Portus Luna

Mawari sorri para a moça, sem tirar as mãos do tal gerador, já ofegava um pouco, por vezes dando longos suspiros enquanto empurrava. Sentia um pouco de calor, por conta do esforço e ficava um tanto envergonhada com as pessoas que paravam para observa-los.


- Ah...obri-obrigada... entendo... viva a modernização! - Continuava a sorrir, falando em tom de gracejo.

Aron continuava empurrando o "trambolho". Por estar com um braço avariado, o garoto estava ajudando apenas com seu braço bom. Aquela tarefa estava demorando mais do que ele achava que demoraria.

— Bom, é um caminho bem longo, né? Achei que seria mais fácil levar essa, me perdoem pela expressão, "geringonça". Ela é bem mais pesada do que parece!

O Lightsworn já começava a suar por causa do esforço que estava fazendo, esforço que não parecia estar chegando ao fim tão cedo.

Não percorreram muito e Damian começava a suar. Não imaginava pesar tanto e o pior é que ainda faltavam muitos metros.
Damian: Gente, é bem mais pesado do que pensei. - pausa para respirar - Isso tem dois prós: - pausa - ajudar o senhor Enil e obter meu kit de mecânica - mais uma pausa - assim poderei ajudar muito mais a todos.

Aliot, juntamente com Raegon, finalmente chega ao restaurante de Enil, adentrando no mesmo

No entanto, ao chegar lá (para sua surpresa), o grupo não se encontrava no local, apenas Keela, Kulodra, Vânia e Weber estavam no restaurante.

Aliot: mas... o... o que...? fala, confuso, enquanto vasculhava o local com seus olhos onde raios foi parar todo mundo?

Subitamente, o mago de cabelos ruivos responde a pergunta de Aliot

Weber: saíram, todos eles. diz, num tom moroso e entediante

Aliot: eu percebi! diz, impaciente mas, para onde eles foram?

Weber dá de ombros. A verdade é que o homem estava pouco preocupado para onde o grupo foi. Ele sabia que ele tinham saído para algum lugar importante, e que estavam voltando em breve, todos ali eram adultos (ou quase), todos já possuem idade suficiente para se cuidarem.

É então que Aliot sai do restaurante, emburrado e confuso, ele começa a rondar os arredores do restaurante.

Aliot: onde raios eles foram parar... assim diz, procurando avidamente pelas ruas

É então que, após alguns minutos de espera impaciente, Aliot vê ao longe o grupo (acompanhado de outras três pessoas) carregando uma estrutura de metal de dois metros, que se assemelhava a uma pequena torre metálica de forma cilíndrico.

Aliot: espera... são eles? Eles estão carregando... um... ao forçar a vista, o meio-eloziano se dá conta que o grupo carregava um gerador metálico, que aparentava ser muito pesado gerador?

Aliot cruza os braços, confuso e surpreso ao ver seus amigos empurrando uma geringonça daquele tamanho... mas era típico deles. O meio-eloziano some por alguns minutos e eles sempre veem com alguma surpresa. Sempre.


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Ao caminhar nas localidades de Portus Luna. Indrick B'olvis começou a rondar as proximidades de uma espécie de "loja de antiguidades", localizada na esquina de uma rua estreita.

A loja tinha um ar decadente, porém, pitoresco. Sua fachada se assemelhava às casas de 200 anos atrás e seu interior (visível pelas vitrines de vidros fumê) parecia ser uma "casa de vovó". No entanto, qualquer um que olhasse com cuidado veria um ou dois artigos "estranhos" naquela loja. Artigos que fazem jus a palavra "pitoresca", artigos que ninguém, por medo, superstição ou preconceito, não deseja adquirir.
Estamos falando de artigos de magia.

Yun se esforçava, em sua forma bestial, para empurrar ao máximo aquele gerador até o restaurante. Ela já estava se sentindo exausta, seus braços dormentes pela força, e o suor escorria da sua testa.
A menina trincava os dentes, não só incomodada pela exaustão, mas pelo calor por estar escondida de baixo de um manto quente. Ela havia percebido que transformada, sentia muito mais calor do que o normal, e isso estava incomodando bastante.

