Rota do norte-sul de Andros

Relembrando a primeira mensagem :


A rota norte-sul é uma estrada que segue desde Acksburg até Baía Dourada, em Brastel. É a mais longa estrada do ocidente e da ilha flutuante de Oéstia (a ilha onde se localiza os países de Andros e Brastel)

Solto uma pequena risada gesticulando meu pescoço para cima , observo a paisagem a minha volta me sentindo cada vez mais a vontade com a região dali , abaixo novamente minha cabeça fixando os meus olhos para a moça de cabelos negros , deslizo meus caninos para a frente mordendo meus lábios de um modo atraente seguido de uma simples risada , viro minha visão para Edwyn observando sua felicidade , percebo que a alegria estava presente em todos e por isto minhas ações até ali estavam sendo tolas.

Vejo que a carne do javali estava servida...

- Aparenta estar uma delicia..


- Assim como você. = Sussurro para a garota possuinte de cabelos negros. = 


Dou uma pequena risada , logo em seguida fecho ambos palmos fechando a junta de meus dedos , descanso minhas pupilas sobre o solo de gramíneos sussurrando uma simples reza , ao fim da mesma me junto a todos me pondo a comer.

A garota olha para Oliver, dá um sorriso ao elfo. Numa voz doce e delicada, a mulher diz:

Moça: sério? Meu namorado também concorda diz, apontando com o polegar para o wescan de cabelos arroxeados, que comia o javali ao lado de Edwyn

Edwyn, por sua vez, devorava seu pedaço do javali, e então, num tom de voz desleixado e insensato, ele fala aos demais:

Edwyn: mas então, estão indo para Redwall... o que vocês vão fazer por lá?

O wescan responde, num tom moroso e preocupado

Wescan: trabalho... perdemos nosso emprego nas fábricas de Terdemut... e, bom, estamos em busca de um local para vivermos e arranjarmos algum emprego

O wescan assente com a cabeça, sorrindo para o elfo

Wescan: sim... apenas civis procurando trabalho fala, terminando de comer o javali, limpando suas mãos num pedaço de pano de linho mas então, vocês estão viajando para onde e para que? dá uma pausa, coçando o queixo com suas unhas úmbricas a propósito, qual o nome de vocês?

Edwyn terminava de comer o pedaço do javali, e assim como o wescan, ele limpava suas mãos com um pedaço de pano de linho

Edwyn: me chamo Edwyn Turner diz, colocando o pano no local onde encontrara (próximo a fogueira) e eu estou indo para Findral... pretendo visitar uns parentes meus lá

O wescan "aprecia" as palavras do homem e do elfo. Aparentemente, eles eram tão viajantes quanto eles, apenas, com propósitos diferentes.

Wescan: um viajante e um guerreiro... diz, sorrindo bem apropriado, devo dizer.

O wescan estrala os dedos, e volta a se pronunciar entre os demais

Daugan: sou Daugan Kvällen, diz, fazendo uma pequena reverência esta dama ao meu lado chama-se Bridgit Eschenburg fala, enquanto a namorada do wescan fazia uma reverência aqueles outros dois chamam-se Ryos e Aquell, ambos irmãos da família Baszint

Edwyn põe a mão no queixo, pensativo

Edwyn: Baszint? Sinto dizer que nunca ouvi falar dessa família... olha, arqueando sua sobrancelha a julgar pelo nome, posso dizer que não é de origem andresa, certo?

Ryos, um dos dois homens que estavam do outro lado da fogueira assente com a cabeça, dizendo

Ryos: somos de Ylliria, creio que não tenha ouvido falar a respeito de nós. diz, dando de ombros

Edwyn assente com a cabeça, cruzando os braços, numa feição compreensiva.

Novamente, Ryos olha para Edwyn, e indaga-lhe, com  um voz acusativa e duvidosa

Ryos: espera... Edwyn Turner... Turner... fala, fitando o homem espera! Você é o vassalo dos Thorne de Findral, não é? diz, exasperado você é o guardião da casa dos Thorne! Edwyn Turner de Saraband!

