Portus Luna

O sorriso do garoto desaparece lentamente, percebendo que a garota havia deixado escapar um pouco de tristeza na sua voz. Calmamente e com gentileza, Aron leva a mão até o rosto de Yun, fazendo um carinho na bochecha da mesma.

— Lógico, Yun. Você é esperta, inocente, forte, e, acima de tudo, uma ótima amiga, fiel e companheira. Se todo mundo fosse como você, o mundo estaria cheio de boas pessoas, ninguém passaria por necessidades enquanto os outros pudessem ajudar.

Um pequeno sorriso se forma no canto da boca do jovem mago, que continua.

— Além de esperta, você é interessante, bonita, e várias outras coisas. Se todos fossem como você, não haveria maldade nem tristeza nesse mundo, todos os locais estariam repletos de felicidade.

Yun sentiu as bochechas esquentarem com aquele elogio, afinal, ela jamais escutara tal coisa de ninguém. Um leve tom carmesim tomou conta do seu rosto, e ela apenas abriu um largo sorriso, sinceramente feliz com aquilo.

Yun - Obrigada Aron... - a menina-lobo olha para baixo, encabulada, mas então volta a olhar para o seu amigo, sorridente - mas se todos fossem como eu, você não seria como você é, nem todos os outros... e eu definitivamente gosto de vocês, bem assim como são.

Aron sorri, vendo que a garota estava mais feliz.

— É, mas aposto que um mundo cheio de Yuns seria melhor que esse mundo que temos.

Então, ainda com o sorriso no rosto, o Lightsworn bagunça o cabelo de sua amiga carinhosamente, dizendo.

— Mas não é como se um mundo mágico e perfeito como esse fosse aparecer do nada. Então, o melhor que podemos fazer é tentar melhorar o nosso, não é?

(TUTTURU!)

Yun assente, agora fazendo uma expressão determinada e colocando o punho fechado para cima.

Yun - Sim senhor! Vamos melhorar o nosso mundo, com um passo de cada vez! Tehehehe!

A menina sorri, dando uma cotovelada de leve no seu amigo, para após soltar uma risada animada.

Sorrindo, o garoto concorda com Yun.

— Então, vamos voltar para perto dos outros?

Yun assente, começando a caminhar para perto da mesa onde antes estavam, mas antes esperando que seu amigo se juntasse à ela.

Yun - Vamos lá!

Aron se põe ao lado de Yun, então, ele se lembra.

— Se você quisesse, nós já poderíamos ir para o hotel. Aí você me mostraria aquele segredo... estou meio curioso para saber o que é.

Yun balança a cabeça, ainda com o sorriso no rosto. Ela puxa uma cadeira, sentando-se de uma maneira confortável.

Yun - Não podemos deixar os outros pra trás, vamos apenas esperar e logo mais - a menina-lobo dá um sorriso misterioso - lhe mostrarei meu segredo... MWAHAHA! Tehehehehe!

Aron sorri, se aproximando e também se sentando.

— Bom, vou esperar ansiosamente. Parece ser um segredo e tanto...

Theodore continua a se manter cabisbaixo... aquela era uma notícia em tanto, afinal de contas, estamos falando da morte de várias pessoas de uma maneira mais do que trágica

Theodore: devo supor também que Heracle também morreu... certo? diz, soltando um suspiro dos Vardembris

Moroso, Aliot assente com a cabeça.

Aliot: ele morreu, assim como os outros... diz, fitando Theodore sangrando pelos olhos... pelas narinas... fala, pondo as duas mãos sobre o rosto, como se tentasse se esquecer das cenas que ele vira.

Aliot sabe que o que ele viu no tricentenário foi só uma parcela mínima do que Indrick, Weber e Aron viram quando o trio estava dentro do castelo de Terdemut, mas a certeza é a seguinte: se ele estava aflito e tenso por se lembrar do que aconteceu FORA do palácio, ele mal consegue imaginar o que os três sentiram (ou sentem) após terem visto aquilo tudo.

Theodore volta a fitar o trio, e num tum moroso e cansado, o governante diz

Theodore: bom... vou contatar a estação de rádio e a imprensa de jornal da cidade para divulgarem as péssimas notícias... dá um suspiro pois bem... apesar de tudo, vocês fizeram um bom trabalho, principalmente com essa informação do Éxion. Sabendo que a ferramenta anti-magia está sendo usada em não-magos, podemos encontrar uma pista sobre a situação geral que estamos passando, e o ataque em Portus Luna

Ao ouvir o que Theodore dissera, Aliot rapidamente se impõe, falando ao homem

Aliot: Theodore... sobre o ataque... coloca a mão no queixo pelo o que Indrick e Weber disseram [pelo menos, subtende-se que eles disseram isso] o ataque a Portus Luna não foi autorizado pelo governo de Fyorda. Matthias e Lyanna Blackhorn estavam no tricentenário e eles disseram que o ataque à cidade não tinha sido obra deles...