Yun - "Ahhh... será que estamos chegando?"

Como Yun estava atrás do gerador, não conseguia ver o caminho da frente, e assim, não sabia se estava chegando ou não. Mesmo que pudesse usar seu olfato, estava ocupada demais forçando a "geringonça" pra frente para pensar que poderia sentir o cheiro do caminho.

Finalmente, os mecânicos param de empurrar o gerador quando a máquina estava a apenas alguns metros de distância da porta do restaurante de Enil

Aliot: Mawari..? Aron...? Damian? O... o que você estão fazendo carregando esse bregueço gigante? fala, fitando de perto o gerador, tornando a ficar ao lado do grupo

Ao dar uma olhada mais de perto no gerador, Aliot indaga mais uma vez

Aliot: onde diabos você estavam? pergunta, sorridente (e ao mesmo tempo, exasperado e confuso... de onde eles tiraram aquele gerador?)

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A loja aparentava estar vazia e abandonada por semanas. O local estava repleto de teias de aranha, e haviam vários objetos "estranhos", dispostos nas prateleiras da loja.

Candelabros, cajados, orbes, cristais, objetos de ferro "suspeitos", insígnias, artefatos de madeira, colares, livros empoeirados, tabuletas de basalto e argila...
Se havia uma palavra para descrever aquela loja, era "bizarra", sem sombra de dúvida.

É então que, observando do outro lado do balcão de madeira que estava no fundo da loja, uma mulher fitava Indrick

O que mais chamava atenção nela, era o fato dela possuir cabelos esverdeados-escuros ondulados, como as folhas de um olmo no auge do verão.

Seus olhos eram castanhos-escuro, e sua pele era clara e ávida.

Mulher: então... seja bem vindo a minha humilde lojinha diz, fazendo um sorriso maroto, se debruçando sobre a mesa faz um tempinho que alguém não entra aqui...

Yun parou ao ver os mecânicos pararem, e finalmente soltou todo o ar dos pulmões. Ela estava ofegante, afinal, aquele gerador era pesado demais se fosse comparar com todo o resto que ela tinha carregado em sua vida toda.
A menina-lobo percebeu Aliot se aproximar, e abrindo um sorriso por debaixo do manto, caminhou para perto do homem, bastante animada, mas também cansada ao extremo.
Ao chegar perto dele, murmurou alguns sons da sua forma bestial, como se querendo cumprimentá-lo.

Yun - "Aliot!"

Aliot dá um sorriso ao perceber que quem estava debaixo daquele manto era Yun.

Num "impulso" de felicidade, o meio-eloziano rapidamente abraça a garota, e "solta-a", perguntando ao grupo logo em seguida

Aliot: mas então... o que é isso? diz, cruzando os braços, olhando o gerador debaixo para cima.


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A mulher fita o mago de cima para baixo, como se estivesse avaliando o homem.

Num sorriso malicioso e intrépido, a mulher indaga a Indrick

Mulher: então... você é um mago? diz, aproximando-se mais ainda de Indrick.

Ao manter seu rosto próximo da face do mago, era possível ver melhor as feições da mulher. A julgar pela cara da atendente, sua idade não era superior a 20 anos, e, mesmo com uma pequena cicatriz na testa (que era coberta por uma mecha de seu cabelo verde), a aparência jovial e, no mínimo, alegre, da moça, chamava atenção a qualquer que pudesse vê-la.

Mulher: sabe... você é o primeiro em dias que vem na minha loja para comprar algo... diz, dando uma olhada nas prateleiras empoeiradas mas acho que isso não é surpresa... dá de ombros

É então que a moça "sai" da bancada, passando por uma passagem que dava acesso a área da loja onde Indrick estava

Mulher: mas então... você é um mago? Ou é apenas mais uma pessoa interessada no mundo arcanista? fala, cruzando os braços sinto lhe dizer que, por motivos se segurança, não posso vender nada meu para alguém não-mago...

