Rio de Domenica

Relembrando a primeira mensagem :


O Rio de Domenica é o maior em toda Brastel, muito largo e profundo. Vários pescadores vivem ao longo do seu leito, no entanto não é muito seguro em vários trechos, já que o local acaba tornando-se um ponto de emboscada para vários bandidos.

Yun - Hehehe, nem a minha mãe queria que eu fizesse isso. De qualquer forma, antigos hábitos tornam-se difíceis de serem esqu... esquecidos. [?]

A menina logo avistou o acampamento, com seus outros dois amigos que ainda estavam dormindo [hibernando]. Ela sorriu, respirando o ar puro da floresta enquanto tentava levantar os braços para levá-los até atrás da cabeça, mas parando bruscamente ao sentir o corte em suas costas puxar.

Por fim, Aliot chega ao acampamento, e senta-se ao redor da fogueira. Ele terminar de rasgar a manga do casaco velho e joga-a fora. Ele vai até o rio lavar seus ferimentos e retorna a fogueira, dizendo

Aliot: nossa... eles AINDA estão dormindo... diz, rindo não culpo Sieg... ele merece um descanso, essa vida cansativa deve deixá-lo exausto... imagino que essa seja a primeira em muitas vezes que ele está dormindo em paz... diz, virando o rosto para Vânia agora essa... acho que teve estar hibernando mesmo

Yun - Hahahaha... por que você não gosta dela, Aliot?

Disse, ainda se controlando para não rir do tom utilizado pelo seu amigo. Ela tenta sentar-se, sentindo o ferimento doer mais ainda.

Yun - Ahn... se não for incômodo... você poderia... ahn... esquece...

Yun suspirou, desviando o olhar enquanto tentava virar a cabeça de modo que conseguisse ver o seu corte, mas falhando miseravelmente nisso.

Quanto a primeira pergunta, Aliot responde, num tom meio sarcástico

Aliot: digamos que ela queria a minha cabeça... literalmente fala, olhando com um certo desdém para a caçadora

Quanto ao que Yun disse, Aliot arqueou a sobrancelha e se aproximou da garota, dizendo

Aliot: você está ferida, não está?

Yun assentiu, chateada, para Aliot. Ela suspirou, gesticulando para o corte nas suas costas.
Quanto ao que o mago havia dito sobre Vânia, a menina parou um pouco, pensativa.

Yun - Sabe, um outro amigo meu me disse que às vezes as pessoas podem esconder o seu interior com máscaras. Que elas aparentam ser o que não são por tentarem camuflar algo no seu passado... - Ela olhou para a garota, dormindo - Eu consigo ver que há alguma coisa nela, digo, nem todo mundo é verdadeira e completamente mal, né? Hehe...

Aliot foi até o corte nas costas da garota, ele olhou um tanto surpreso para o mesmo, ele então pega no seu bolso o seu relógio de bolso [?], ele abre a parte do maquinário do relógio, e de um pequeno compartimento no interior do maquinário algo que parecia ser uma agulha

Aliot: eu sei que isso vai doer um pouco, mas eu tenho certeza que dessa forma o ferimento vai cicatrizar mais rapidamente diz, ele cutuca a ponta da agulha, e ela começa a adquirir um tom avermelhado.

Ele começa a passar a agulha no ferimento, ao passo que ele passava, o ferimento se cauterizava, queimando-o de leve, e fechando o corte.

Quanto ao que Yun disse, ele olhou pensativo para o corte, como se estivesse "refletindo" a citação de Yun, por fim ele fala

Aliot: talvez... eu não sei ao certo, eu já conheci pessoas do tipo dela. A verdade é que nem todos "do tipo dela" são ruins, já conheci um muito bom, mas o destino de todos é quase o mesmo... fala, suspirando mas eu acho que ela realmente não se importa conosco, para ser franco, essa daí nos enxerga como sacos de talento. Só estou com ela por que preciso de dinheiro para comprar equipamentos fala, suspirando. quando eu disse que ela queria minha cabeça... é por que ela realmente queria me matar Yun... ela queria me matar para conseguir dinheiro, como posso confiar em alguém assim? disse, diminuindo o tom de voz ao máximo, para que só ficasse entre ele e a garota

Yun fechou a boca, se forçando a não soltar nenhum ganido enquanto estava tendo seu ferimento cauterizado. Ela respirou fundo, olhando para baixo enquanto pensava sobre o que Aliot havia dito.