Theodore arqueia uma sobrancelha, confuso, ele indaga a Aliot

Theodore: ora, se o ataque a Portus Luna não foi obra dos Blackhorns, quem teria atacado nossa cidade?

Aliot: segundo o que os Blackhorns disseram, foram rebeldes, fanáticos, ou algo do tipo... diz, dando de ombros, como se também não tivesse entendido a situação


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Keela dá um "tapinha" nas costas de Mio ao ver que a menina estava para chorar.
Naquela cena, a go'hakiana põe a mão sobre o ombro de Mio, e diz-lhe

Keela: recomponha-se menina! fala, dando uma ordem, "disfarçada" em seu tom jocoso na voz vai precisar de muito mais para me matar, Mio, não se preocupe comigo. Já passei por muita coisa nesse mundinho dá um sorriso a garota eu estive mais preocupada com você... não sabia que você tinha vindo para cá? O que fez você ter vindo para o ocidente?

Assim diz, "afastando" Mio de seu abraço

Após observar a todos, Damian sabia que poderia confiar nos presentes, ao menos era o que pensava.
Damian se assustou ao ver os guardas, pensando que viriam para falar com ele e ficou aliviado ao saber que o assunto não o envolvia.
Damian ficou feliz ao ver os olhares sinceros e alegres em sua direção e retribuía na mesma intensidade.

Ficou sério ao constatar a resposta de Keela e pensou "Paz é interna, independente do que acontece à sua volta" mas decidiu não comentar.
Quando Aron decidiu sair teve uma ideia.
Damian: Senhor Aron, preciso comprar algumas coisas aqui em Portus Luna. O que acham de sairmos pela cidade em busca de equipamentos novos? No caminho a gente vai se conhecendo.

Mio se afasta rapidamente da mulher, depois de ter ouvido o que Keela tinha falado. Era óbvio que a mulher estava se divertindo, mas mesmo assim ela se afastou. Sorrindo, Mio falou.

Mio - Por Rokai, Keela...porque você faz isso?

Mio falou, soltando uma risada divertida, acompanhada de um sorriso grande. Ter uma amiga antiga perto dela a fazia se sentir bem, muito mais segura e feliz.

Mio - Bem... não posso fazer nada além de me preocupar. Realmente estava preocupada comigo? Eu vim para cá querendo apenas sair de lá. Depois daquele... incidente, nunca mais tive coragem de permanecer naquele lugar. Ainda não me lembro de tudo o que aconteceu, mas não sei porque...minhas memórias vão voltar em breve, e eu não gosto disso, nenhum pouco.

Mio falava olhando para baixo, com uma expressão mixada de incerteza, confusão, preocupação e tristeza. Chegando perto de Keela, Mio sussurrou baixo, no ouvido da mulher.

Mio - Se bem que...eu estou feliz de estar aqui. Acabei encontrando novos amigos, te reencontrando e também...achei uma pessoa, a qual eu amo muito e que quero passar o resto da minha vida protegendo, amando e cuidando...

Mio corou levemente depois de ter falado isso, e se afastou. Preparando-se para continuar, ela falou.

Mio - Encontrei Yun e Damian enquanto estava caminhando por Portus Luna. Fiquei observando a situação, como sempre, e acabou que tudo deu uma reviravolta, resultando em uma luta. Nisso, eu ajudei eles um pouco, fiquei meio...braba por alguns motivos e aqui estou eu, Keela. Interessante história, certo? Heh...

Mio falava sorrindo, relembrando o encontro com os dois. Certamente não fora um dos mais apropriados e agradáveis, até porque Yun tinha a confundido com uma mercenária, e isso havia deixado Mio furiosa. Indo para a janela mais próxima, Mio fitou o céu, sorrindo, e depois respirou fundo, falando.

Mio - Rokai certamente me deu uma razão para continuar vivendo, de cabeça erguida...para superar os meus medos... Ainda há muito o que eu superar, e quero alguém para me ajudar nessa jornada...

Saindo de seu estado de "transe" com o céu, Mio olhou para Damian, falando a ele.

Mio - Seria ótimo, Damian! Preciso ver o preço de uma arma em especial, e algumas armaduras. Acho que isso ajudaria todos aqui.

Yun sorri e assente, levantando-se da sua cadeira, animada.

Yun - Pois então vamos, vejo que todos já terminaram suas refeições!

