Cidade de Findral

Finalmente, após tanto tempo de viagem, a dupla chega na cidade de Findral

Edwyn: e... chegamos em Findral diz, num tom de ânimo misturado com uma voz cansada nossa... foi uma viagem em tanto, hein? diz, olhando para Oliver

Edwyn olha para Oliver com uma certa "pena", talvez pena de si mesmo... não queria que ele saísse de sua companhia. Apesar de terem se conhecido a tão pouco tempo, parecia que a amizade de ambos era promissora

Edwyn: não gostaria de me acompanhar até a casa dos meus senhores? Pela última vez? diz, dando um sorriso

Edwyn esboça um sorriso largo e diz...

Edwyn: Verdade, tudo é incerto na vida por isso temos que aproveitar o máximo dela! solta uma gargalhada...

Depois disso Edwyn olha para o céu, ensolarado e quase sem nuvens, e o admira por um tempo depois fala para Oliver...

Edwyn:Então vamos, a casa fica lá em cima... aponta para a parte alta da cidade, e começa a andar á frente de Oliver...

Edwyn olha para Oliver e assente com a cabeça, reconhecendo que já haviam caminhado demais até agora.Estava acostumado a andar mais, mas agora não estava mais andando sozinho tinha que se preocupar também com seu parceiro de viagem...

Então Edwyn leva a mão ao queixo e fica pensando por um tempo, então ele diz...

Edwyn: Se quiser você pode descansar um pouco aqui ou mesmo passear um pouco pela cidade que eu vou até lá e peço pra o cocheiro da família vir te buscar o que acha?

Edwyn assente com a cabeça e começa a andar, ele pára por um momento e vira-se, dizendo ao Oliver...

Edwyn: Não sei se você sabe mas esta cidade é conhecida como a "cidade da uva"! sorri para o rapaz Temos os melhores vinhos em todo o ocidente, se você for de beber aproveite a estadia! solta uma breve gargalhada e começa a andar novamente em direção á parte alta da cidade...

Solto uma pequena risada rumo a Edwyn , cruzo minhas pernas formando um gesto de comprimento para o meu 'parceiro' , me viro elevando a minha lamina na altura de meu peitoral forçando a ponta da mesma sobre a casca da madeira.

- Interessante , encomende um pouco do vinho desta cidade para quando eu chegar na casa de seus senhores.


Deslizei meu pé esquerdo para tras e membros direitos a frente formando uma antiga posição de combate frontal , mantive a espada rente ao meu corpo e em seguida encravei a ponta da mesma sobre o centro da arvore , após tal movimento encaixo a sola de meu pé na madeira impulsionando-a e formando um giro 180 ° graus abrindo uma boa parte da madeira.

Edwyn novamente vira-se em direção ao Oliver, após ouvir o que o rapaz havia dito e diz depois de uma gargalhada...

Edwyn:Er... acho melhor você experimentar nos bares da cidade, meus senhores somente bebem vinho em companhia de pessoas de sangue "azul" se é que me entende. Já estou fazendo muito em pedir para o cocheiro da família vir lhe buscar! faz uma pausa Enfim, já vou indo até daqui a pouco... após dito isso Edwyn começa a andar rápido seguindo em seu caminho...

Dou uma gargalhada com as palavras de Edwyn , de inicio pensei que aquilo era ironia porem logo em seguida me lembrei de suas verdadeiras origens.

- Hahahaha , você esta falando serio pelo jeito , já que é assim.. vou dar uma passada em alguns bares daqui , faz muito tempo que eu não procuro brigas , se é que me entende.


Puxei minha canhoeira disparando para o auto na intenção de chamar a atenção , após isto guardo-a em minha cintura novamente caminhando rumo aos bares por ali.

O tiro do Oliver assusta uns pássaros que estava na árvore, como também alguns transeuntes, que o olharam de forma estranha...

Não passavam muitas pessoas pelas ruas e praças de Findral, é uma cidade de porte médio mas possui uma tranquilidade de uma vila pacata. Podia-se ver algumas pessoas sentadas em frente aos inúmeros bares que haviam espalhados pelas diferentes ruas da cidade aproveitando a iguaria mais famosa da cidade, o vinho, enquanto aproveitavam o dia ensolarado...

