Portus Luna

Keela sorri para Indrick, mas a garota mal podia andar direito.

A atiradora go'hakiana estava usando uma faixa de atadura na perna cortada, e usava uma muleta para manter-se em pé

Keela: eu gostaria de ir atrás de Sibel... mas a essa altura, nem eu sei onde ele deve estar... em Go'haka, talvez, mas aonde... esse é o problema

Raegon: vale lembrar que se formos até lá, demoraremos cerca de um mês... 20 dias com um navio rápido responde, transformando novamente sua prótese numa mão no total, serão cerca de 40 a 60 dias de ida e volta, e até lá, muita coisa já deve ter acontecido...

Keela: agora Raegon pode lutar... mas eu... diz, apontando para a perna ferida mal posso andar direito sem tropeçar

A garota vai até uma cadeira, e senta-se na mesma, cansada

Raegon: talvez não possamos fazer muito no momento por Sibel e Letho... mas eles já têm seus problemas, devemos nos virar agora diz, sorrindo, apoiando o braço metálico no ombro de Indrick era uma vez o que podíamos chamar de Andarilhos da Areia... mas agora temos um ao outro... assim como nossos novos aliados

Raegon sorri igualmente

Raegon: que dane-se Aleria, Tybell e todos os outros Blackhorns, seremos eu, você, Keela, e nossos novos aliados contra esse vil mundo

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Em quanto isso, fora da residência dos Vardembris, Aliot caminhava ao lado de Weber e de um guarda de Portus Luna

Ambos os três estavam conversando a respeito da cidade e o que eles poderiam fazer para ajudar na reconstrução de Portus Luna

Guarda: apesar do ataque, Portus Luna resistiu bem

Weber: de fato... estou surpreso que foram poucos os prédios destruídos... devo dizer que a cidade de vocês é dura na queda

Guarda: Portus Luna já foi o bode expiatório de várias batalha e guerras... aprendemos como nos mantermos firmes mesmo em momento de tensão

Aliot: por sorte, a frota naval não tão era grande, caso contrário, Portus Luna seria um mar de escombros e mortos

Raegon sorri a Indrick

Raegon: e que assim seja, aqui à eternidade


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Aliot, o Guarda e Weber caminhavam em direção a um dos locais mais afetados pela batalha em Portus Luna, o distrito norte da cidade. O trio dirige-se até o local para prestar ajuda aos desabrigados e feridos da batalha

A ruas do distrito norte eram estreitas, e as casas eram altas. Porém, era possível ver que algumas dessas casas estavam semi destruídas, e outras que não passavam de escombros

Guarda: malditos... pragueja esse local foi o mais flagelado com a invasão... Blackhorn... um bando de covardes, decidem logo atacar a área mais humilde da cidade diz, chutando um pedaço de escombro bom, mãos a obra, se vocês encontrarem um refugiado, ou alguma pessoa que está preso em um escombro, ou ferida, chame a guarda

Weber e Aliot assentem com a cabeça, tomando caminhos opostos, na busca de algum refugiado ou ferido

Alguns minutos se passam desde que Aliot, Weber e o guarda se separaram. O meio-eloziano estava vasculhando um prédio abandonado, que não restara nada além de escombros e móveis queimados

Aliot: não há nada vivo por aqui... acho melhor eu procurar em outro lug... interrompe a si mesmo, quando ele vê a perna do que parecia ser uma pessoa presa num dos escombro

Rapidamente, o mago vai até o local, e retira o pedaço do escombro de cima da perna da pessoa

Se tratava de uma pessoa, um homem em especial, que estava abraçado com uma criança muito jovem, uma garotinha (que, a julgar pela aparência, deveria ter 4 ou 5 anos). O homem abraçava-a com força, ficando em cima dela, como se estivesse protegendo-a de algo...

O homem estava com o lado do corpo, virado a Aliot, parcialmente queimado, repleto de corte e arranhões, assim como o rosto da garota, que estava vermelho de uma queimadura.

