Portus Luna

Após ouvir as explicações do Damian e da Yun Zack percebe que apesar de ter poucas pessoas no restaurante estava atraindo atenção demais, somente assentindo com a cabeça em sinal de ter compreendido.

Joseph então percebendo que Zack já havia se acalmado ele simplesmente fala ao Damian...

Joseph: Já que tudo está explicado vamos esperar lá fora enquanto você termina o que quer esteja fazendo! então ele leva Zack consigo até a entrada do restaurante...

Yun sorri marotamente para Damian, fazendo um sinal de positivo, enquanto fechava um dos olhos.

Yun - Tehehe, conseguimos né? - a menina leva as mãos para cintura - Aliás, por que eles estão te perseguindo, hein?

Ouvindo as palavras da jovem, Damian retira seu colar opala e o mostra.
Damian: Por conta deste colar, fui confundido com um tal assassino que portava um semelhante. Não é fácil provar que sou inocente, mas meu álibi está em Lavint. Espero que isso não as assuste, nem a você, Aedonis. - agora ele fala mais calmo e com uma voz serena - Ah, e obrigado por me ajudar, acho que lhe devo uma. - fazendo uma reverencia.

Aedonis fica intrigado pela opala que Damian havia mostrado a todos, ele a olhava com certa intriga como se quisesse se lembrar de algo... então, como se tivesse tido a melhor ideia de todos os tempos ele fala eufórico levantando-se da cadeira em que estava sentado dizendo...

Aedonis: EU CONHEÇO ESSA OPALA! faz uma pausa dramática voltando a falar em sem tom normal antes de me esbarrar com esses meninos, mais ou menos 5 horas antes, um homem parecido com um mercenário havia perguntado em minha loja de conveniências se eu conhecia alguém que tinha essa opala ou mesmo se eu a tinha!faz uma pausa como se estivesse tendo um flashback Ele parecia com pressa e determinado, não sendo muito gentil comigo quando disse respondi negando as duas perguntas!

Damian arregala os olhos ao ouvir o que Aedonis havia dito. Se levanta e coloca ambas as mãos sobre a mesa.
Damian: Pelos Céus! Vamos atrás desse tal homem! - Agora olha para os garotos e diz - Hey, garotos, preciso de mais um favor, chame os guardas ali em frente, diga que precisamos deles agora aqui dentro. Não posso ser acusado de algo que não fiz...

Yun escuta o que os dois diziam, e então cruza os braços. 

Yun - Parece que a coisa é séria! Quer que eu vá com você, Damian? 

Nisso olhava para Jeanne também, como se esperasse uma permissão de ambos os dois ali.

Damian ouve a voz da garota e concorda.
Damian: Sim, eu agradeceria, afinal você já conhece a cidade,  me ajudaria e muito. Não gostaria de (quase) me perder novamente.
Damian conferia suas armas, deixando-as prontas pra qualquer eventual batalha, enquanto esperava pelos guardas, guardou no fundo do roupão de couro seu colar opala.

Yun - Então, parece que nossos amigos vão demorar. Jeanne - Yun se aproxima da garota, cheirando-a para sorrir logo após - nos encontramos logo mais!

A menina observa Damian, esperando que o rapaz fizesse o primeiro movimento, para seguí-lo.

Aedonis ouvia Damian e a Yun conversarem, ele então fala para todos...

Aedonis: Mas foi a cinco horas atrás, e Portus Luna é um lugar imenso e cheio de pessoas tornando quase impossível de se achar alguém, como poderemos achá-lo se não temos nenhuma pista de seu paradeiro?

-----------------------------------------

Jeanne estava como de costume, sempre quieta ouvindo o que era dito sem que alguém percebesse, ela então dá umas puxadinhas na roupa da Yun como se quisesse falar algo em particular.Então, após trazer a garota para mais perto de si, Jeanne fala sussurrando...

Jeanne: Espere um pouco, mal chegamos e já iremos nos juntar com um estranho em sua busca por algo que não sabemos e muitos menos se é seguro? Não acho que seja uma boa ideia!

Yun observa Jeanne, pensativa. Ela leva o indicador até o queixo, como se maquinando sua resposta.

Yun - Ele não parece ser uma má pessoa. E aparentemente precisa de ajuda. - a menina abriu um leve sorriso - No início da minha jornada, todos do grupo eram estranhos. Nós só conhecemos as pessoas se falarmos e interagirmos com elas. Aí então, podemos dizer se queremos seguí-las ou não.

Yun leva as mãos até a sua cintura, fazendo um semblante sereno.

Yun - Você não quer ir Jeanne?

Ao ouvir as palavras de Aedonis, Damian se sente novamente impotente.
Damian: M-mas... - um suspiro - novamente fico à mercê do acaso. Gostaria de me resolver logo. - Damian busca os olhos de Aedonis - O senhor poderia ao menos fazer um retrato falado dessa pessoa que procurou pela joia? E outra, nós poderíamos simplesmente sair por Portus Luna, despretensiosamente.

Aedonis olha cabisbaixo para Damian ao ouvir o seu pedido por um retrato falado, ele então responde...

Aedonis: Infelizmente o mercenário estava usando um capacete que cobria o rosto por completo, somente aberto para os olhos e tinha uns furos do nariz até o queixo para poder respirar e falar.Assim não pude ver suas fisionomias, sinto muito por não poder ajudá-lo...

----------------------------------


Jeanne ouve a explicação da Yun, sabia que a garota era muito inocente mas de fato, quando se juntara ao grupo todos eram estranhos mas agora todos parecem ser grandes amigos.
Então ela responde...

Jeanne: Eu não deveria, já basta o que passamos em Terdemut e sou somente uma pilota á serviço de Luna, não uma aventureira desbravadora... mas se você está comigo pelo menos eu posso ter alguém com quem eu possa depositar minha confiança!

