Portus Luna

Portus Luna é, provavelmente, o Portus mais importante de toda Cyphus, é o maior dos Portus e o mais importante. Apesar de ser um Portus, Luna é uma cidade grande e bem movimentada. A cidade se localiza numa ilha flutuante entre Servais e Brastel, e apesar de ficar próxima ao território de Servais, Portus Luna é uma cidade independente, não pertencendo a nenhum país, possuindo suas próprias leis e governadores, como uma cidade estado. Apesar de ser uma cidade voadora, é possível chegar à Luna voando, num navio voador, ou numa estação de trem, que serve como ponte entre a cidade e a ilha de Servais.

Não parecia haver mais nenhum livro que fosse interessante à Damian, a não ser que o rapaz estivesse disposto a ler histórias intermináveis sobre contos de Cyphus. Tirando isso, o mais importante, Damian já havia lido, e era isso que importava.

Yun observava a conversa entre os seus colegas, perto da fonte. Ela permanecia em silêncio, lembrando-se das suas experiências com o álcool. Não foram nada agradáveis, por isso a menina pensava em apenas observar enquanto seus amigos jogavam. Porém, sabia o quão animados eles estavam para o jogo, e não queria desapontá-los.

Outra coisa que pensava era o seu sonho, ou melhor, pesadelo. Todas aquelas memórias de volta, a fazendo se lembrar de quem ela era. Do verdadeiro monstro que poderia se tornar com apenas alguns segundos sem se controlar.
Yun pensava que por um lado era ótimo poder ficar parecida com seus parentes, aqueles que a ajudaram a passar por todas as dificuldades na sua infância. Porém, sabia exatamente do que esse seu lado selvagem era capaz, e ela não gostaria de ferir outra pessoa de novo.
Houve um tempo em que não pensava nisso, e que o mais importante era sua sobrevivência. Não recordava se naquele tempo já havia matado alguém, e esperava que não. Entretanto, ao conhecer sua mãe, e começar a viver na civilização, aprendeu o quão maravilhosas e puras as pessoas poderiam ser, e desejava muito se tornar assim. Por isso, começou a fazer o bem em todos os lugares que ia, e para qualquer pessoa, mesmo que essas não a tratassem bem de volta. Yun aceitara seu passado e seu outro lado menos humano, por esse motivo, não reclamava quando outros diziam alguma coisa ruim sobre ela.
A garota suspirou, desviando o olhar para a água na fonte.

O homem sorri e assente, dando uma piscadela marota para Mio com relação ao que ela havia dito sobre ele contar dos seus problemas.

Assim que a viu seguir para a sacada, foi atrás, observando os outros amigos lá embaixo e percebendo a pergunta da go'hakiana.

Disse, caminhando para perto da porta de saída e a abrindo, esperando que Mio passasse e ele pudesse fazer sua "cena de cavalheiro" de novo.