A princípio, Aliot não entendeu... "mas por que diabos esse homem está abraçado com essa menina?" mas aí caiu a ficha: o homem era o pai da garota.

Ao se aproximar dele, era possível ver que haviam marcas de lágrimas no rosto do homem, e que ele estava com uma aparência aflita, ele estava protegendo a garota dos escombros, ele estava salvando a vida da sua filha...

Aliot: n-não... não pode ser... diz, tornando a face tensa e preocupada

Aliot se ajoelha e aproxima-se do homem, e tocá-lhe o pulso... estava frio, frio como o de um cadáver. Em seguida ele toca o pulso e o pescoço da garota, e assim como o do pai, não mostrava nenhum sinal de vida

O mago levanta-se, e recua alguns passos. Ele fecha os punhos, e abaixa a cabeça num gesto de luto, falando para a si

Aliot: por que... por que isso acontece? Por que pessoas inocentes devem sofrer tanto... diz, em quanto lágrimas são derramadas de seus olhos

Aliot dá meia volta, e sai do prédio abandonado, com a tez obscura e com o rosto cabisbaixo

Aliot volta a caminhar pelas ruas do distrito norte, e em quanto andava, ele via na sua frente Weber conversando com um Guarda

Weber: quantas pessoas foram mortas? diz, segurando uma prancheta, e anotando na mesma com uma caneta tinteiro

Guarda: 296 pessoas diz, num tom triste

Aliot passa entre os dois homens, falando num tom sério e obscuro

Aliot: 298 mortos... diz, suspirando

Weber e o guarda olham confusos para Aliot, e começam a indagar ao mesmo: "como assim?", "298 mortos?", "mais duas pessoas foram encontradas mortas?"... mas o meio-eloziano não responde, ele apenas andava, cabisbaixo, sem olhar para trás

Aliot distancia-se do distrito, e parte, indo em direção a residência dos Vardembris

Aliot: Helia Signa... guarde minhas palavras: eu escoltarei pessoalmente cada um de vocês para o inferno...

Aron acorda após um longo período de descanso. Os últimos 5 dias haviam sido corridos, embora todos estivessem contentes com a vitória, eles ainda tinham muito a se fazer. Porém, uma coisa lhe incomodava. Ninguém havia visto Yun nos últimos dias. O garoto começava a se preocupar, visto que a garota era uma amiga especial para ele.
— (Yun... aonde você está agora?)
Com uma ideia ainda quente em sua cabeça, Aron começa a se preparar para sair pelo mundo novamente. Colocando novamente sua armadura (reparos inclusos), suas roupas e seu manto, o jovem rapaz começa a caminhar pela casa na qual havia se hospedado desde o fim da batalha.

Raegon comenta, num tom sério

Raegon: podemos comemorar o fato de estarmos vivos... pois a qualquer momento uma bala de canhão poderia ter nos esmagado suspira

Aliot chega nas proximidades da residência dos Vardembris, passando por perto de Indrick, ainda assim, Aliot permanece sério, sem falar com os dois homens

Aliot para de andar por um momento, e olha para Indrick, num tom sério

Aliot: ninguém... pelo menos, vivo... suspira, olhando cabisbaixo

Aron começava a sair da casa, completamente pronto e parecendo estar totalmente recuperado da guerra, inclusive do ferimento no peito que havia lhe causado desconforto nos últimos dias. Enquanto caminhava pelas ruas, Aron avista Indrick e Aliot.
— Senhor Indrick, senhor Aliot! Como estão os senhores?

Aliot volta a olhar para Indrick, e responde

Aliot: duzentos e noventa e oito... o rosto de Aliot torna a ficar cabisbaixo seja lá quem foi o responsável por isso... terá minhas palavras que vai desejar a morte fala, apertando o punho

O mago solta um suspiro e volta a falar normalmente

Aliot: olá Aron... sorri de maneira meio forçada, para mascarar sua tristeza sim... estamos bem...

