Vila de Montalbino

- A palavra de minha vida... - ela disse com prazer.

Já fora da estalagem, a eloziana e o meio-eloziano caminham pela cidade, indo em direção aos portões da vila, para o bosque da regalheira

Aliot (pensando): Pelo visto vou ter que aturar essa marginalzinha por um bom tempo, se for esse o caso, tenho que tomar as devidas precauções para ele não me roubar em quanto durmo ou cortar minha cabeça...

Vânia olhou para os lados brevemente para se orientar e tomou a direção do bosque. Enquanto suas passadas rápidas eram dadas, refletia se os companheiros de Aliot eram turrões como ele.

Então se perderam de vista.

Aliot e Yun logo alcançaram Moltalbino, carregando Sieg e Vânia nas costas. Eles faziam de tudo para não chamar atenção, o que era um tanto difícil se fosse perceber a situação que se encontravam.
De qualquer forma, sua viagem até a Estalagem mais próxima foi segura e Yun pediu dois quartos. Um para que ela e Vânia ficassem e outro para Sieg e Aliot. Eles não eram ricos, não tinham dinheiro para gastar em algo simples assim.

Yun - Bom descanso Aliot. Amanhã de manhã nos encontramos para dar nota da situação... hehehe... e eu que pensava que os meus familiares literalmente hibernavam...

Murmurou o resto da frase para si, enquanto levava Vânia até o quarto e sua cama. Ela puxou a coberta sobre a menina, após ter tirado seus sapatos [?].
Yun, então, tomou um relaxante banho e se jogou na cama, extremamente cansada com a tarefa que tivera.

Aliot dirige-se ao seu quarto, ele vai em direção ao banheiro, toma um relaxante e demorado banho. Ao sair do banho ele põe as suas vestes, coloca sua roupa e deita-se na cama.

Antes de se deitar, ele retira o seu relógio de bolso do casaco, colocando-o na mesa de cabeceira, ao lado da cama. Em seguida ele tira a camisa e o casaco, ficando apenas de calça.

Aliot: agora você poderá hibernar em paz... diz, rindo, e por, pondo-se a dormir

Logo a garota já estava em um sono profundo. Seu corpo estava bastante cansado dos ultimos dias sempre em movimento.
Na escuridão que estava sua mente agora, uma imagem começou a brilhar no horizonte, chamando Yun.

Yun - Mas o que...

A imagem começou a brilhar cada vez, e num rápido e repentino brilho, Yun se encontrava, dentro de sua mente, numa pequena ilha flutuante. Bem pequena, o chão da ilha era repleto de gramíneas. Haviam duas árvores na ilha, e também algumas rochas espalhadas pela mesma.

Ao olhar para os lados, era possível ver que não havia nenhuma outra ilha há quilômetros de distância. O céu estava azul, sem nenhuma nuvem também, era estranho... aquele local dava uma sensação mista de paz e solidão absoluta, no entanto a solidão fora quebrada.

Surgindo do nada, num rápido vulto, aparece uma figura familiar a garota. Era o mesmo homem que ela havia encontrado nas campinas, próximas ao rio de domenica. Ele usava as mesmas roupas, o mesmo capuz grosso que cobria a face, era a mesma pessoa.

Homem Misterioso: Yun... que bom te ver novamente... -diz, com a sua voz doce e misteriosa-

Yun - Ei! Tio da campina! Já estava achando estranho esse lugar todo solitário aqui... que bom que apareceu!

Disse a menina, abrindo um sorriso ao ver aquela mesma pessoa.

O homem ri de leve, ele cruza os braços, de forma típica, e diz

Homem Misterioso: tio da campina? Curioso... recebo muios nomes, mas este... fascinante

O homem misterioso senta-se numa das pedras, e fala novamente a Yun

Homem Misterioso: imagino que você tenha perguntas, não têm?

Yun - Ahn... sabe, existe algum jeito de os magos não serem perseguidos desse jeito? Eu não quero pensar que talvez os meus amigos possam ser pegos... e talvez eles possam ser... mortos.

Murmurou a menina, sentando-se em outra pedra, de frente ao homem.

O homem olhou sério (por dentro do capuz) para Yun, ele olho cabisbaixo. Ele então diz a garota

Homem misterioso: é aquele homem de cabelos brancos, certo? Qual o nome dele mesmo... Eliot? Eliod... hmmm... Aliot, creio que seja esse o nome dele -diz, rindo para si- em todo o meu tempo de existência, eu nunca fui bom com "nomes"...

Ele volta a olhar para a garota, fitando-a, com um pouco mais de atenção, era possível ver a ponta do nariz do homem, forçando a vista, era possível ter uma leve noção de como eram suas feições.

