Portus Luna

Yun - Não sei... mas é melhor tentarmos, não acha?

Diz a garota, voltando seu olhar para Indrick.

Yun olha para baixo, lembrando-se de tudo que havia sido ensinado à ela sobre a guerra e suas consequências. Ela definitivamente não queria que tal coisa acontecesse, mas não andaria para trás se seus amigos decidissem seguir em frente.

Yun olha para Indrick, esboçando um sorriso para ele na tentativa de acalmá-lo.

Yun - Não é nada, não se preocupe. Vamos nos concentrar em cuidar daquele rapaz ali e depois em ir procurar pela Vânia.

Após se acalmar um pouco, Aron já não parecia tão assustado, embora ainda mantivesse uma expressão séria.
— Nós temos que avisar para alguém... Eu posso tentar falar com os Vardembris, isso não deve ficar limitado apenas a um grupo pequeno como o nosso. Nós também devemos nos tornar fortes...

Aliot sorri, falando aos demais

Aliot: derrotar a Helia Signa? Creio eu que nem nossos bisnetos faram isso... mas algo eu tenho certeza, antes do dia de nossos cabelos tornarem-se brancos dá uma pausa para falar no meu caso... pretos continua nós ainda vamos dar um tiro no pé nessa maldita ordem!

Raegon ri do comentário de Aliot, mas põe-se a ficar sério, voltando a falar com Indrick

Raegon: infelizmente, eu não sei por qual céu o nosso navio está voando... uma viagem de Schatzvel à Go'haka leva, em média, de um a dois meses, a julgar pelos dias que passaram, eles já devem estar no sul de Ylliria, passando pelas pequenas ilhotas flutuantes, e indo em direção ao Céu do Sul... até alcançarmo-los, eles já estarão a meio caminho da viagem...

Keela: bom, podemos não ter ajuda deles, mas... temos Portus Luna ao nosso lado, não? Digo... se conseguirmos o respeito e a admiração dos governantes daqui, eles poderiam nos ajudar no nosso objetivo, pois até onde eu sei, Portus Luna é "inimiga declarada da Helia Signa"

Aliot responde a Indrick

Aliot: este homem possui uma informação valiosa, assim como todos nós! Podemos avisar para a corte de Luna as informações que obtivemos, e alertá-los do pior... sorri

Subitamente, Aliot se lembra que ela carregara consigo, o tempo todo, um frasco com uma substância negra... os bandidos de Ogaryn citaram um Behe-Volien... seria o mesmo?

Aliot: pessoal, esperem por mim, eu volto já... diz, saindo da sala, e correndo para o seu quarto, indo pegar o frasco negro que estava guardado em suas vestes

Após uns minutos, Aliot retorna com o frasco negro

Aliot: em Ogaryn, eu, Aron e Yun encontramos isso: mostra o frasco contendo uma substância negra e viscosa

Raegon se aproxima do frasco, ele toma-o das mãos e Aliot, e abre-o: ele exalava um cheiro similar a éter etílico, porém, mas "azedo", era forte e se impregnava no ar

Raegon: é um Behe-Volien... eu não sou o Letho para dizer isso, mas eu já vi várias amostras de Voliens, e este É de fato um Behe-Volien... mas metade dos Behe-Voliens possuem cor preta ou acinzentada...

Raegon olha para Aliot, seu olhar era sério e preocupado

Raegon: Aliot, me dê sua mão

Aliot: o-o que? diz, preocupado

Raegon: dá-me logo sua mão, eu sei o que estou fazendo! diz, segurando o frasco com a mão não amputada, e abrindo-o com os dentes

Aliot estende a mão, meio trêmula... ele não sabia o que Raegon estava para fazer, temia que ele fizesse algo que retirasse seus poderes arcanos... mas ele confiava em Raegon, de alguma forma, ele tinha fé nele

Raegon derrama um pouco do conteúdo no frasco na mão de Aliot, e algo, no mínimo, estranho acontece: as veias da não do meio-eloziano começaram a brilhar num tom azul-esverdeado, o tom brilhante começava a se estender ao longo do braço inteiro de Aliot, criando uma série de marcas e símbolos estranhos ao longo do braço de Aliot

Aliot: Aah! Mas o que diabos é isso? diz, sacudindo o braço, retirando o Behe-Volien da mão Por Deus! Isso queima feito o inferno!!! diz, assoprando as marcas

Raegon fica espantando com aquela cena... era no mínimo, curioso, ver aquela reação sendo manifestada

Raegon: nossa... parece que o que temos aqui é de fato um frasco de Exion... fala, olhando para o frasco no entanto, esse é o Exion Oxidado, ele está impuro, e faria pouco efeito no corpo de um mago..

Aliot: então explica ISSO??? diz, balançando o braço. As marcas começaram a sumir ao longo que Aliot retirava o restante do Exion do seu braço

Raegon: O Exion no seu estado de óxido é capaz de... "detectar" presença de magia... ele indica quando algum objeto emana energia arcana, e no seu caso, você é um mago solta um suspiro a questão é que: Tybell ainda não possui a fórmula do Exion! A poção nesse estado não tem muita função além de servir como um detector de magia... ele pode usar isso para capturar magos e forçá-los a revelar sua energia arcana, mas fora isso, o Exion Oxidado não possui nenhum efeito nocivo

A

Keela: para os governantes de Portus Luna? Imagino que eles nos escutem, pois temos um bom motivo diz, apontando para o frasco

Subitamente um estrondo ensurdecedor é ouvido, seguido de uma série de vários outros impactos, causando tremor em Portus Luna... pessoas estavam gritando, de medo, de pânico...