Yun - Eu acho que... Irk... desculpe [ganido de dor kkkk]... você já confia nela, Aliot. Senão não ficaria triste com o fato de ela querer lhe matar, ou com o fato de que não pode mudar a mente dela.

Disse, tentando manter o mesmo tom baixo de voz.

Aliot para de cauterizar Yun, quando aquelas palavras entraram em seu ouvido ele ficou quieto por uns instantes, olhou cabisbaixo, como se uma lembrança estivesse voltando... mas este "devaneio" foi passageiro, ele então volta a cauterizar as costas da garota

Aliot: acontece que eu não fiquei triste por que ela tentou me matar... eu fiquei na verdade foi "inconformado"... e ainda estou, por que... ele suspira, e volta a dizer a garota
sabe. A Helia Signa caça magos, isso você já deve saber... eles tem um "motivo", um bom motivo para ser franco... os magos e a Helia Signa pré-revolução nunca se deram bem, e os magos sempre insultaram a ordem que outrora já foi um grupo de pessoas pacíficas e calmas... mas agora diz, apontando para o acampamento, e para a direção onde ele jogou os cadáveres

Ele continua a falar, num tom de desânimo

Aliot: mas, veja bem, a Halia Signa caça os magos pelos seus ideais e objetivos... eles caçam, na maioria, os magos mais importantes e conhecidos, os que eles julgam serem "os mais perigosos", eles conhecem a história e a vida desses magos, e desejam matá-los... Mas... e se do nada alguém atacasse você? Se alguém viesse do nada querendo arrancar sua cabeça, e se essa pessoa se quer soubesse quem você é, o que você faz... e se você decidisse matar um estranho só para ganhar uma sacola de talentos? Você faria isso? Matar alguém que você nem conheceu, nem conhecerá para ganhar dinheiro? Como posso confiar em alguém que não tem ideal nenhum além de lucrar moedas sob a morte e o prejuízo dos outros? diz, suspirando

Ele por fim, termina de cauterizar o ferimento. Saia um pouco de fumaça do lugar que já foi o corte, mas, se Aliot estivesse certo, em poucas horas, o ferimento já estaria curado e cicatrizado.

Yun - Eu não entendo essa vontade de matar alguém, nunca a senti e nem espero sentir. O que ela tentou fazer pode ser errado, mas ela também tem um passado. Digo, eu sei que não é certo matar alguém por dinheiro, mas tecnicamente, esse é o ideal dela. "As circunstâncias nos fizeram assim"... - Disse, repetindo o que o bandido que antes enfrentaram havia dito - Talvez isso seja a única coisa que ela saiba fazer por que foi forçada a aprender isso, entende? Não estou dizendo para confiar sua vida nela, mas - Dessa vez a menina virou-se para encarar Aliot, olhando nos seus olhos - dê uma chance a ela. Hum? As pessoas tem a incrível capacidade de mudar de acordo com o ambiente em que vivem... eu sei muito bem disso. Talvez ela mude, convivendo conosco, talvez não. Mas se ela o fizer, estaremos aqui para ajudá-la, né?

Aliot soltou um suspiro, ela com certeza não iria entender o que ele sente, o que ele passou. O que é ser um mago num mundo como aqueles, e ainda mais ser caçado por dinheiro, ser tratado como um objeto, que foi o que Vânia teria feito dele... mas de certa forma, o que Yun falou lhe deu esperança, Aliot não podia contá-la o que aconteceu, mas ele sabia que se havia alguém que ele podia confiar naquele mundo hostil, era ela.