Homem Misterioso: é engraçado... sabe, se você parar para pensa, é até irônico... pessoas que matam pessoas por serem o que são... pessoas... não é estranho? É o mesmo que você matar um pássaro por voar, ou um peixe por nadar

O homem levanta-se, e se aproxima de Yun, dizendo

Homem Misterioso: eu existo a muito tempo, e já vi muitas coisas vindas destes que vocês chamam de caçadores de magos. O curioso é que, estes, possuem vários pretextos... uns dizem que a existência deles é como uma heresia... outros acreditam que eles são perigosos demais, e possuem medo de serem depostos de seus cargos, de seus poderes por aqueles que você chama de "magos"..

O homem se aproxima mais de Yun, cruzando os braços e dizendo

Homem misterioso: eu não sei... talvez seja só a natureza dos mortais... de temer o que não podem derrotar... de temer o estranho e o desconhecido. Eu não posso dizer para você o destino dos magos e daqueles que os caçam... cabe a você, cabe a você e àquele homem de cabelos brancos decidir o destino da magia, pela verdade, ou por sangue...

Yun olhou para baixo, pensativa. Todas as vezes que tivera conversas com esse estranho homem, ela sempre acabava vindo para a realidade de que suas ideias sobre salvar seus amigos se tornavam um tanto impossíveis. Pelo menos agora.

Yun - Tio da Campina... uma vez minha mãe me falou de uma história sobre mortos. É possível que eles... voltem a vida?

O homem responde a pergunta da garota, num tom mais sério

Homem misterioso: voltar a vida...? Eu não posso afirmar que sim, mas também não posso dizer o contrário... pode-se dizer que sim, mas eles não voltam "exatamente como você desejaria"...

A menina olhou para o lado, já esperando uma resposta como essa. Na verdade, achava que seria pior.
Ela voltou a encarar o homem, sorrindo para ele enquanto cruzava os braços.

Yun - Eu nunca perguntei, nem para minha mãe mas... os meus pais biológicos... você tem alguma ideia de quem são?

O homem ri (por "dentro" do capuz) e diz

Homem Misterioso: se eu sei? Você... sempre me impressiona com suas perguntas... a verdade é que sim, sei quem são. Na verdade eu... "vi" você nascer. Na verdade, eu não vi, mas podemos dizer que "presenciei" o dia que foste concebida

Ele recua alguns passos para trás, e diz a garota

Homem Misterioso: mas... creio que não haja mais tempo para isso... sinto que o dia está amanhecendo, e que o sonho está acabando -diz, suspirando- mas você saberá, a questão é... quando, por que... para que... é a natureza humana saber suas origens, não julgo-a...

Ele então olha para o lado, e fala pela última vez

Homem Misterioso: ficarei vigiando-te, ouvindo seus passos... até, Yun

o homem some, a ilha começa a desaparecer aos poucos, como se ela estivesse se desfazendo, e assim o sonho começa a acabar...

Yun abre os olhos, como se com a ilha desaparecendo, ela tivesse sido jogada para fora do sonho.
A garota senta-se em sua cama, percebendo-se bastante agitada para apenas uma noite de sono.
Ela então levanta, calça seus sapatos e sai do quarto, pretendendo ir até o restaurante aliviar-se, já que sua cabeça doía.

Yun - Oi tio do balcão... o que tiver aí de bom, por favor.

Disse ela, pedindo para o rapaz atrás do balcão do restaurante da estalagem.

Sieg acorda desnorteado, sem se lembrar o que ocorreu na ultima noite. O rapaz sentava na cama e colocava a mão na cabeça, tentando recordar o que houve.

"Estávamos lutando....com os HS... eu acho."

Em seguida ele veste o capuz de seu sobretudo e desce a escadaria seguindo para o restaurante, lá ele encontra Yun que também havia feito um pedido. O mago senta ao lado dela.

- Oi. - Disse a ela, sem expressar nenhum sentimento.

Yun olha para Sieg, abrindo um largo sorriso enquanto recebia seu pedido.

Yun - Sieg! Você finalmente acordou! Estava começando a achar que tinha entrado em um tipo de coma... quer um pouco dessa coisa aqui?

Diz ela, indicando a bebida que lhe tinha sido entregue.

No quarto simples um corpo sobre a cama mal se movia. Sua respiração era questionável, sendo que, caso não prestasse atenção, não notaria o peito subir e descer lenta e pausadamente. Estava deitada de barriga para cima, o cobertor velho até sua barriga, os cabelos brancos esparramados sobre o travesseiro. Os olhos estavam fechados pesadamente e seu corpo não carregava nada além das próprias roupas.

Foi quando um dedo tremulou. Então vagarosamente todo o resto do corpo se moveu. Primeiro as mãos, depois os braços e pernas, logo a coluna e posteriormente os olhos azuis frios se abriram com o som de um baixo estalido.

