Portus Luna

O golpe de Indrick atinge em cheio o soldado, estourando-lhe a cabeça, fazendo com que fragmentos do seu crânio e cérebro voem

[Indrick B'olvis, + 40 exp]


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O guarda abre as portas do hangar, e leva Aron até o interior do mesmo.

Haviam várias aeronaves lá, armas e navios voadores, porém algo que chamava atenção eram vários canhões de falión, conectados a um gerador central, que levava energia as máquinas

Guarda: as máquinas daqui são carregadas de energia, vindas do gerador a vapor, localizado logo ali diz, apontando para o mesmo mas ele está danificado, e não conseguimos reparar o mesmo, se de alguma forma você conseguir ativar as máquinas anti-aéreas, Portus Luna como um todo ficaria muito grata

Aron caminha para perto do gerador a vapor, procurando um meio de consertar o mesmo.
— (Não dá, é um equipamento complexo. Mesmo que eu soubesse consertar, demoraria muito tempo, é uma máquina grande e pesada...)
Então, o garoto muda sua atenção em direção aos cabos de alimentação dos canhões. Aron se aproxima deles, e os segura e examina rapidamente. Com um olhar esperançoso, Aron se vira para o guarda.
— Mesmo sem conseguir consertar o gerador, talvez eu consiga fazer os canhões voltarem a funcionar. Mas vou precisar de um pouco de tempo.

Guarda: não é querendo te apressar, mas quanto mais rápido você o fizer, melhor responde, olhando nervoso para a entrada do hangar

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Os poucos soldados da armada inimiga que ainda estavam atacando a guarda de Luna, tomam retirada, deixando campo de batalha vazia

Os guardas que ainda estavam de pé comemoravam, erguendo suas armas, bradando "Noi'avanz" (ganhamos, em Servasiano Antigo).

Keela: finalmente... diz, aliava, passando a mão nos várias ferimentos que ganhara na batalha

A garota estava exausta, ela acaba caindo no chão, dolorida e cansada.

Aliot: Keela! diz, se aproximando dela você está bem?

Keela: estou com dois cortes na barriga, um dardo de besta preso no meu ombro diz, arrancando o dardo, deixando jorrar um pouco de sangue e acho que 20% do meu corpo está queimado por gás de canhoneira... mas isso é o que se ganha quando se luta... ri, com tentando mascarar a dor que sentia

Aliot: eu estou bem... estou com alguns cortes, tiros, furos e escoriações... nada demais geme de dor para falar a verdade, elas estão doendo feito o inferno diz, sentando próximo a um escombro

Keela tenta levantar-se, mas ela não conseguia, é então que ela olha para um horrível corte em sua perna esquerda

Keela: por Rokai... diz, pondo a mão na testa eu não sinto minha perna

Uma atiradora que estava lutando ao lado de Keela, ergue-a, dizendo-lhe:

Atiradora: o corte está horrível, mas você não deve senti-la devido ao efeito de adrenalina... quando estamos em combate ou numa situação de risco, tendemos a ignorar a dor, ou pelo menos senti-la numa intensidade menor fala, apoiando Keela pelo ombro você precisa de tratamento médico... descanso... talvez uma pequena cirúrgia, mas nada demais

A atiradora põe sua canhoneira nas costas, e fala aos demais soldados

Atiradora: vou levá-la para o posto avançado de cuidados médicos

Os demais soldados assentem com a cabeça. Alguns deles levam outros homens e mulheres caídos para os postos de tramento

Em resposta a pergunta de Indrick, um dos guardas fala

Guarda: éramos 40 no total... perdemos 8 de nossos homens, e metade do nosso grupo está incapacitado para lutar no momento... mas ganhamos este combate fala, um tanto moroso e triste, mas ainda assim, com um sentimento de vitória e coragem

Aliot levanta-se do escombro em que estava sentado, ele retira dos seus olhos os óculos de proteção, e vai em direção a Indrick, mancando

Aliot: parece que o destino nos uniu, não é? sorri dois magos, numa cidade onde a magia é permitida, está acontecendo uma guerra pela magia... que ironia

Aliot guarda suas armas, e olha para o céu... a batalha continuava, mais navios surgiam, de ambos os lados... aonde isso iria parar?

