Portus Luna

Ao ouvir o que Indrick tinha dito, Theodore torna a ficar pensativo. De fato, poderia haver algo naquela "adaga" que ele carregara que poderia estar relacionado aos Blackhorns... mas, piratas? Uma família do tamanho e da reputação que são os Blackhorn jamais usaria piratas para realizarem seus trabalhos sujos.
Mas, pelo visto, não são só os Blackhorns que estão no meio dessa trama toda, talvez outra família esteja usando métodos mais "sujos" para atingirem seus objetivos... mas quem seria?


Theodore: piratas... diz, olhando pensativo para a adaga parece que agora temos outra preocupação para guardar em nossa coleção diz, fitando o artefato que Indrick carregara se não são os Blackhorns que estão envolvidos nisso, nem a Helia Signa, quem poderia ser?

Aliot e Raegon dão de ombros. A dúvida era escruciante, e o pior de tudo era que eles estavam caminhando no escuro... mas ao menos sabiam que: o responsável pelos eventos do tricentenário poderia ser o mesmo portador da adaga

Theodore: só por curiosidade... quem foi o pirata que vocês enfrentaram de Terdemut para cá?

Raegon diz, numa voz penosa

Raegon: seu nome era Ignaz von Leeuwarden, um pirata que antes trabalhava como corsário-mercenário para os Blackhorns diz, num tom seco ele raptou minha irmã, Keela. prossegue, gesticulando foi assim que eu, Indrick e Keela chegamos a Portus Luna fala, dando de ombros

Aliot: sim... não tivemos escolha se não matar quase metade da tripulação dele e o próprio Leeuwarden

O rosto de Theodore forma um pequeno sorriso ao ouvir o que Raegon e Aliot falaram.

Theodore: se vocês estivessem falando de um de qualquer outra pessoa, eu juro que mandaria prendê-los, mas... Ignaz? Ignaz von Leeuwarden? dá um discreto sorriso esse homem já passou por Portus Luna, falsificando sua identidade, já subordinou guardas, já saqueou outras Portus, já fez tráfico de drogas vindas de Go'haka... dá de ombros estávamos desesperados na procura dele... e agora que ele está morto, temos um problema a menos

Aliot solta um sorriso ao ouvir aquelas frases... pelo menos, uma vez naquela conversa, alguma palavra gentil e agradáveis podem ser ouvidas

Aliot: fico feliz que possamos trazer boas notícias para você, Theodore fala, dando um suspiro

Theodore: alguma boa notícia, pelo menos... diz, levantando-se

Theodore volta a andar em direção a janela da sala, retomando a fitar Luna. Num suspiro árduo e cansado, ele diz ao trio

Theodore: vocês três estão livres por hora... podem voltar para suas atividades... eu preciso avisar à mídia local a respeito dos eventos que aconteceram em Terdemut. diz, se debruçando é hora de contar as péssimas notícias para o povo de Luna.

Theodore volta a fitar o trio pela última vez e diz

Theodore: voltem daqui uma semana, mais ou menos... aí poderemos continuar nosso trabalho, até lá, vocês estão dispensados

Assim assentem com a cabeça Raegon e Aliot, levantando-se de suas cadeiras


----



Ao passo que Mio, Aron, Damian e Yun caminhavam pelas ruas da Portus, era possível avistar ao longe uma grande loja-fábrica, localizada no final da rua.
A loja tinha três andares, era alta, larga, com várias chaminés (exalando uma fumaça esbranquiçada) saindo do fundo do quintal da fábrica. Se tratava de um "manufactorium", antigo termo derivado do idioma do oeste para designar pequenas indústrias que vendem seus equipamentos, geralmente, de mecânica.

Yun apontou para a loja, saltitante enquanto seguia naquela direção. Ela olhou para os seus amigos, sorrindo, e depois voltou a fitar a construção. 

Yun - Lá está a loja! Tehe!

Mio olha para a loja, e vê que definitivamente existia a arma que ela queria, bem ali. Então Mio fala.

Mio - ...Vamos nos apressar. Mal posso esperar para conhecer vocês mais!

Mio fala sorrindo. Realmente, ela tinha mudado bastante, até demais. Agora ela sorria frequentemente, coisa rara que acontecia a ANOS atrás.