Damian: Máscara? Nossa... isso está ficando ainda mais estranho...
Damian volta a sentar pra pensar no que fazer.

Yun sorri, genuinamente feliz que Jeanne iria junto. Ela abraça a garota, animada, e então observa os dois rapazes que conversavam. A situação não parecia nada boa.

Yun - Sr. Aedonis, aquele homem lhe deu alguma coisa, tocou em alguma coisa, ou algo parecido? - Yun aponta para o seu nariz - Posso encontrá-lo, ou melhor, tentar, com o meu faro. Mas pra ser mais preciso, teria que ser um objeto único, algo que apenas ele tivesse tocado. Ou ele, ou você, por que daí eu saberia diferenciar os cheiros... entende?

Damian vira seu rosto para a garota de cabelos loiros bem devagar.
Damian: F-faro?? Como assim, senhorita Yun? - fala surpreso.

Yun olha para Damian enquanto um leve sorriso se formava em seu rosto. Era engraçado o modo com que todos ficavam impressionados sempre que a menina dizia isso. Ela, por outro lado, conseguia entender um pouco, afinal, não era comum encontrar alguém que conseguisse fazer o mesmo.

Yun - Sim, faro. Eu consigo sentir o cheiro das coisas bem melhor do que as pessoas... ahn... normais.

Ela fala, em um tom baixo, evitando que qualquer outra pessoa que estivesse próxima pudesse escutar e assim, consequentemente, evitando também futuros problemas.

Damian coloca as mãos no queixo, como quem quisesse imaginar, chega perto da garota e coloca sua mão em seu ombro, olhando em seus olhos e sorri.
Damian: Não tenha medo, senhorita Yun,não importa o que você pode fazer. Não deixaria de respeitar-te por isso. Todos sabemos fazer alguma coisa diferente, uns mais que outros.

Aedonis arqueia a sobrancelha quando ouve a menina falar em rastrear o mercenário com o seu faro, ela ficou um tempo sem responder á garota por estar muito confuso com a declaração.Como ela poderia rastrear alguém com o faro, isso é uma característica de uma animal não de uma pessoa... esses pensamentos lhe vem á mente, mas depois se lembra que numa transação comercial com um de seus clientes, a muito tempo, conversou com caçador que por passar muito tempo entre as florestas acabara aprendendo a rastrear seus alvos pelo cheiro, marcas das pegadas como também outras características... então deduziu que ela deveria ter a mesma qualidade.

Após um momento pensando ele então fala...

Aedonis: De fato eu tenho, como ele antes de perguntar para mim sobre o paradeiro da opala comprou um par de medicamentos para hemorragias e como não tinha dinheiro o suficiente ele me deu como entrada esse medalhão de prata que usava no pescoço, como ele usava consigo talvez seja fácil para você encontrá-lo... o wescan retira do bolso o medalhão e entrega á garota...

Damian: Hemorragias - fala baixo, com a mão no queixo, pensativo. - já deveria ter entrado em contenda com outra pessoa, uma possível vítima. Poderíamos procurar tal pessoa também, quem sabe descobriríamos o motivo ou até mesmo, a identidade do tal assassino.

Yun sorri para Damian, aliviada que o rapaz pensasse assim. Era, de fato, animador conhecer alguém que não se importasse com suas esquisitices, assim como foi quando ela conheceu o grupo.

Yun - Obrigada Damian... essas coisas ainda me perturbam um pouco...

A menina olhou para Aedonis, segurando o medalhão que ele lhe entregara. Era fácil distinguir os cheiros, já que tinha o wescan ao seu lado. Então, o outro odor seria o do homem.

Yun conseguia sentir o cheiro de sangue e suor, misturados com óleo e carvão, mas havia algo mais. Uma essência única, que a menina jamais tinha sentido na vida.

Yun - Certo... certo... vamos ver.

Yun caminha para fora do restaurante, dando várias fungadas no ar para tentar sentir alguma coisa, mesmo que leve.

Damian segue no encalço da jovem, preparando-se para qualquer movimentação. Procura do lado de fora os guardas que haviam saído a pouco do restaurante.
Damian esperava seguir Yun a qualquer momento.

Yun caminhava aleatoriamente, tentando captar o cheiro daquele homem, mas havia muita gente na cidade. Todos os odores se confundiam, e se o mercenário estivesse longe demais, seria quase impossível de encontrá-lo.
De qualquer forma, a menina apenas desejava estar tomando as direções certas, mesmo que sem saber se eram ou não.

Yun - Hmm... hfmmm...

Yun conseguia sentir o cheiro das comidas de Luna, das pessoas ao redor, das casas, de tudo praticamente, e isso parecia estar se misturando de uma forma bastante enjoativa. Talvez por que seus sentidos estivessem mais fortes agora, e por causa desse motivo, os odores aumentavam de uma maneira drástica.

Depois de alguns minutos, Yun liderava o grupo formado por Aedonis, Damian, Jeanne e os guardas. Então Yun sente um cheiro peculiar entre os que existiam no ambiente, um cheiro que lembrava do que estava no medalhão. O cheiro criava um certo "caminho" de odor que parecia levar ao leste da cidade... à Estação de Trem!

Prestando atenção nas reações de Yun, Damian percebe algo diferente nela.
Damian: O que foi, senhorita Yun? Encontrou algo?

Yun sorri ao sentir que estava próxima. Aquele cheiro não a enganava.
Ela havia ficado feliz por poder ajudar Damian, e por ter pego a direção correta, antes.

Yun - Pra cá! Estou sentindo o cheiro pra cá! Ahh... estou tão feliz que poderia uivar!

Yun começa a acelerar o passo, sua ansiedade tomando conta dos seus movimentos.