Capital de Ylliria: Marsivel

Após ouvir a sugestão de Mawari, o garoto lança um breve olhar para Yun. Então,ele responde, meio sombrio.
— O nome... bom, não acho que essa seja uma opção viável...

Olhando a distância, estavam duas pessoas, usando capuzes... ambas estavam na entrada de um beco que dava acesso a uma fábrica.

Um dos encapuzados carregava uma canhoneira-rifle, em quanto que outro era munido de uma canhoneira-pistola e uma espada de bronze, com cabo de latão

Encapuzado 1: ali está... são eles, certo? indaga um dos encapuzados

Encapuzado 2: imagino que sim. Ali está o garoto de cabelos brancos... acompanhado daquela menina de cabelos loiros... com certeza é ele

Encapuzado 1: e a de cabelos rosados? Ela é um deles...?

Encapuzado 2: não sei... mas descobriremos em breve sorri, se aproximando do trio

Os dois encapuzados se dirigem a Aron, Mawari e Yun. O homem que carregava a espada de cobre saca-a, e com a mão livre, ele retira um distintivo do bolso se sua calça

Encapuzado: Sob a ordem do Judiciário Bertram Pierce, eu, Falmir Mergsson, sentencio Aron Lightsworn a prisão por uso indevido e ilegal de magia

Aron é pego de surpresa por uma situação como aquela. Mas ele já estava acostumado a ser abordado daquele jeito, e já tinha um diálogo pronto em mente.
— Como assim magia? Tem certeza que não está me confundindo com alguém, senhor?

Mawari se sente intimidada no momento em que aqueles rapazes caminham em direção ao grupo, indo para trás de Aron e encolhendo os ombros. Sua respiração estava sem ritmo, afinal ela também era uma maga e por imprudência havia demonstrado um pouco de seu poder em um local publico, ficará apenas quieta deixando a situação com Aron.

O segundo encapuzado se aproxima de Aron, e olha nos seus olhos, sério e ameaçador.

Encapuzado 1: não se faça de bobo... fala, cerrando os dentes "ele era implacável! Ele conseguia puxar eletricidade do vento lançá-la contra nós! Isso... isso não é coisa desse mundo!" - esse foi o depoimento de um dos soldados da Helia Signa após o ataque em Portus Luna!

O segundo encapuzado, o que estava munido com a espada, dá um passo a frente, falando de uma maneira mais educada para Aron

Encapuzado 2: Também tivemos relatos de que, este "homem implacável" possui cabelos de cor azul-claro... quase branco, certo? diz, fitando o cabelo de Aron a descrição bate com sua aparência...

O primeiro encapuzado recua um passo, assumindo uma postura mais "educada" e gentil

Encapuzado 1: claro que poderia ser um eloziano, não? Afinal de contas... se você tivesse orelhas com formato triangular, feições mais finas e olhos mais arredondados, você poderia ser facilmente confundido com um dos albinos. olha, arqueando uma sobrancelha para Aron mas as testemunhas citaram um homem... Humano

Aron olha para os soldados, assumindo uma postura mais calma. O garoto fala em um tom explanativo.
— Ah, se falam da eletricidade, posso saber do que se trata. Antes de tudo, sou um inventor, e recentemente venho trabalhando em um protótipo para minha nova engenhoca.
Com um sorriso, ele retira um objeto de formato irregular de dentro de suas vestes, o objeto tinha a cor levemente dourada.
— Por ser só um protótipo, ele ainda causa alguns choques por causa da tensão instável. É um dos problemas que preciso resolver.
O garoto volta a colocar o objeto de onde havia tirado. Aron assume uma expressão mais curiosa, meio indagativa.
— Então, mas por que eu seria procurado em Ylliria por algo que fiz em Servais? Pelo que sei, os dois reinos não são ligados.

Um dos encapuzados ri

Encapuzado 2: é... verdade coça atrás da nuca Servais fica a uma penca de milhas aéreas daqui... só teríamos motivo para procurar-te se você fosse um mago

O outro encapuzado põe-se a falar, num tom de voz mais sério

Encapuzado 1: a Carta Inquisidora foi escrita e avaliada em Fyorda, e agora ela está sendo enviada pela irmã do próprio Grão-Duque de Fyorda, Tybell Blackhorn, que assumiu o poder há apenas alguns dias sorri esta carta está sendo enviada para Terdemut, no Reino Unido de Brastel para ser avaliada pelos embaixadores das seis nações ocidentais

Encapuzado 2: em resumo, se os embaixadores aceitaram a ordem da Carta Inquisidora, o Tribunal da Inquisição será novamente aberto, e a Helia Signa terá o direito de atuar em qualquer país do ocidente, seja a magia permitida ou não...

Aron congela por um segundo. Como se uma forte corrente elétrica passasse por seu corpo, todos os pelos do garoto ficam arrepiados, a expressão dele muda para uma de horror por um simples segundo. Porém, Aron se força a voltar ao normal, e, fingindo um sorriso, ele fala.
— É, isso seria muito ruim se eu fosse um mago.