Aron sorri aliviado quando finalmente o grupo chegava perto do local da entrega. Soltando o gerador e levando sua mão até a testa, para enxugar o suor, o Lightsworn comenta:

— Bom, isso foi meio cansativo, não é mesmo, pessoal? Mas lembrem-se, tudo por uma boa causa!

Então, ele nota Aliot se aproximando do grupo e falando. Com um sorriso, o garoto fala com o meio-eloziano.

— Ah, senhor Aliot! Não se preocupe, é só uma entrega que estamos fazendo, parece que o senhor Enil está pensando em trocar o forno, ou algo do gênero, e encomendou um destes. Só estamos ajudando na entrega.

Logo após parar e tomar fôlego, Damian acena com a cabeça para o meio-eloziano.
Damian: Isso é o meu desconto. - diz a primeira frase quase rindo - Por causa desse "favor" terei meu kit de mecânica, o que me fará economizar tempo e dinheiro. E é sempre bom mexer com instalações, mesmo que seja de algo tão grande.

Aliot fita Aron e Damian, num semblante curioso e impressionado.

Aliot: entendo... diz, colocando a mão no queixo uma grande coincidência, não acham? dá uma risada, pondo a mão sobre o gerador mas então... suponho que o trabalho de vocês acaba por aqui, não?

Rapidamente, ao ouvir a voz de Aliot, a engenheira de cabelos alaranjados sobrepõe-se na conversa, falando ao meio-eloziano

Carol: o trabalho deles termina aqui, mas o nosso diz, apontando para si e para os outros dois mecânicos está apenas começando... ainda temos que instalar esse treco no restaurante

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A mulher olha para Indrick com o olhar instigável e curioso. Ela fitava o mago de uma forma "estranha", como se já tivesse conhecido-o em algum lugar...
Mas era óbvio que os dois não se conheciam... mas aquela sensação de déjà vu incomodava a mulher de cabelos esmeraldinos...

Mulher: você é mago, deveria saber... diz, fitando-o, enquanto passava a mão sobre a bancada de madeira vivemos numa cidade que se declara inimiga da Helia Signa, mas isso não quer dizer que não hajam adeptos da ordem nesta cidade... dá de ombros quem me garante que você não seja um deles, e esteja mentindo? fala, debruçando o cotovelos na bancada, enquanto olhava para Indrick

Yun volta sua forma humana e finalmente entrega o manto de volta à Aron. Ela sorri, remexendo a cauda e as orelhas lupinas, como se estivesse sentindo-se livre outra vez.

Yun - É, acho que não poderemos ajudar muito na instalação. Mas... como vocês vão levar "isso" até lá dentro pra instalar?

A menina-lobo inclina a cabeça, confusa, enquanto limpava as gotinhas de suor da testa.

Aliot olha para os mecânicos, arqueando a sobrancelha, como se estivesse perguntando o mesmo que Yun perguntara.

Aliot: então...?

O mecânico de cabelos negros dá uns tapinhas no gerador, e fala para os demais membros do grupo

Sam: não se preocupem com isso... nós conseguimos levar até lá dentro... dá de ombros eu acho.

Então, os três engenheiros (com a ajuda de Enil e outros funcionários do restaurante, que acabaram de sair ao ver pela janela do estabelecimento que a mercadoria havia chegado), fazendo seus últimos esforços para carregar aquele troço, empurram-no até o interior do restaurante.

Aliot: pois bem... coça atrás da nuca devo dizer que foi inesperado ver vocês com esse treco


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A mulher de cabelos verdes esboça um elegante sorriso ao ver o objeto flutuando, ela sentia-se mais aliviada ao ver que ela estava na presença de um mago, e não de um caçador da Helia Signa.

Mulher: parece que temos um dos nossos por aqui... diz, sorrindo avidamente

A mulher fecha das duas mãos, mantendo as "costas" das mãos viradas para baixo.

Mulher: veja só...