Aron sorri, acompanhando as garotas e Damian.

— Hmm, eu mal posso esperar para ver o que tem para se comprar. Eu sinceramente poderia fazer um bom uso de uma armadura nova, além, claro, de dar uma checada nas minhas espadas.

Enquanto falava, o garoto se aproximava ainda mais da loja.

A menina começa a pensar se não deveria comprar alguma coisa para si mesma, mas não conseguia desapegar daquele sabre que havia comprado com o seu primeiro salário merecido. Era nostálgico pensar naquele tempo, mas da mesma forma, preferia o agora. Pelo menos tinha amigos, e esses eram muito importantes para ela. 

Yun - Mas não custa dar uma olhada, né!


Disse ela em voz alta sem querer.

Ao chegarem na loja, o grupo se depara com um gigantesco balcão de granito, onde estavam dispostos vários equipamentos  dos mais variados tipos

Os adereços mecânicos que haviam no manufactorium eram inúmeros, desde engrenagens minúsculas, de milímetros de comprimento, até pistões e motores de navios voadores.

Era possível ver também naquela loja a presença de vários engenheiros, mecânicos e tecnistas, todos indo de um lado para o outro, carregando toda sorte de material metálico no local.
O cheiro de ferro fundido e o vapor exalado pelas máquinas deixava o local com um cheiro inebriante e pesado, como se toda a loja estivesse inserida numa gigantesca chaminé de vapor.

Ao entrar na loja, também é possível identificar, no "fundo" da mesma, uma espécie de "varanda", que dá acesso ao salão principal do manufactorium, onde os mecânicos fabricam seus equipamentos.
É dessa varanda que é possível ouvir o som de centenas de martelos batendo no ferro quente e o som de inúmeras máquinas a vapor funcionando por ali.

Um homem, alto, de cabelos cor-de-areia e de olhos castanhos aparece em direção ao grupo que adentrava na loja.

O homem tinha uma aparência "delicada" e jovem, não aparentando ter mais de 15 ou 16 anos. Ele estava todo sujo de graxa, seu cabelo estava emaranhado e a ponta dos seus dedos estava acinzentada por limalha de ferro

Mecânico: bem vindos à "Maison des Machines", a melhor e maior manufactorium de Portus Luna! fala, com uma voz tenor e estridente, contrastando bastante com sua aparência de "menino de fábrica" o que vós desejeis?

Aron olha para o engenheiro que vinha atender o grupo. Colocando uma expressão séria no rosto, o garoto fala, tentando ser específico sobre o que queria.

— Bom, eu vim aqui atrás de uma armadura, de preferência uma armadura de corpo inteiro. Eu gostaria de algo resistente, mas não muito pesado, um meio termo. O senhor tem algo assim em estoque?

Ao entrar naquele local, a menina-lobo pareceu encantada. De todas as lojas de engenhocas das quais havia entrado, essa com certeza era a melhor. Porém, uma coisa que a incomodava muito era o cheiro, que parecia de certa forma, quente para ela. Isso fez com que Yun tampasse o nariz logo ao entrar. Ela começou a olhar para os lados, encantada com todos os equipamentos e motores que ali tinham. 

Yun - Wohow! Gue loja legal! Ezes eguibamentos zão ingríveiz!

Mio entra na loja, indo direto ao atendente, para pedir a sua arma. Então, Mio fala.

Mio - Então, senhor. Quero pedir para você fazer uma gunblade, ao meu gosto, se não se importa.

Mio sorri gentilmente para ele. Mal esperava para ter uma daquelas. Lembrando do real propósito de ter vindo ali, Mio diz novamente ao homem.

Mio - E também, se não for problema, gostaria de ver algumas armaduras!

O homem coberto de graxa assente com a cabeça, abrindo uma passagem na bancada de granito, permitindo que o grupo seguisse-o até o interior da fábrica.

Homem: temos vários equipamentos e geringonças por aqui... e se não temos, nada que não possamos fazer diz, sorrindo a propósito, podem me chamar de Wylliames Mallsteer, ou simplesmente de Wyll, como todos de chamam diz o mecânico, tirando um pouco de graxa que havia no seu braço

Rapidamente, uma wesci não tão alta, de cabelos arroxeados e de olhos avermelhados aparece. A garota aparentava ter a mesma idade de Wyll e estava tão suja de graxa quanto o mesmo.