O encapuzado munido com a canhoneira-pistola, sorri, dizendo

Encapuzado 1: sim, seria... dá de ombros mas, se não se importa, gostaríamos de fazer um "pequeno teste" em você

O outro encapuzado retira de seu casaco um frasco, contendo um líquido preto e viscoso

Encapuzado 2: não é nada demais. Se trata de um Behe-Volien... uma poção. Essa poção, em especial, é chamada de "Exion". No estado atual ela não faz nada, mas é capaz de revelar se alguém é mago ou não...

Encapuzado 1: naturalmente, o Exion retiraria os poderes de um mago... mas não conseguimos ainda fazer uma coisa dessas... o que temos nesse jarro é o Exion em estado oxidado... ele só é capaz de revelar a presença arcana de algum objeto

Encapuzado 2: mas como você não é mago... não teria problema fazermos esse "teste", não é?

Aron se afasta um pouco.
— Não teria problema se eu soubesse que o que falam é verdade, mas não sei, não confio em vocês desde que me acusaram sem nenhuma prova.
Então, o garoto aponta para o frasco.
— Além do mais, isso não parece nada seguro...

Ela observava assustada e atenta, até que Aron conseguirá persuadir aqueles caras por um tempo, mas não o suficiente para que eles desistissem e os deixassem partir. Pensando também se aquela história seria verdade sobre Aron ter atacado algum dos soldados de Helia Signa, sua mãe sempre lhe havia orientado a nunca demonstrar a magia em publico, e ele simplesmente atacou um soldado... e também por que será que eles desejam encontrar a família de um soldado de quem nem seque sabem o nome... será que é realmente um boa ideia acompanhar esses dois... Até que algo lhe tira de seus pensamentos, aquele frasco lhe chama a atenção e faz com que seu corpo estremeça, se o que dizem for mesmo verdade então toda magia de Aron será revelada. Agindo apenas por impulso, ela dá um passo para o lado, em sua mente fugir era a melhor opção, então precisavam ganhar algum tempo. Se preparava para evocar sua magia

- D-dio... - então é cortada pela voz de Aron o que a faz recuar novamente e relaxar os músculos percebendo que ele ainda tinha o controle.

Aron percebe o nervosismo de sua amiga, então desviando um pouco o olhar dos guardas, o garoto leva a mão até o ombro de sua colega e dá uns tapinhas gentis e amigáveis. Ele fala sussurrando, sem olhar diretamente para ela.
— Se acalme, senhorita Mawari. Tudo está sobre controle.

Ela sente a mãe de Aron em seu ombro, e então olha para ele, nunca esteve em uma situação parecida, não tinha ideia do que fazer, então aceita o conselho de seu companheiro, assentiu sem dizer nada tentando manter a calma.

Aron dá um pequeno sorriso de alívio quando vê que Mawari havia captado a mensagem, então, ele volta a fazer uma expressão séria, tocando no ombro dela novamente.
— Mas se algo der errado, senhorita Mawari, pegue Yun e corra daqui. Não se preocupe, eu alcançarei vocês depois.
Fala o garoto, ainda sussurrando.

Ao ouvir as palavra de Aron, ela assenti novamente com um meio sorriso no rosto. "Mas se algo der errado...", aquilo ficou em sua mente, voltou a ficar um pouco nervosa, tentando se acalmar ao máximo. Yun, parecia ser tão frágil e inocente quanto Mawari, e de certo modo agora eram amigas, ela queria mesmo protege-la, deu leves passos até se aproximar de Yun onde envolveu a mão em volta do braço da outra garota caso algo desse errado ela já estaria pronta para fugir e levar Yun consigo.

Os encapuzados trocam olhares, e se aproximam de Aron. O homem que era munido com a espada segurou Aron pelos braços, enquanto que o outro homem segurava o pote com o conteúdo preto

O encapuzado que segurava o pote removia sua tampa, inclinando-o o líquido, negro e viscoso como piche, sobre o peito de Aron

Encapuzado: se você for mesmo mago, linhas verdes vão começar a surgir ao longo do seu corpo, e aí veremos se você mente ou não!

Aron se desvencilha do homem que havia segurado seu braço, se afastando dos dois homens e do frasco. Um pouco irritado, o garoto fala.
— Olha, eu realmente não faria isso se fosse vocês. Vocês não iriam querer começar um problema diplomático, né? Saibam que sou membro de uma importante família de Servais, dos Vardembris, tenham isso em mente antes de tentarem mais alguma gracinha.

Os dois encapuzados trocam olhares, e ambos caminham dois passos para trás.

O que estava munido com uma canhoneira e uma espada, fala a Aron, num tom raivoso e mal-educado

Encapuzado: VARDEMBRIS!!! grita, numa gargalhada estrondosa está falando daquela família de chupa-rolas? Daquela família de viados e vadias que só servem pra tapar buraco na nobreza de Servais? Você é o que deles? Servo? Por acaso é dos Lightsworn? Aquela família de merda que só serve para lambar o saco dos Vardembris?