Edwyn torna a ficar assustado com o comentário do ylliriano. Como raios ele sabia quem ele era? Sua fama não deveria passar de uma milha de raio da casa de seus senhores! Como uma pessoa de Ylliria, nação que fica a quase um milhar de quilômetros de distância de Andros, sabe quem ele era

Edwyn: ahm... sim, sou eu. Edwyn Turner, o Edwyn de Saraband... diz, numa voz envergonhada e tímida

O comentário que Edwyn fez depois da minha primeira fala usada como saudação me fez rir, mesmo baixinho. Suspirei, com os lábios franzidos e com o maxilar rígido, não deixando escapar um outro sorriso. Eu tentava preservar o semblante sério, enquanto respondia sua pergunta - Então estava escondendo algumas coisas de mim ? Hehe , um guardião ? nada mal , estamos quites então , temos coisas a esconder não ? O humor estava exposto na minha voz depois desta resposta. Era a mais pura verdade, e Edwyn mais do que ninguém sabia disso. 


- Caro amigo , não precisa ter vergonha , todos nós temos coisas a esconder , eu por exemplo.. prefiro que não saiba tudo sobre mim.


Dou uma pequena risada , levanto minha mão até minha orelha fazendo um gesto de comprimento ao mesmo de uma forma amigável.

Edwyn solta um suspiro ao ouvir as palavras de Oliver. Isso de certa forma acalma o homem de cabelos negros, mas ainda gera dúvida naquela situação toda

Edwyn: como vocês sabem que eu sou vassalo dos Thorne? diz, instigado quem contou a vocês?

Subitamente, tudo instaurou-se num silêncio mortal e incômodo ao redor da fogueira. Os quatro viajantes não pronunciaram uma única palavra após a pergunta de Edwyn... nenhuma.

Estranho o comportamento dos viajantes , alias estava claro que eles não queriam falar , deslizei palmos entre minha cintura dedilhando a minha sabre , puxo-a lentamente mantendo a mesma ' escondida ' entre minhas costas. 

-Algum problema em falar ? por acaso estão escondendo algo ?

Edwyn olha suspeito para os viajantes... ele não sabia ao certo o motivo deles não terem respondido sua pergunta, e ficava apreensivo com aquele silêncio perturbador e mortífero

Edwyn: eu fiz uma pergunta, e, gentilmente, quero a sua resposta! diz, dando um passo a frente então...?

O wescan olha sério para o humano de cabelos negros, e num semblante amedrontador, o mesmo diz

Daugan: você nos traiu... diz, levantando-se rapidamente, partindo para cima de Edwyn, mirado-lhe um corte usando suas unhas wescandis

Apesar do golpe de Oliver, a lâmina da espada não atingira o punho do wescan, pelo contrário: apenas cortara-lhe a ponta das garras do mesmo

Recuando alguns passos, após o imediato golpe do elfo, o wescan profere, num tom furioso, as seguintes palavras:

Daugan: como você ousa proteger um flagelo desses! diz, gritando esse miserável traiu a nossa ordem... e ainda diz que foi por uma causa justa...

Edwyn manteve-se em silêncio quanto a indagação do Oliver, ele ainda estava surpreso por ter encontrado pessoas da ordem em que ele fazia parte...

Ele então saca suas adagas e diz...

Edwyn: O que fiz ou deixei de fazer, somente aos meus senhores cabe o julgamento, fora isso suas palavras não significam nada para mim! Se queres lutar por isto que seja, mas não sentirei remorso por tirar as suas vidas! fala sereno e determinado, como se não temesse a situação mesmo estando em desvantagem numérica...

Após ouvirem isto os outros viajantes ergueram-se e sacaram as suas respectivas armas. Bridit saca a sua canhoneira, Ryos e o outro homem, que estava ao seu lado, sacam suas espadas...

Daugan então fala...

Daugan: Seu traidor miserável, acreditas mesmo que podes nos derrotar com a ajuda desse elfo que mal saiu das fraldas e já se acha o melhor de todos? Por favor, se eu quisesse ouvir algo engraçado eu iria para um circo! o wescan solta uma gargalhada, sendo acompanhado pelos outros viajantes...

Então o wescan parte para cima do Oliver em uma investida, mantendo suas garras baixas enquanto se aproximava do elfo.Ao chegar perto o suficiente, ergue seus braços e realiza um corte duplo, com suas garras, mirando o peitoral do rapaz...

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Enquanto isso, pequenas vespas se amontoavam nas copas das árvores, sem serem percebidas pelos viajantes...

