um largo sorriso para Damian, feliz que o rapaz tivesse gostado da sua habilidade, mesmo que a natureza dela fosse desconhecida. Ela se aproxima do rapaz, segurando as mãos dele, de uma forma animada.

Yun - Você gostou? Né? É tão legal! Tem muitas coisas interessantes que posso fazer, tipo correr por aí como um lobo, uivar melhor, ouvir melhor, awwww! Me deixa tão feliz que acho que posso... ahn... uivar! Hehehe!

Ao perceber que Yun, Mio e Damian tinham chegado, um sorriso nos lábios de Aliot se forma

Aliot: bom... finalmente estamos todos reunidos diz, num largo sorriso

Aliot manteve seus lábios curvados num sorriso até o momento em que ele ouviu Yun falar sobre o ritual...

Ritualistas... em Portus Luna? Aquilo parecia ser difícil de acreditar. Geralmente esses magos tendem a se isolar da sociedade, vivendo em pequenas cidades ou comunidades rurais do interior... mas numa cidade Portus como Luna? Isso é um tanto difícil de acreditar

Aliot sabe da magia ritualista. Ele sabe do que ela é capaz e do estrago que esse tipo de poder realiza na mente, no corpo e na "alma" das pessoas...

Durante toda a conversa, o meio-eloziano continuou a manter-se calado, sério e pensativo... nenhuma palavra saia de sua boca, nenhum som, nada...

Depois de algum tempo, Enil vai até a mesa, entregando os pratos prontos para cada um daqueles que haviam feito os pedidos. 
Uma especialidade da casa com um suco um pouco rosado, para Aron, já o prato com uma comida leve e o suco de frutas vermelhas foi entregue à Indrick. Para Damian, Enil entregou o prato com um bom pernil assado, aparentemente apetitoso, e depois carne com alguns cogumelos e outro suco, dessa vez de abacaxi, à Yun. Por fim, entregou o último pedido à Mawari, uma salada de brócolis com bacon e o suco de beterraba.

Enil: Tudo o que pediram, jovens. - Enil deu um sorriso, olhando para aqueles que ainda não haviam feito seus pedidos - E vocês, já se decidiram?

Yun olhou para Indrick, agradecendo antes Enil, ao ter entregado seu prato. Ela suspirou, segurando os talheres com força.

Yun - Johan disse que são algo como "moldadores de sangue". Eles usam o sangue como uma outra alternativa de fazer magia... por exemplo, um mago consegue fazer coisas incríveis só com a força do pensamento, então imagine o que um Ritualista pode fazer.

Ela pareceu preocupada, mas concentrou-se em alimentar-se daquela comida incrível que Enil conseguia fazer. Quando Jeanne a trouxera pra cá pela primeira vez, a menina quase enlouquecera com o sabor magnífico.

Aron sorri, recebendo o seu prato e a bebida. Faminto, o garoto rapidamente devora toda a comida, e bebe o suco aos poucos, saboreando-o. Ao perceber que o assunto havia mudado para os ritualistas de que Yun havia falado, o Lightsworn decide falar o pouco que sabia sobre os tais magos.

— Ritualistas? Ouvi falar um pouco sobre magos desse tipo. Eles não parecem ser boa gente, quer dizer, nada contra eles, mas a magia deles age de forma diferente. Sabe, pelo que sei, eles são magos que mexem com sangue, símbolos, rituais complexos. Tudo para entrar em contato com alguma "entidade" ou algo do gênero, normalmente em troca de favores ou de poder. O problema é que esse tipo de magia parece agir num conceito de troca-e-retorno, é preciso sacrificar algo em troca de um pacto com as tais entidades. Meh, parece ser algo bem estranho e sinistro.

Entre as pausas de sua fala, Aron tomava goles da bebida.

— A propósito, alguém sabe o que é isso que estou tomando? É bom...

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