Observo as pessoas ao meu redor que se assustavam com meus tiros de canhoeira , disparo algumas risadas maniacas para os opositores em minha volta , de fato estava tentando causar medo um medo em todos por ali , volto a ignorar os civis focando minhas pupilas nos bares que rodeavam a cidade, realmente era impressionante a quantidade de estabelecimentos por ali , porem nenhum deles me chamavam a atenção até agora, eu estava a procura de algo aparente com minha personalidade , algo insano , com ladrões, bebados e todo tipo de pessoa que você não gostaria de encontrar caminhando junto de você no escuro.

Depois de andar um pouco pelas ruas da cidade é que Oliver começa a ouvir alguns gritos inflamados, alguns xingamentos e também uma certa melodia...

Toda essa cacofonia de sons vinha de um pequeno estabelecimento, um tanto desgastado na estrutura, que tinha na entrada uma placa que dizia...

- Woho ! é exatamente isto que eu procurava !

Avisto uma enorme placa com uma frase de efeito digamos que bem chamativa , a placa possuia a frase ‘ SE BEBER , NÃO PARE ! ‘ que para mim era simplesmente o que eu estava procurando a tanto tempo , diferente dos outros estabelecimentos que eu havia passado pelo caminho , este era diferente , mesmo que eu ainda não tivesse sequer entrado no ‘ Bar do Roges ‘ , já se dava para ouvir a gritaria , o tumulto , xingamentos e provaveis brigas vindo do mesmo , sem contar aquele cheiro forte de bebidas de todo tipo , o principal aroma aparentava ser do vinho da região , assim como todos os restaurantes , bares e estabelecimentos que eu havia passado , se dava para notar que realmente o vinho dali era mais que uma cultura para o povo de Findral , era realmente o motivo de lucro daquela sociedade Punk , alem disto outro destaque era as vinheiras espalhadas pelos campos e jardins, sendo que dali que era ‘’retirado’’ as uvas compostas no vinho.

Foquei minhas pupilas na porta do bar , elevei a sola de meu tenis composto de couro na altura da porta , impulsionei-o abrindo a porta de uma maneira brutal fazendo com que ela chocasse sobre a parede e voltasse se mantendo semi-aberta , empurro um pouco ela com a palma de minha mão esquerda e andarilho rumo ao balcão , meu dedo do meio estava inclinado se deixando em mostra para todos ali do bar , meus labios arrastavam-se um no outro citando palavras que assoavam como um sussuro.

- Vermes , filhos de uma puta , seres despreziveis.

‘Era mais que um fato que tudo aquilo era uma maneira de chamar atenção , mais uma de minhas maneiras de procurar brigas e brigas , paro em frente ao balcão tentando ignorar qualquer um por ali , se sento na cadeira mais proxima dali , não preciso chamar a atenção do(a) atendente já que meu grito era alto o suficiente para pessoas do outro lado da rua ouvirem.


- Hey ! me traga uma taça do melhor e mais forte vinho dessa merda ! = Grito para o(a) atendente.

Do outro lado do bar, atrás da bancada do mesmo, estava uma mulher alta, de longos cabelos negros como breu e lisos como seda. Seus olhos eram escuros, que faziam contrapartida com sua pele alva, quase pálida.
Suas vestimentas eram de origem duvidosa, bem esfarrapadas e feitas a pouco cuidado, dando a aparência à mulher de uma "garota de rua".

Ao ouvir o grito de Oliver, uma voz rouca e aguda saiu dos lábios da mulher, dizendo:

Atendente: ESSA MERDA AQUI TEM NOME! diz, apontando para um letreiro de gás neón, localizado próximo ao mostruário de bebidas que ficava atrás da bancada

No letreiro, escrito numa forte luz alaranjada, estava "Bar do Roges", e logo abaixo do mesmo, estava escrito o lema do bar (se beber, não pare!)