O encapuzado guarda a canhoneira, ele se aproxima de Aron e segura-lo pela "gola" de sua armadura (o espaço entre o pescoço e a parte metálica da armadura)

Encapuzado: o que você vai fazer, seu merdinha? Vai ficar protegendo aquelas duas putas? HEIN? fala, sacudindo Aron você pensa que é alguém importante? Você não é nada! Você dá uma de guarda-costa daquelas vadias miseráveis, mas não ganha nada com isso, não é? Você não é nada pra elas, é só um peão para elas! Você só vai servir como bode expiatório, sua bicha! fala, olhando Aron cara a cara você não é ninguém

Aron havia fechado os olhos desde que o guarda havia começado a falar. Cada palavra ressoava na cabeça do Lightsworn, enquanto este tentava se controlar com todas as forças.
— Senhorita Mawari, agora é a hora, saia...
Rapidamente, a energia de seu corpo aumentava, porém, mesmo assim, o garoto continuava de olhos fechados, tentando se controlar enquanto o guarda da HS falava tudo aquilo. Mas o homem havia ido longe demais.
— Você realmente não devia ter falado isso... Eu sou capaz de aguentar muitas coisas, mas ofendendo meus senhores, minha família e a meus amigos, ah, isso eu não posso deixar passar.
As luvas emborrachadas do garoto escorregam de suas mãos, eletricidade corria livremente pelos cabelos de Aron, o que fazia com que eles parecessem estar emitindo luz. Então, o garoto abre seus olhos. Era quase que possível tocar a fúria que corria pelos olhos do Lightsworn. Aron ergue as duas mãos, colocando as duas ao lado da cabeça do guarda, de frente as orelhas do mesmo. Ele alinha as duas mãos, ainda sem tocar na cabeça do homem, dizendo.
— Vocês, da Helia Signa, são tão sujos que até tocar em vocês deve fazer mal. Devo acabar com isso sem sujar minhas mãos.
Com uma sorriso sombrio no rosto, o garoto cria uma corrente elétrica que vai de uma mão até a outra, passando pela cabeça do guarda que estava entre as duas.

A corrente elétrica que passava pelas mãos de Aron entravam pelos ouvidos do homem, e por sua vez, passavam por todo o corpo do mesmo (inclusive por seu cérebro)

O homem começava a tremer. Uma espuma branca saia dos seus olhos, em quanto que seus olhos começavam a virar para trás, e deles, saiam sangue, como se estivessem "derretendo".

O homem fica repleto de espasmos musculares, até que ele cai no chão, morto, com as cavidades oculares sangrando

O encapuzado munido com a canhoneira fica pasmo com a cena... ele recua, assustado, com o pavor e o medo nos seus olhos

Encapuzado: m-mas... i-isso... isso não pode ter acontecido... diz, tremendo de medo

O encapuzado sacava o rifle, e começava a disparar loucamente em direção a Aron (a maioria dos tiros passavam longe do mago, já que as mãos do encapuzado estavam trêmulas e frias)

Aron sorri com o desespero do inimigo.
— Ainda não acabou...
Puxando a espada do soldado caído, o Lightsworn aproveita de sua composição quase que total de metal. Energizando suas mãos, a espada começa a brilhar com uma corrente elétrica poderosa percorrendo a mesma.
— Que os deuses tenham piedade de vocês, já que eu não terei!
Então, o garoto avança contra o segundo guarda, mirando um corte horizontal que passasse por todo seu peito.

A espada de Aron por pouco não atravessa o corpo do soldado da Helia Signa.

O soldado vira-se para o lado, esquivando do ataque da espada de Aron, e num rápido par de movimentos, ele rola no chão e levanta-se, pegando a canhoneira do soldado

Encapuzado: seu miserável fala, apontando o rifle para Aron e guardando a canhoneira do outro soldado em um suporte no cintoque os três Deuses tenham piedade pelo o que você fez e é! diz, atirando uma saraivada de tiros em direção as pernas de Aron

Aron sorri. Toda a eletricidade que percorria seu corpo aguçava seus sentidos até um limite sobre-humano. O garoto tinha que se controlar para não se mover muito rápido, embora fosse capaz, ele temia por seu corpo. Era a primeira vez que o corpo do Lightsworn estava chegando ao seu limite de carga.
— Muito lento...
Correndo na direção do soldado, Aron prepara outra espadada, com a espada emitindo uma luz ainda mais forte. Os cabelos do garoto estavam ainda mais eriçados que o normal, seus olhos brilhavam como dois pequenos faróis.

O soldado tentava desviar novamente, mas a espada fez-lhe um corte, na sua perna direita.

A dor era escruciante, além do corte, o soldado levara um poderoso choque, que deixara sua perna dormente

Encapuzado: vá... se... foder, seu merda! fala, mirando uma coronhada com a canhoneira nas costas de Aron

A coronhada atinge Aron nas costas, o garoto solta um rugido de dor momentâneo. Sem perder mais tempo, Aron rapidamente gira, erguendo a espada na altura do peito inimigo e mirando-lhe um corte horizontal que partiria o guarda em dois.
— Isso acaba aqui!