A mulher fecha os olhos, e uma espécie de "energia arroxeada" surge ao redor das mãos da mesma. A energia tinha um tom púrpura e agradável aos olhos, uma cor que proporciona calma e paz.

Ao abrir a mão, uma pequena criatura reptiliana surgira em sua mão, similar a um "mini-lagarto", no entanto, a criatura não aparentava ser feito de matéria, e sim de uma energia púrpura translúcida

Mulher: não somos muito diferentes... você usa a psique como manipular coisas, eu uso a psique para "chamar" coisas... somos todos magos

Yun sorri para Aliot, já se sentindo bem melhor por ter tirado o manto abafado de cima de si mesma.

Yun - Tehehe! Mas pelo menos agora, Damian vai ganhar um kit... de.. mecânico? Hehehe! 

~~~~ inutei mesmo, chora inimigas ~~~~

A mulher sorri ao escutar a rajada de perguntas que Indrick fizera. Ele parecia ser um jovem bastante curioso sobre outras magias, e de fato, não tinha uma aura tão negativa. Aquele rapaz era bom, e nada faria de ruim com a loja ou a própria mulher.
A atendente recosta-se no balcão, ainda com a pequenina criatura nas mãos. Essa olhou para Indrick e permaneceu parada enquanto ele se aproximava, mas ao chegar perto o bastante, Gwynic correu pelo braço esticado da mulher e parou em seu ombro, se alojando ali mesmo, entre os cabelos esverdeados da moça.

Mulher: Então... já sei que você é um mago, e você já sabe sobre mim. Agora, antes de mais nada, qual o seu nome? Me chamo Sira Azgath.

Ao finalizar a frase, estendeu uma mão para frente, na expectativa que Indrick a apertasse como uma forma de cumprimento.

Mio estava esperando o grupo voltar, já que eles estavam transportando o gerador. Fitando toda a loja, Mio falou para um dos atendentes.

Mio - Então... faz quanto tempo que vocês possuem esta loja em Portus Luna? Ela parece antiga e organizada, certamente não é tão nova.

Mio falava sorrindo, lembrando da época em que treinava na academia.

Aliot olha para Damian, e numa pergunta, ele fala ao homem ruivo.

Aliot: kit de mecânica? Não sabia que você era um engenheiro, Damian fala, sorrindo


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Ao ouvir a pergunta de Mio, Wylliames solta um sorriso e comenta com a go'hakiana, dizendo-lhe

Wylliames: isso aqui era um armazém abandonado, usado para estocar alimentos... fala, olhando para o teto da fábrica ele foi erguido a mais de 80 anos... mas estava sem funcionar há 30 anos. dá de ombros Sabe, Mio. Toda essa galera aqui veio de Cobburg; a cidade das engrenagens, a metrópole do ferro, a casa do aço... fala, citando os apelidados dado à cidade tínhamos um manufactorium lá, era o Castelo de Ferro... um excelente manufactoirum... isto é, excelente até o dia em que ele faliu

Wylliames desencosta-se da bancada, e começa a caminhar ao longo do andar onde estava a go'hakiana

Wylliames: passamos por bons e maus momentos... tivemos que viver na rua, procurar asilos e abrigos... dá um suspiro, como se estivesse cansado conhecemos o pior e o melhor de Cobburg naquele tempo.

Wylliames dá um olha nostálgico para o andar inferior da fábrica, como se estivesse relembrando dos bons e maus momentos em que ele passou, com todos os seus amigos, em Cobburg.

Wylliames: enfim. Conseguimos dinheiro para vir para Luna, passamos um tempo aqui trabalhando nas fábricas locais, arranjamos fundos para comprar o armazém abandonado, montamos a maison des machines, e o resto é história... fala, voltando a fitar Mio com um olhar orgulhoso e pomposo

Indrick olha para a Sira e olha ao redor dizendo...

Indrick: Sim, de fato eu tenho mas... parece que não tens armaduras nem espadas por aqui não é?! pergunta á garota, ainda fitando o lagarto no ombro dela que o fascinava fazendo querer ter um também...