Wesci: ou então podem chamá-lo de marinheiro de banheira diz, tornando a ficar ao lado do mecânico, dando um "tapinha" no ombro do mesmo

Wyll solta um suspiro ao ouvir o que a wesci falara, e então diz ao quarteto

Wylliames: ah... essa é Dondrel Iondast, mas podem chamá-la de beterraba, se quiserem diz, dando um sorriso maroto a wesci

Dondrel: isso me ofende diz, cruzando os braços, num tom irônico e jocoso

Wylliames: tá bom, roxinha, volta pro trabalho fala, dando um tapa nas costas da wesci

A wesci, por sua vez, empurra Wylliames, dizendo para o mecânico

Dondrel: por que você não volta para o trabalho e eu dou conta dos nossos clientes? Roderik tá mexendo na fornalha, e da última vez que ele fez isso, ele acabou ateando fogo nele mesmo diz, suspirando

O homem com cabelos cor de areia dá de ombros, e parte em direção a área das máquinas, descendo por uma escada que estava próxima da varanda

Dondrel: pois bem... até onde ouvi, percebi que vocês querem armaduras, certo? E você diz, nesta última frase, virando o rosto para Mio quer uma "gunblade"? Certo? De onde venho, chamamos isso de... "kventshard", mas creio que no seu idioma, vocês também chamam isso de... esparrifle, é isso?

A wesci vai até a varanda e se debruça na mesma. Lá ela indaga para os trabalhadores que estavam lá em baixo, manufaturando as máquinas e geringonças da fábrica

Dondrel: ei! Como é que vocês chamam "kventshard" em ândrico?

Um dos trabalhadores que estava retirando uma barra de ferro de uma prensa diz a wesci

Trabalhador 1: em Fyorda chamamos isso de lâmina híbrida!

Outro trabalhador, que estava ao lado do primeiro (o que tira a barra de ferro da prensa) diz, em alto e bom som

Trabalhador 2: em Brastel chamamos isso de baioneteira

Por sua vez, outro trabalhador, desta vez, um eloziano de cabelos branco-azulado que estava moldando uma engrenagem de estanho num tablado fala a wesci

Trabalhador Eloziano: em Eloz chamamos isso de "gambiarra" mesmo fala, rindo

A wesci dá de ombros e volta a fitar para o quarteto

Dondrel: certo... coça atrás da nuca, meio confusa eu vou pegar algumas armaduras no nosso estoque para vocês. E quanto a sua gambiarra, me diga quando eu voltar a respeito das especificações que você quer que coloquemos nela. Essas coisas são feitas sob medida, portanto, precisamos de todos os detalhes que você deseje assim diz a wesci, descendo pela mesma escada de Wyll desceu, indo em direção ao estoque de armaduras

Aron sorri, se virando para o grupo e dizendo.

— Bem, esse lugar parece ser bem animado, não é?

Yun observava a interação dos dois e assim que disseram aquelas... "piadas"(?), a garota soltou uma risada baixa, ainda entretida com o local. 

Yun - Gosdei deze lugar!

Mio leva a mão a cabeça e coça, pensando. Seria uma boa ela ter uma dessas, já que ela está acostumada com espadas e não custa nada se acostumar com uma arma.

Mio - Isso mesmo. São essas! Então.. quanto vai custar? Acho que posso pagar, de qualquer jeito.

Mio falou, vagando pela loja.

Rapidamente, a wesci retorna, subindo a escada, para o "andar" onde estava o quarteto

Dondrel: certo... a armaduras estão sendo trazidas pelo elevador, aguardem um pouco... assim diz, indo até a bancada e puxando uma prancheta de uma das gavetas certo... fala, olhando para Mio diga-me como será a sua gambiarra, quero informações, desde o metal da lâmina, o calibre o tambor do gás, as medidas... tudo. diz, sacando de um de seus bolsos uma caneta tinteiro (suja de graxa e óleo de motor)

No exato momento em que a wesci toca a folha da prancheta, um som de sino ouve-se. O elevador havia subido no andar em o quarteto estava
Rapidamente, vindo de um pequeno corredor (que dá acesso ao elevador) próximo a varanda, surgem dois mecânicos carregando um "carrinho" repleto de armaduras das mais variadas.