Aliot: você... não entenderia... diz, suspirando se eu tentasse, ela com certeza me apunhalaria pelas costas... Mas, não custa tentar diz, mostrando um sorriso sincero para a garota, seus olhos que geralmente assumiam uma cor avermelhada-amarela ou cor de âmbar, ficaram numa cor levemente alaranjada, como se fosse o tom do céu ao entardecer do sol, ou o fogo de uma pequena fogueira ao ser acesa... era uma cor calma e solene eu tentaria, por você...

Yun sorri, sentindo suas bochechas corarem levemente. Ela se aproxima do rapaz, dando-lhe um abraço.

Yun - Obrigada Aliot. É tão bom ter amigos como vocês...

Aliot sorri novamente, ele então fala para a garota

Aliot: e para quem nunca teve durante tanto tempo... é bom ter alguém confiar novamente

Yun - Hehehehe, estou tão feliz que poderia uivar agora mesmo!

Disse ela, se afastando do rapaz para ficar de pé, animadamente.

Aliot arqueia outra sobrancelha, ele poderia ter se tornado amigo de Yun, mas ainda a achava estranha... mas naquele grupo, quem não era? O próprio Aliot achava-se estranho. Finalmente ele podia se sentir um poucos mais seguro com Yun, mesmo sabendo que aquelas amizade não duraria muito, assim como foi com todas as suas outras...

Aliot: então... diz, levantando-se, e pegando sua canhoneira o que pretendes fazer agora?

Yun - Bem... ainda não desisti de buscar aquelas frutas, hehe... digo, quando eles acordarem, provavelmente estarão com fome.

Ela sorriu, cruzando os braços enquanto começava a caminhar.

Yun - Vou buscá-las. Se você quiser ficar, por causa do seu ferimento, não tem por que se preocupar!

Aliot assente com a cabeça, colocando a mão no seu ferimento. Seu braço estava queimado por causa do tiro da canhoneira, por sorte, não era o braço que ele costumava atirar, caso contrário aquilo poderia interferir nas suas habilidades de combate

Yun caminhava além do rio, em busca de algo comestível que pudesse entregar aos seus amigos. Ela própria já estava começando a sentir fome novamente, mas isso era graças ao seu gigante apetite.
A garota procurava com cuidado, prestando atenção nas árvores e arbustos.

Aliot, cansado e com a visão meio zonza, deita no chão às margens do rio, ele põe a cabeça na gramínea verdejante, e fala para si

Aliot: espero que... Yun volte logo disse, soltando um suspiro, e fechando os olhos, pondo-se a um rápido retiro, um cochilo.

Andando pelos arredores do rio, vinha um urso, grande e furioso. Ele parecia faminto, procurando por algo para comer.

Então, ele acaba vendo Yun, ele dá um rugido, se aproximando da garota

Yun olha para o Urso se aproximando, fazendo uma expressão que ora era chateada ora feliz. Isso explicava pelo fato de ela ter que matar um animal para que então pudesse comer. Apesar de quê ela fazia muito isso na floresta, quando vivia com os Lobos.

Yun - Meh, me desculpe senhor Urso, mas parece que eu vou ter que matá-lo... precisamos de comida... me desculpe mesmo.

Disse a garota, realmente pedindo desculpas para o Urso, enquanto sacava sua Sabre para partir em uma investida e tentar acertar-lhe um corte no... ombro[?].

O Urso recebe o golpe de Yun e solta um grito de dor. Ele recua um passo e fica em pé nas duas patas, para dar uma "patada" na garota

Yun, sem poder desviar por causa da proximidade, recebe a patada no rosto, fazendo três cortes de garra em sua bochecha.
Ela solta um murmúrio de dor, sem se incomodar com os filetes de sangue que escorriam dos ferimentos.
A garota empunha a Sabre e ataca, pretendendo acertar dessa vez o peitoral e o estômago do urso.

O urso recua para trás rapidamente [um urso pode fazer isso?], fugindo do ataque do sabre, ele então solta outro rugido, e dá um impulso, correndo em direção a Yun, mirando uma mordida

Yun desvia, dessa vez, aproveitando que o Urso havia se abaixado para tentar mordê-la e tentando pular sobre as suas costas.

O urso vê a garota pulando em cima dele, ele então começa a ficar agitado e furioso