Vânia gemeu enquanto se sentava. A cabeça doía e pesava e aquilo não era bom em nenhum sentido. Olhou ao redor. Estalagem novamente. Não sabia se era a mesma de antes. Pensou em como fazia tempo que não dormia tão mal e levantou-se o mais rápido que podia, vendo-se obrigada a se esforçar para não se desequilibrar quando pulou para fora do colchão. As pernas não respondiam bem. Mal sinal dois. Com pressa Vânia foi ao banheiro, lavou-se inteira, tomou devolta as armas e treinou alguns movimentos ali mesmo. Seu corpo não estava obediente como deveria e caso não cuidasse disso as consequências seriam ruins demais para alguém como ela.

Ela concluiu que o quarto era pequeno demais para executar todos os movimentos que gostaria. Decidiu que iria para fora. Nisso, saiu do quarto e começou a correr pelo corredor.

O quarto em que Aliot estava, antes compartilhado entre ele e Sieg estava "semi-vazio", deixado lá apenas o meio-eloziano, que estava deitado.

Ele levanta-se. Estava ainda cansado e fadigado. Seu braço que estivera queimado agora está com algumas pequenas marcas do tiro da canhoneira.

Ele vai em direção ao banheira, e toma um relaxante e demorado banho. Em seguida ele sai, veste a sua camisa, pega seu relógio de bolso e sua canhoneira, e sai do seu quarto, indo em direção a estalagem, e lá ele encontra Yun e Sieg, por fim, diz:

Aliot: bom dia para vocês

Vânia cobriu a cabeça com o capuz, a espada, a adaga e a pistola canhoneira no lugar, a capa de couro esvoaçando enquanto ela corria para fora da estalagem, sequer notando que o parte de seu grupo estava no refeitório da hospedaria.

Na praça ela olhou para todos os lados, procurando um local onde pudesse treinar. Avistou um beco. Servia. Disparou para lá e constatou que aquele levava para os fundos das casas, um espaço suficientemente grande para o que ela planejava. Lá mesmo, então, começou a dar golpes mais abertos, determinada a não condenar a si mesma.

Andando pela praça, de maneira um tanto "suspeita", haviam duas pessoas, um elfo, de cabelos loiros bagunçados (tal qual de alguém acaba de acordar e não penteia o cabelo), e um humano, de cabelos ruivos-escuro curtos.
Poderiam ser mais uma dupla de vagabundos, mas havia algo neles... eles usavam roupas iguais, uma coisa que mais parecia uma farda ou uniforme. Era uma armadura de couro (de aparência bem resistente) que cobria todo o corpo, exceto as mãos e o pescoço.

O elfo tinha um arco e flecha mecânico nas costas, e o humano um par de espadas pequenas.

O elfo olha para o humano, com um olhar cansado

Elfo: droga... eles nos mandaram para a prostituta que deu a luz de novo... primeiro foi para Jougardin, em Servais... depois para... argh, Zelyon, em Ylliria, e agora aqui... qual o nome dessa cidade mesmo?

Humano: acho que é monte-em-albinos... acho diz, esfregando os olhos

Elfo: novatos não deveriam ser tratados assim... que droga... diz, parando de andar de repente e vendo o beco onde estava Vânia, dizendo que tal...?

Humano: droga... Tá, vamos, eu roubaria até um velhinho só para poder dormir de novo, vamos nisso... diz

Vânia treinava com a espada no momento, sendo que antes praticara o lançamento com adaga. Ela não se limitava a dar cortes no ar, mas a fazer manobras e treinar desvios ao mesmo tempo.

Ela deu um golpe direto na direção da boca do beco simplesmente como parte do percurso de voltas que estava dando. Foi quando ela viu dois homens a encarando de forma interessada.

"Argh. O que será?"

Ela sorriu de canto e pousou a ponta da espada no chão para servir-lhe de apoio, a mão na cintura e um pé para trás desleixadamente. Mirava-os sem qualquer constrangimento, só esperando para ver o que eles fariam.

O elfo falou para o homem ruivo, dizendo

Elfo: ela é bonitinha, temos que fazer isso mesmo...?

Humano: cara, vê isso! diz, apontando para os olhos cansados essas olheiras dizem alguma coisa? Vamos roubar ela logo e voltamos para a guilda... eu quero dormir...

Elfo: que seja, mas temos que ter uma estraté.... diz, em quanto via o humano ruivo correndo em direção a Vânia

Em quanto corria, ele acaba tropeçando, caindo no chão como uma pedra, e então diz, apontando a espada para Vânia

Humano: isso é um assalto... eu acho... PASSA TUDO!!!

O elfo suspira, e diz:

Elfo: Cyffur... [Droga! Em Yiari]

Ela riu em deboche.

- Ora, ora - insinuou, deixando de se apoiar na espada e desfazendo a pose - você quer que eu passe tudo? Sinto muito, mas recusarei essa proposta...

Ela analisava o rosto do humano e do elfo bem. Nunca vira nenhum retrato falado deles e aparentemente não representavam nenhum dinheiro de outra forma. Resolveu partir para o ridículo.

- Pelo menos me diga quem são os que planejam me assaltar. A não ser que não consigam nem mesmo lembrar seus nomes... - e deu uma olhadela longa direcionada às olheiras do humano.