Um dos mecânicos que empurrava o carrinha indaga a wesci

Mecânico: beterraba, aqui estão as armaduras que você pediu. diz, deixando-as ao lado de Dondrel só isso?

A wesci assente com a cabeça e faz um sinal de mão, despachando os mecânicos

Dondrel: certo... aqui temos armaduras de couro, de ferro, de aço, latão, estanho, temos limalhas de ferro, armadura de liga-leve... diz, tirando uma armadura leve, não tão espessa ou pesada. Feita de um metal de cor azulada, a túnica refletia uma luz fosca e agradável aos olhos acho que essa aqui é para você, azulzinho diz, se referindo a Aron essa armadura é feita de uma liga metálica, forjada com alumínio e manganês em fornos de alta pressão. Não protege tanto quanto outras armaduras aqui, mas ela é bem versátil, aconchegante e resistente. fala mais uma vez, deixando-a encima da bancada

Aron sorri, se aproximando da armadura que a wesci havia deixado em cima da bancada.

— Hmm, liga metálica, né? Pode me dizer se ela é uma boa condutora de eletricidade? Só como informação adicional, fiquei meio curioso.

Damian estava encantado com a loja-fábrica, não sabia onde olhar primeiro. Eram tantas prateleiras, tantos itens à venda, uma inúmera quantidade de peças e ainda tinha aquele cheiro... O jovem ficou, de certa forma, extasiado com o cheiro que enchia todo o local que não conseguiu se decidir até que a wesci voltara com a primeira leva de equipamentos.
Damian: Senhorita Dondrel, por favor, eu gostaria de um conjunto de chaves, com a maior variedade de tipos e medidas, algumas peças básicas e um dínamo.
O ruivo estava tão feliz quanto uma criança em parque de diversões.

A wesci põe a prancheta e a caneta tinteiro sobre a bancada, e ao ouvir a pergunta de Aron. Dondrel pega a armadura azulada e começa a exibir os detalhes da mesma para o espadachim

Dondrel: se é um bom condutor? dá um sorriso, exibindo seus alvos dentes wescandis essa liga metálica possui o coeficiente de condutividade de 37,5 siemens metros por milímetros quadrados dá uma pausa, pigarreando não sei se você sabe de algo sobre eletrodinâmica, mas isso é muita coisa!

Dondrel põe a armadura sobre um suporte, e começa a falar mais a respeito da mesma, com um entusiamo perceptível em sua voz

Dondrel: um efeito interessante sobre essa armadura é que, quando uma descarga de eletricidade atinge-a, a corrente elétrica atua apenas na área mais externa da armadura. ao falar isso, Dondrel "abre" a túnica, revelando o interior da mesma: placas de metal forradas nas juntas do ombro e abdômen com couro, polido com um verniz preto em outras palavras, se por algum motivo você inventar de mexer um gerador a vapor de eletricidade e ele lançar um raio em você, a corrente elétrica vai ser absorvida pela armadura, e você ficará intacto. Mas se uma corrente elétrica partir de dentro da armadura para fora, ela será "arrastada" para as áreas mais externas da armadura, criando um "campo estático" nas camadas mais externas da túnica dá um sorriso para o mago a eletricidade não é uma coisa maravilhosa?

Rapidamente, Wylliames retorna para o andar superior do manufactorium. Subindo pela escada que dava acesso ao andar de baixo, o homem vai em direção a wesci e aos clientes

Wylliames: a eletricidade é algo incrível, mas eu ainda prefiro minhas engrenagens e correias diz, exibindo um largo sorriso mas então diz, olhando para Damian ouvi dizer que você quer um conjunto de chaves, não é? cruza os braços posso te perguntar uma coisa? Você é o que? Engenheiro, mecânico, tecnista...?

Damian fica entusiasmado com a pergunta.
Damian: Sim - disse com toda pompa - sou mecânico e tenho algum conhecimento em engenharia. Sei fazer algumas coisinhas e tenho alguns projetos.