Aliot: mas o que está acontecendo??? pergunta, assustado

Raegon levanta-se da cadeira (com um pouco de dificuldade) e vai em direção a porta principal da casa dos Vardembris

Raegon: o que diabos foi isso? Será que foi um assalto?

Keela: a não ser que os bandidos estejam usando canhões, eu não imagino que um simples assalto tenha feito esse barulho todo! fala, abrindo a porta, com nervosismo

Keela abre a porta, e descobre o motivo da gritaria: Portus Luna estava sendo atacada.

Haviam 5 navios volantes no céu, comandados por uma fragata (de tamanho "consideravelmente pequeno", comparado ao tamanho normal do navio) e uma série de pequenos aviões de combate; a frota invasora estava sobrevoando Portus Luna

Os navios volantes estavam lançando uma saraivada de tiros de fálion ao longo da cidade, atacando nos prédios e nos civis, que fugiam desesperadamente, ao passo que a fragata estava lançando grossas balas de canhão nas edificações de Portus Luna

Raegon: por Rokai...

Aliot olha pela janela, e vê toda a cena... o meio-eloziano jamais vira algo tão grandioso, e ao mesmo tempo, cruel acontecendo de uma só vez

Aliot: M-mas... quem está atacando Portus Luna???

Keela: ora! Quem mais poderia ser? Os Blackhorns, as famílias aliadas!!! e a Helia Signa!

Ao passo que os navios inimigos estavam atacando, a marinha aérea de Luna surgia nos céus: 10 caravelas de batalha acompanhadas de uma fragata (consideravelmente maior que a inimiga), todos estes, com os símbolos da Lua Alva: uma lua cheia cruzada por uma espada azulada

Os auto falantes da cidade-estado começaram a ecoar, na seguinte mensagem:

Auto Falantes: Cidadãos da Cidade Livre de Portus Luna, fujam para suas casas e abrigos da cidade, estamos sendo atacados! Repito: Estamos sendo atacados por um exército inimigo!!!

Yun olha assustada para fora da casa, pela janela, e depois para os seus amigos. Ela não sabia o que fazer, se a batalha já estava começando, esses podiam ser os últimos momentos com o grupo. Com aqueles que a trouxeram uma felicidade que há muito não sentia.

Yun - M-mas... p-por que...?

A garota olha para baixo, se controlando para não entrar em pânico. Ela respira fundo, procurando uma solução. "Meus "parentes" podem ajudar... mas se os trouxer, os estarei sentenciando à morte... não quero que isso aconteça..."

Yun - O-o que... vamos... fazer?

Aron observa a reação de Yun, percebendo o medo da garota. Ele havia sido treinado para manter a calma, mesmo em situações extremas, mas até ele estava nervoso com aquilo. Forjando uma falsa coragem, o garoto fica sério, mas sem nenhum traço de medo no rosto.
— Não se preocupem! Agora temos que pensar em como sair daqui, ficarmos parados aqui não vai nos ajudar em nada...

Yun - Mas... eu não quero... perder vocês...

Murmura ela muito baixo, apenas falando o que estava pensando sem querer.

Aron coloca um sorriso no rosto e afaga a cabeça de Yun.
— Não se preocupe, senhorita Yun, não perderemos ninguém.

Yun continua de cabeça baixa, mesmo com o afago de Aron. Ela olha para o garoto, ainda se controlando. "Agora não é tempo para pensar nisso... eu vou buscá-los para nos ajudar! Teremos mais chances de ficarmos vivos se eu conseguir!"

Yun - Vocês sabem quanto tempo demoraria daqui até Ylliria?

O garoto arqueia uma sobrancelha.
— Não faço idéia, por que pergunta isso agora, senhorita Yun?

Yun - Eu preciso ir até lá, tenho algo importante pra fazer!

Disse ela, suspirando e balançando a cabeça.

Yun - Eu vou de qualquer jeito, tomem cuidado, por favor.

Yun virou-se, fazendo menção de se afastar.

Aron corre para impedir Yun, entrando no meio de seu caminho.
— Senhorita Yun! Isso é loucura, lá fora podem haver muitos mais inimigos do que você já enfrentou em toda sua vida. Sair num momento desse é o mesmo que abandonar a vida. Vamos esperar aqui dentro até bolarmos algum plano.

Yun - Eu preciso fazer isso, se conseguir, posso ajudá-los, e muito nessa batalha! Vamos ter uma chance maior!

Yun tenta explicar para Aron, procurando desviar dele para que pudesse ter o caminho livre para a saída.

Aron volta a se meter no caminho de Yun, bloqueando a passagem da garota.
— Eu não posso deixar você sair, senhorita Yun. Lá fora está muito perigoso agora, o melhor é esperarmos aqui dentro! Não quero que jogue sua vida fora de maneira tão tola...

Yun - Por quê faz isso? Eu não quero perder vocês e para isso, decidi ir buscar ajuda! Eles vão me ajudar, eu tenho certeza!

Diz ela, parando na frente de Aron enquanto o observava, com um brilho desesperado nos olhos.

— Eu não sei quem eles são, mas você planeja chegar até Ylliria sozinha, passando pelo meio de uma guerra! Você não nota que só está se expondo a um perigo desnecessário? Um perigo contra o qual você não será capaz de fazer absolutamente nada? Por favor, desista dessa ideia e fique aqui dentro, a salvo...
O garoto fita Yun com um olhar também desesperado, ele leva a mão até a cabeça da garota e a afaga carinhosamente.
— Se você for lá agora, só vai estar correndo perigo, Yun. Fique aqui até termos um plano...