Aron se aproxima dos cabos de alimentação novamente, segurando-os com as duas mãos.
— (Certo, acho que terei que tentar aquilo novamente...)
O garoto fecha seus olhos e começa a se concentrar. Pensamentos passam distantes em sua cabeça, tudo o que ele estava fazendo era canalizando sua energia interna. Aos poucos sua carga aumentava, conforme ele se concentrava.
— (E-está funcionando... Certo, só mais um pouco...)
Aron continuou daquele modo por mais alguns instantes, então, seu cabelo se tornou mais claro do que antes repentinamente, bem como sua pele. O garoto então abre os olhos, que parecia brilhar.
— Certo!
O garoto aperta o cabo com mais força em suas mãos, e começa a soltar uma forte descarga elétrica no mesmo. Sua capacidade de controle sobre o fluxo de sua energia havia aumentado consideravelmente, ele era capaz de se manter em equilíbrio mesmo enquanto passava a energia.
— Agora só o que precisamos fazer é testar e ver os resultados...

Aliot saca as duas canhoneiras, e permanece onde estava, num tom de voz sério

Aliot: qualquer cidadão que possa segurar uma canhoneira? E você espera que levemos crianças, mães e pais de família venham até cá para perder a vida? Essas pessoas não fariam nada além de aumentar o contador de mortos! É ISSO QUE TYBELL QUER! fala, batendo o pé no chão minhas costas doem, minhas pernas sangram e minhas mãos ardem de dor, mas nem por isso vou deixar de lutar puxa o ar, e depois solta, numa longa respiração

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Um dos guardas viu o que Aron fizera, ele se aproxima do garoto e pergunta ao mesmo:

Guarda: o... o que você fez? balança a cabeça, confuso não importa, os contadores de neón estão no máximo, eu não sei como você ativou isso! Mas essas máquinas voltaram a funcionar

Os soldados partem para o interior do hangar, e começam a ficar em posição, indo em direção as máquinas anti-aéreas

Guarda: ABRAM O TETO!!!

Dois guardas começaram a mover uma grossa manivela, ligada a uma engrenagem, que por sua vez estava ligado a um sistema de controle manual, que abria o teto do hangar em 2

O céu estava completamente visível do hangar. O teto estava completamente aberto.

Vários homens começavam a girar manivelas, próximas as armas anti-aéreas, manivelas estas que erguiam as armas em grandes plataformas. Aos poucos, as armas-antiaéreas erguiam-se até a altura do teto do hangar.

Guarda: esse equipamentos comprado de Cobburg pode ter deixado Portus Luna endividada por dois anos... mas valerá a pena sorri Guarda: FOGO!

Os atiradores que estavam posicionados nas armas ativam-nas. Um barulho de engrenagens começa a ser ouvido, e uma saraivada de disparos sai das armas-antiaéreas (que formavam um total de 10 armas atirando contra os navios inimigos)

As rajas de falión saiam numa velocidade assustadora, atingindo rapidamente as máquinas de guerra voadoras de Tybell e da Helia Signa

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Heracle, Weber e Elisa continuavam lutando nas ruas de Portus Luna, quando eles percebem uma série de barulhentas rajadas, de cor esverdeada, vindo da direção leste da cidade

Weber: o garoto... ele...

Heracle: ELE CONSEGUIU!!

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Aliot começava a se irritar com Indrick, apontando sua canhoneira para o mago

Aliot: você se quer causar mais mortes, é isso? Você não se importa com a vida dos outro? Você gostaria de estar no lugar dessas pessoas, forçadas a lutar??? diz, irritado, quando subitamente, ele começa a escutar os estrondosos disparos das máquinas anti-aéreas

Os disparos eram tão potentes, que em poucos segundos, eles derrubavam os aviões e os navios volantes.

A grande fragata, que liderava o ataque recebia uma saraivada de ataques violentos, seu casco começava a se quebrar e suas velas eram furadas, até que um dos tiros atingiu a parte de baixo do casco do navio, causando uma grande explosão que fez a fragata cair: o núcleo de grávita fora atingido

Os poucos navios que restaram estavam batendo em retirada, e os soldados restantes fugiam nesses navios voadores, apavorados, derrotados...

Aliot vê a cena toda, e exibe um leve sorriso, dizendo:

Aliot: é... parece que... ganhamos diz, abaixando a canhoneira, guardando-a em seu suporte

Aron dá um soquinho no ar com um sorriso no rosto.
— Isso! Ganhamos!!
Com uma expressão contente, o garoto começa a se afastar do hangar.
— Tenho que ver como está todo mundo.

Aliot responde, num tom sério

Aliot: pessoas normais empunhando armas? Você acha que os soldados da Helia Signa são burros? Eles sabem diferenciar um guarda, de uma civil que está sendo colocado no campo de batalha, sem experiência alguma diz, num tom raivoso você está simplesmente dizendo que os civis são peões... e ainda que você negue, você estaria pondo a vida dessas pessoas em risco... se aquela fragata viesse para cá, ela massacraria todos nós, inclusive os civis!