Aliot dessa vez olha para Raegon, Indrick e Aron, indagando aos três

Aliot: o que faremos agora?

Aron olha para a cena sem entender muito, já que havia acabado de chegar. Mas os dois pareciam preocupados e ele queria evitar mais preocupações por enquanto, queria se focar no sumiço de Yun.
— Senhor Aliot, senhor Indrick, a senhorita Yun continua desaparecida desde aquele dia. Acho que pelo menos um de nós deveria checar isso, então eu estou indo. Algum de vocês dois quer vir comigo?

Aliot responde, num tom sério

Aliot: eu ficarei aqui... quanto mais pessoas capacitadas nessa cidade, melhor será fala, decidido mas eu tenho fé que você encontrará Yun, Aron Lightsworn sorri

Subitamente, um dos guardas de Portus Luna aparece, correndo em direção a Indrick, Raegon, Aron e Aliot

Guardas: senhores, os governantes de Luna gostariam de falar convosco diz, olhando para Indrick e Aliot principalmente vocês dois

Aron olha para os dois amigos meio sério e preocupado.
— Eu sinto que se demorarmos muito mais, Yun terá problemas, isso se ela já não os estiver tendo. Acho que quanto mais cedo formos procurar por ela, melhor será.
Então, ele alivia sua expressão com um sorriso.
— Então, deixem comigo. Mas cuidem bem da cidade para que ela fica pronta rápido, antes que vocês percebam, eu provavelmente estarei de volta com a senhorita Yun.

Aron se despede de seus amigos, então, ele começa a caminhar na direção do porto de Luna. O garoto iria procurar por sua amiga, e já tinha uma ideia de para onde ela havia ido.
— Meu pai me contou que ela era considerada uma garota selvagem porque havia sido encontrada nas florestas em Ylliria. Acho que lá deve ser o melhor local para começar minha busca...
Com um sorriso de determinação no rosto, Aron promete para si mesmo que irá encontrar e trazer Yun de volta ao grupo. Sem demorar muito, ele alcança o porto, entrando na área do mesmo.

Aliot sorri para Aron, dizendo

Aliot: tome cuidado...

Aliot volta o olhar para o soldado, e responde ao mesmo

Aliot: nós? Bom... vamos, melhor não deixar vossa autoridade esperando

Raegon, Aliot e Indrick vão em direção ao Palácio de Luna.

Após alguns minutos de caminhada, o trio chega ao palácio. Ele já estava totalmente reparado dos danos, e estava sendo protegido pelos guardas da cidade. Após entrar no palácio, o trio vai até a sala onde os governantes estavam

Os cinco governantes estavam esperando o trio, sentados em volta de uma mesa, então que o governante ruivo (o mesmo que falara 5 dias antes com o grupo) acena para Raegon, Aliot e Indrick

Governante: por favor, sentem-se diz, indicando os assentos assentes vazios para que eles sentassem

Aliot senta-se ao lado de Indrick, assim como Raegon, que senta-se ao lado de Aliot

Raegon: boa tarde, Vauss Governmantence diz, num tom requintado

Aliot: a que devemos nossa humilde companhia a vós? ó governante da cidade livre de Portus Luna?

Os governantes trocam olhares entre si, e uma das governantes indaga com o outro

Governante 1: gente de classe baixa fala desse jeito mesmo? sussura

Governante 2: não sei... mas eles falam mais bonito que nós... ri, cochichando

O governante bate na mesa, para chamar a atenção dos demais, e fala num tom sério a Raegon, Indrick e Aliot

Theodore: desculpem minha indelicadeza ontem. Mas gostaria de me apresentar formalmente. Me chamo Theodore d'Yevain, prazer. sorri para os demais


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Ao chegar no grande porto de Portus Luna, Aron encontra-se num dos terminais, onde uma atendente indaga-o

Atendente: onde você gostaria de ir? diz, atrás de um balcão