A wesci e o humano trocaram olhares de felicidade, parecia que as palavras de Damian haviam acendido uma centelha de felicidade nos dois engenheiros

A wesci passa o braço sobre o ombro de Damian e Wyll dá um tapinha nas costas do ruivo, ficando ao lado do mesmo, e como se falassem eu coro, a dupla brada

Wylliames e Dondrel: temos um dos nossos!!! dizem, entusiasmados

Era possível ouvir debaixo da varanda vários "urras" e "vivas" dos mecânicos que trabalhavam lá. Era evidente que o povo do manufactorium estava feliz em receber mais um "da raça" no seu recinto

Dondrel: você é um mecânico? Por que não disse antes! dá um sorriso entusiastas nas artes mecânicas são sempre bem vindos aqui na Maison des Machines

A wesci "solta" Damian e vai correndo em direção ao andar debaixo, descendo pela escada

Enquanto isso, Wylliames fala ao homem ruivo, dando um sorriso

Wylliames: sabe... estamos passando por tempos difíceis aqui na fábrica... digo, fazemos produtos artesanais, e nossa linha de produção não é uma das maiores, e quando os magnatas de Ylliria, Andros e Tarêndia vêm colocando suas fábricas aqui por Servais. Nesse ritmo, nossa credibilidade vem baixando gradativamente diz, soltando um suspiro se não podemos superá-los em quantidade, superemos em qualidade fala, decidido

Wylliames vai em direção a bancada, e fala, soltando um suspiro

Wylliames: ainda assim, os negócios estão complicados... dá de ombros nós não almejamos tanta riqueza, mas a situação dos nossos engenheiros e mecânicos está ficando precária...

Após alguns segundos, Dondrel volta, trazendo uma maleta bem grande, revestida em couro e com detalhes de latão

Dondrel: certo... diz, colocando a maleta sobre a bancada, abrindo-a acho que você vai gostar disso

Ao abrir a maleta, revela-se uma "mini-micro-fábrica portátil" compactada em duas abas de couro e metal. Há várias ferramentas, dos mais variados tipos, pedaços dos mais variados metais e materiais de mecânica, fios e ductos metálicos, rotores, diodos, dínamos, cinco potes preenchidos com cinco tipos diferentes de óleos, e um livro de capa dura fechado com uma cadeado

Dondrel: esse troço é um "mini-kit" de mecânica, importado diretamente de Cobburg. Aqui temos tudo e um pouco mais do que todo mecânico precisa nos seus afazeres diários

Wylliames assente com a cabeça, retomando ao seu sorriso entusiasmado de antes

Wyll: a regra é clara: se vem de Cobburg, então a coisa é boa. diz, limpando um pouco da limalha de ferro que estava entre seus dedos num pano de linho que guardara no bolso de sua camisa

Dondrel assente com a cabeça, fechando a maleta

Dondrel: esse equipamento é fundamental para iniciantes no assunto, e acho que será bem útil para você. fala, se debruçando na bancada você pode comprar agora por apenas 95 talentos

Wyll: ou... diz, esboçando um sorriso sagaz no rosto você pode se inscrever como um membro da Maison des Machines, este manufactorium, e gastar apenas 45 talentos comprando a maleta das bugigangas.

Era quase difícil para o garoto segurar a emoção. Ver aquela maleta repleta de instrumentos, muito conhecidos por Damian, fazia seu coração bater rapidamente. Havia tempo que ele não se sentia tão feliz.
Damian: Infelizmente não poderei me inscrever como membro da Maison des Machines pois não posso criar vínculos. Tenho muitos assuntos para resolver que seriam atrasados caso tenha que permanecer por aqui, portanto, os 95 talentos já seriam um ganho e tanto. - agora de cabeça baixa diz, quase que envergonhado - mas posso ajudá-los, caso fosse necessário, deste modo teria muito mais conhecimento, pois, pelo que vi, tem muita coisa aqui que jamais havia visto em minha vida.