Atendente: não temos a mulher clientela da cidade, mas esse é um local de respeito, e se quiseres ficar aqui, terá que respeitar nossos clientes E nossos funcionários! Entendido, elfinho? diz, se aproximando de Oliver, com um olhar mal encarado

Rapidamente, um homem alto, lá pelo final dos seus trinta anos, de cabelos negros foscos e de olhos azuis escuros, senta ao lado de Oliver, dizendo-lhe

Homem: pois é, jovem álfar, não vá falando palavras de beco sujo perto da nossa Clarice diz, rindo para a atendente nossas damas merecem um tratamento devido fala, dando uma piscadela para a atendente

A atendente (Clarice) faz uma reverência ao homem

Clarice: e é assim que se trata uma mulher, elfinho fala, olhando com os olhos cerrados para Oliver mas então, um vinho forte é o que você quer? diz, cruzando os braços, pondo-os embaixo dos seios quanto mais forte o vinho, mais caro ele é... você está disposto e desembolsar 40 talentos por uma bebida?

Observei Clarice que aparentemente era uma das atendentes dali , por um momento pensei em insultá-la porem achei melhor me aquietar um pouco caso contrario seria bem provavel que eu seria expulso do estabelecimento , posicionei meus pés encima do balcão fixando minhas pupilas nos seios da atendente.
 
- ..Hm  Bar Do Roges ? , é.. eu já havia visto a placa grande e luminosa que estava encima de minha cabeça.

Dou uma pequena risada irônica para Clarice , observo o homem que se aproximava de mim citando algumas palavras , viro meu olhar para o mesmo encarando-o de uma maneira totalmente psicótica , inclino minha cabeça para o lado respondendo-o , juntamente da atendente que estava me perguntando sobre meu pedido.

- Kukukuku , 40 talentos  ? se eu ainda fosse aquele maníaco de antigamente ,  aceitaria.. porem como eu quero sair pagando daqui e com a ficha limpa , me de um vinho que custe em torno de vinte talentos.

Deslizei meu palmo esquerdo até a cachopa que estava em minhas costas , depositei em meu lado com um enorme cuidado para não assustar os insetos ali de dentro , voltei a minha atenção para a mulher fazendo mais um pedido.

- Eu também quero um pouco de mel se tiver... Arghs , o que diabos insetos comem ?

A moça arqueia a sobrancelha, intrigada com a pergunta de Oliver. "o que diabos insetos comem"?

Clarice: eu acho que eles comem... comida de inseto? diz, dando de ombros mel, acho que serve, ou qualquer outra coisa com açúcar... fala, indo até a adega do bar

Após alguns minutos, Clarice retorna ao balcão, trazendo uma garrafa de vinho doce, e um pequeno pote com mel (e alguns resquícios do que parecem ser os favos de uma colméia)

Clarice: aqui está, vinho Havinder-Hool, envelhecido por dois anos diz, colocando-o sobre a mesa a dose custa 4 reais, mas a garrafa inteira custa 20 talentos, como você mesmo disse fala, empurrando o mel para Oliver e o mel é por conta da casa. Ninguém usa isso mesmo

A garota arqueia a sobrancelha, dando um sorriso sarcástico para Oliver

Clarice: gosto de homens, e de mulheres também, diga-se de passagem fala, se encostando na parede próxima ao balcão mas você é um elfo, não um homem... portanto... fala, olhando para as unhas, deixando a frase morrer num outro sorriso sarcástico

-G-Gaaah ! 

Me surpreendo com as palavras da garota , bato a minha testa sobre a bancada soltando pequenas gargalhadas, chego até mesmo a entender a ironia dela.. alías , quem iria resistir a minha beleza e ainda assim caçoar ? 

- Eu sei que você me ama , Kukuku.


Volto a virar o liquido roxo sobre meus labios , as goticulas de vinho escorriam pelo céu de minha boca escorregando até minha garganta , se mantenho na mesma posição por um bom tempo parando só pra puxar respiração em alguns momentos.

A recepcionista arqueia a sobrancelha, voltando a fitar o elfo

Clarice: cara... eu prefiro transar com um mendigo wescan das ruas de Ronnier do que dar um beijo na sua bochecha fala, voltando a olhar para as unhas coloca logo o dinheiro aí encima do balcão e cai o fora daqui... por favor

Assim diz, soltando um suspiro, evitando manter contato visual com o elfo