A menina começou a caminhar, esperando seus amigos a seguirem. Ela, porém, pensava no que havia visto. Ao que parecia, Mio e Keela eram bastante amigas, e aquilo era um tanto curioso. Yun, no entanto, não conseguiu controlar sua curiosidade, e deixou que sua audição captasse o que as duas conversavam em silêncio. Aquelas palavras ficaram gravadas em sua mente, e ela não parava de pensar naquilo.

Aron sorri, se levantando e acompanhando a pequenina.

— Bom, eu também preciso ir em alguma loja de equipamentos. Vamos lá, então.

A menina-lobo segue ao lado dos seus companheiros (alguns bot mode), na direção de alguma loja que pudesse os vender mais equipamentos. Ela, no entanto, para de caminhar, se lembrando de uma coisa. Yun olha para suas roupas, e depois levanta o rosto, voltando a caminhar.

Yun - Eu preciso de roupas novas, essas estão parecendo muito ruins, mesmo depois do pessoal do hospital ter arrumado. Aliás, eu deveria ter agradecido eles... - ela suspira, mas abre um sorriso - por sorte, as lojas são perto uma da outra, então não ficaremos tão separados! E eu não quero atrapalhá-los nas suas escolhas.

Aron olha para as roupas que estava carregando no momento. As roupas mais simples sinceramente não lhe caiam muito bem, ele se sentia estranho usando qualquer tipo de roupa que não fosse pesada e longa. Além disso, sua armadura estava em péssimo estado, por isso que ele havia jogado a mesma fora, e era hora de comprar uma nova.

— Bom, eu vou precisar de uma armadura nova. Aquela me serviu muito bem e por um bom tempo, mas já é hora da mudança, não é? Também vou aproveitar e pegar algumas roupas melhores, essas me fazem me sentir meio... estranho, não sei como explicar muito bem. Também vou aproveitar e pedir para darem uma olhada nas minhas espadas, elas provavelmente precisam de reparos.

Ele sorri, contente após ter organizado aquela lista mental das coisas que iria fazer.

— Só espero que tudo isso não custe muito...

Yun aponta para o seu saquinho de moedas, amarrado à sua cintura, e abre um sorriso.

Yun - Qualquer coisa, eu te ajudo! Não gosto de armaduras, me deixam mais pesada e fica difícil de correr... além do mais, são quentes, muito quentes. Adoraria poder ficar sem nada, mas eu sei que ninguém aqui gosta disso...

Disse ela, por fim, com um tom chateado, já que lembrava-se da liberdade que tinha na floresta, e que agora nas cidades, não tinha mais.

Aron sorri, negando a ajuda de Yun com a mão.

— Ah, não precisa, Yun. Eu tenho certeza que as coisas não vão ser tão caras assim, pode deixar comigo.

A menina assente, dando um leve sorriso ao seu amigo, quando já via ao longe a loja de equipamentos/engenhocas e próxima dela uma loja de roupas, Yun acelerou o passo, animada com os seus amigos.

Yun - Yuuup! Finalmente roupas novas!

Aron percebe o ânimo de Yun, sorrindo com aquilo. Acompanhando sua amiga, o Lightsworn fala para o resto do grupo.

— Bom, já que eu também vou comprar roupas, acho que podia fazer isso antes de ir visitar a loja de equipamentos.

Yun - Ahh! Não quero te atrapalhar Aron, vocês podem fazer o que quiserem...

Disse ela, colocando as mãos para frente, enquanto balançava a cabeça negativamente, preocupada.

Aron olha para Yun, dizendo.

— Ah, não se preocupe. Eu preciso de roupas novas, essas roupas leves não caem muito bem...

Falando isso, o garoto olha para baixo, para a camisa que estava vestindo.

— Não sei, sinto falta daquele outro estilo de roupa... Você pode até me ajudar a escolher, Yun!

Yun assente, abrindo um largo sorriso, enquanto começava a saltitar na direção da loja.

Yun - Certo~~! Eu te ajudo! Você vai ver os grandes poderes de Yun Vänker agora! Tenho um ótimo senso de estilo... tehehehe!

Disse em tom de brincadeira, já perto da porta da loja, enquanto os outros companheiros (bot), seguiam seus caminhos para a loja de equipamentos, próxima de onde estavam.

Aron anda ao lado de Yun, dizendo que logo logo se encontraria com o resto do grupo na loja de equipamentos. Sem mais delongas, o Lightsworn e a Vänker adentram na loja de roupas.

— Bem, vamos ver o que temos aqui.

A atendente da loja aparentava ter uns 30 anos, com longos cabelos escuros, presos atrás da cabeça, e belos olhos claros. Ela saiu de trás do balcão e se moveu na direção dos dois que haviam entrado, aparentemente bastante feliz.

Atendente: Olá jovens! No que posso ajudar?