Aliot torna a ficar calma, respirando devagar por um pouco

Aliot: mas essa batalha acabou... é isso que importa... não devemos brigar por trivialidades de algo que já aconteceu diz, chutando um escombro

Indrick: Certo... não farei isso novamente, eu garanto a você! assente com a cabeça e da um suspiro continuando seu caminho para o palácio...

Aron caminhava pelo campo de batalha procurando seus amigos. O garoto esperava encontrar todos bem.
— Aonde será que eles foram...?
Alguns minutos depois, o garoto avista dois homens que reconhece de longe.
— Senhor Aliot, senhor Indrick! Vocês estão bem?

Aliot percebe que Aron se aproximava, e responde

Aliot: Aron! diz, acenando finalmente... esse martírio acabou... por em quanto

Indrick no meio do caminho ouve alguém o chamando, e volta-se para a origem do chamado...

Indrick: Aron! ainda bem que você está vivo! suspirando de aliviado...

Aliot assente com a cabeça, todos deveriam ir para o palácio... lá é o local mais seguro naquela situação de caos...

Aliot: vamos para lá

Subitamente, Elisa, Heracle e Weber aparecem, indo em direção a Aron

Elisa: garoto, você me surpreendeu... nunca imaginei que você começaria o fim de uma batalha sorri para Aron não pode-se negar que há muito de Daron em ti

Heracle vai em direção a Aron, e apoia sua mão no ombro esquerdo dele

Heracle: você me orgulha, Lightsworn ri, bagunçando o cabelo de Aron, como se este fosse uma "criança"

Weber solta um sorriso, falando por todos:

Weber: sem mais demoras, vamos para o palácio diz, falando no seu sotaque

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As horas passam... os dias passam... cinco dias em especial.

5 dias foi o tempo que se passou desde que ocorrera a batalha em Portus Luna, batalha esta que marca o início de novos conflitos, novas batalhas, uma nova guerra... 5 dias é o tempo que se passou desde a invasão a Portus Luna, onde inocentes pessoas foram mortas pela armada inimiga, lideradas por Tybell Blackhorn e pela Helia Signa...

Cinco dias, cento e vinte horas... este é o tempo que se passara desde que os lunarianos viram o terror diante dos seus olhos: a face da guerra.

Apesar das mortes e dos estragos, Portus Luna resistira fortemente. Apenas alguns poucos prédios foram completamente destruídos pelo ataque inimigo, e devido a excelente arquitetura das casas da cidade-livre, os danos foram poucos, nada que não possa ser reparado.

A cidade já se reerguia também do ataque... pessoas varriam as ruas, removendo os escombros e os corpos daqueles que padeceram na batalha, trabalhadores e trabalhadoras unem-se para reparar os danos feitos nas casas, construtores de navio reparam os danos feitos as embarcações...

Apesar de tudo, uma nova cicatriz fora deixada na cidade... pessoas se foram, e agora os governantes tinham mais um motivo para revidar e antagonizar a Helia Signa...

O que acontecerá depois desses cinco dias é incerto... quiçá nem os deuses e deusas desconfiam do que ocorrerá... mas a certeza é unica: mais sangue há de ser derramado, assim como as lágrimas dos inocentes e o riso dos traidores...

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Raegon vira-se para Indrick, e aponta um "presente" que ganhara, um braço mecânico

O braço era feito de metal, com inúmeras engrenagens e equipamentos "espalhados" ao redor do mesmo. Ele possui tons de latão, estanho, cobalto e ferro puro, dando um contraste "cinza-prateado" ao braço do homem.

O braço artificial tomava conta de todo o membro de Raegon, até mesmo a parte do braço que não fora amputada.

Raegon: se eu posso? Raegon aponta a palma da mão, e rapidamente ela se transforma numa lâmina, do tamanho e grossura de uma espada normal eu posso muito mais do que isso!

Raegon faz um "impulso" com a prótese, e ela rapidamente transforma-se no cano de uma canhoneira

Raegon: abençoados sejam os engenheiros de Portus Luna que fizeram essa belezinha... sorri para Indrick essa prótese é de última geração, feita com a tecnologia de Cobburg e Poetta, e pelos engenheiros que montaram os galeões de Portus Luna e Bellafont. O braço protético pode se transformar em uma espada, canhoneira, gancho, e... meu favorito diz, abrindo a mão, fazendo sair de um compartimento localizado no pulso da mão protética: um par de facas de arremesso

Ao saírem, Raegon prende as facas entre os dedos e lança-as numa placa de tiro-ao-alvo, a qual ele estava usando para treino

Raegon: lançador de facas... seu sorriso no rosto agora torna a ficar sério, dizendo pois é... mas agora eu tô duro, gastei todas minhas economias nessa prótese... lá foram-se 800 talentos