Wyll assente com a cabeça, e então faz outra proposta a Damian

Wylliames: nesse caso... temos um trabalho para você. diz, olhando decidido para a wesci

Dondrel assente com a cabeça igualmente, e vai até a varanda, dando um grito para os trabalhadores

Dondrel: Carol! Kiel! Sam! diz, bradando pela varanda

Rapidamente, três pessoas viram o rosto para Dondrel, fitando-a

Carol: o que foi agora, Dondrel? assim fala uma humana, de aparentes 19 anos e de cabelos alaranjados

Dondrel: venha você, Kiel e o Sam! Tragam o gerador a diesel! assim fala

Carol assente com a cabeça, indo até o armazém da fábrica, juntamente com um outro humano, de cabelos pretos-castanhos, presos num rabo de cavalo (Sam) e um eloziano de cabelos azulados, o mesmo que chamara a "gunblade" de gambiarra (este é Kiel)

Dondrel vira-se para Damian, e diz ao mesmo

Dondrel: vamos fazer o seguinte. Você me paga 40 talentos e ao mesmo tempo entrega um gerador a diesel para... ahm... vejamos diz, pegando novamente a prancheta o... "restaurante do Enil", ou algo do tipo... diz, coçando a nuca enfim, esse tal de Enil pediu um gerador a diesel para substituir o forno do restaurante dele por algo mais moderno, então prometemos entregar uma geringonça dessas num prazo de 3 dias. fala, tirando de seu bolso um relógio de bolso de bronze e... esse prazo vai se acabar dentro de cinco horas. Se você entregar o gerador a diesel dentro de cinco horas para ele, e pagar 40 talentos, o kit de mecânica será seudiz, sorrindo assim como a gratidão de todos os engenheiros e mecânicos da Maison des Machines

Após alguns segundos, o elevador chega no andar, e de lá, sai Carol, Sam e o eloziano.
O tiro estava carregando um grande gerador a diesel, de dois metros de altura, repleto de partes móveis e aparatos mecânicos.

Dondrel: nossa... parecia menor olhando por cima diz, coçando a nuca

O humano de cabelos castanhos fala a wesci

Sam: esse troço pesa quase 100 quilos... acha mesmo que vamos chegar nesse tal restaurante dentro de cinco horas? fala, enxugando o suor da testa

Dondrel olha para Damian e com um sorriso, indaga-o

Dondrel: então... você se habilita a ajudar nosso pessoal? dá uma batida no couro da mala 40 talentos é um preço bem justo, não?

Aron percebe que Damian estava lentamente se enturmando com os mecânicos, além disso, era bom saber mais sobre aquele novo membro do grupo. Um mecânico, quem diria.

— Se precisarem de mais ajuda, podem contar comigo. Eu não me importaria em caminhar um pouco e trabalhar um pouco também. Ah, e não precisam se preocupar com nenhum tipo de pagamento, meu pagamento vai ser ver Damian com sua maleta de ferramentas!

O garoto fala, animado, oferecendo-se para ajudar o conjunto de mecânicos. Então, ele lança mais uma pergunta.

— Ah, e sobre a armadura... bem, ela parece ótima e tudo mais, mas será que dá pra comprar ela com o que tenho? Quanto ela vai custar?

Damian, muito entusiasmado, confirma.
Damian: Sim, adoraria ajudar, como podem ver, não sou do tipo "carregador" mas me esforçarei ao máximo - virando-se para Aron - E sobre a sua armadura, com o que eu economizarei aqui, posso te ajudar com alguns talentos, se precisar. Não será incômodo algum. Uma mão lava a outra. - de volta para os mecânicos - Vamos então, temos pouco tempo...

Yun se animou ao ver Damian fazendo novas amizades. Ver um sorriso no rosto dos seus amigos era o maior presente que ela poderia ter.
Ao escutar a conversa, e percebendo que não tinha nada mais para fazer, já que não compraria nenhum equipamento, a menina-lobo sorri, caminhando para perto de onde Aron e Damian estavam. Ela destampa o nariz, visto que já estava acostumada com o cheiro do local.

Yun - Eu vou ajudar também! Gosto de ver meus amigos felizes, e se isso vai deixar o Damian feliz, eu vou dar o meu máximo! Tehehe!

Disse enquanto balançava a cauda de um lado para o outro, expressando sua animação por meio desse ato.