O golpe do wescan é interrompido pelo desviu causado pela espada do Oliver, e acaba errando o primeiro corte com a sua garra. Por isso, ele fica facilmente com a guarda baixa tendo seu pulso agarrado pela mão do Oliver que faz um movimento deixando o pulso do wescan atrás de suas próprias costas.Mas antes que Oliver pudesse encostar a sua espada no peitoral do wescan, Daugan usa a sua garra livre e desfere um golpe perfurante entre as costelas e o quadril do elfo que atravessa seu roupão de couro acertando o local causando muita dor ao Oliver.Daugan aproveita esse lapso de dor, para dar uma golpe usando a sua nuca para atingir a testa do Oliver que acaba acertando em cheio o rosto do elfo causando dor e desorientação, fatores estes que fazem com que o wescan pudesse se soltar da imobilização...

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Enquanto isso, Ryos e o outro homem ao seu lado partiram em direção ao Edwyn com suas espadas...

Percebendo isso, Edwyn segura as suas adagas de forma invertida, com a parte do cabo para cima, e vai de encontro com seus adversários...

Ao se encontrarem, Ryos e o homem ambos executam golpes cortantes diagonais contra o Edwyn, golpes estes que são bloqueados pelas adagas do parceiro do Oliver. Um tilintar de metal atingindo metal é ouvido e os trés homens ficam em uma luta de resistência, Edwyn tentando desviar as espadas, e os outros homens tentando quebrar o bloqueio do seu adversário...

Oliver consegue desviar do golpe do Daugan, que fica totalmente aberto á ataques.Mas antes que Oliver pudesse finalizar seu oponente, Bridgit habilmente atira com sua canhoneira mirando entre as copas das árvores um galho, que se situava á cima da cabeça do Oliver, fazendo-o pegar fogo, levemente, e cair em cima do elfo atingindo-o na cabeça e com isso acaba soltando o wescan...

Ao se libertar, Daugan se afasta do Oliver e se aproxima de sua namorada, Bridgit, ficando ao seu lado...

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Enquanto isso, Edwyn lutava contra Ryos e mais o outro homem. Incrivelmente Edwyn conseguira suportar a investida dos seus adversários e num movimento ágil, desviara as duas lâminas para direções opostas ao seus ataques criando uma brecha, uma oportunidade para um contra-ataque...

Edwyn então aproveita essa oportunidade, e lança-se entre os dois homens e ergues as lâminas de suas adagas na altura das gargantas de seus adversários. Quando passava entre eles, as adagas cortavam as gargantas de ambos os seus inimigos deixando-os caídos no chão enquanto se engasgavam em seus próprios sangues, levando-os á morte...

Suspiro perante Edwyn , viro-me para o mesmo observando o sangue derramado em suas vestes , chego a me surpreender, eu realmente imaginava Edwyn como um sujeito fraco e que provavelmente morreria de inicio , realmente eu estava errado.

- Estou ótimo , meus parabéns alias.


Me voltei a observar o corpo dos sujeitos no chão , deslizei palmos sobre suas vestes vasculhando todos seus itens , roubo a canhoeira que a mulher portava , as duas espadas dos inimigos de Edwyn e juntamente todo o dinheiro e algumas coisas que seriam necessárias.


- Pelo visto ambos temos segredos , não irei obriga-lo a me contar  quem você é realmente.


Estava na cara que Edwyn estava me escondendo algo , porem eu não podia interroga-lo ali , naquela hora , quem sabe mais tarde, havíamos acabado de passar por uma batalha , e estranhamente ele não disse nada sobre minha magia , nada ainda.


- Aceita alguma coisa ? 


= Ofereço os itens pego de nossos oponentes. = 

Edwyn levanta a palma e nega com a cabeça, com um leve sorriso no rosto. Ele estava surpreso, de certa forma, com a magia de seu companheiro, mas não diria nada. Ambos tinham segredos e ele sabia respeitar o limite que tinham. Além disso, o rapaz Warmstong havia o ajudado nessa batalha, mesmo sem saber de tudo que havia passado. Devia respeito e confiança à ele. 

Edwyn: Estou bem... aliás, obrigado pela ajuda. Sem você, não sei se seria capaz de aguentar nessa batalha. 

Edwyn assente com a cabeça, e então fala ao seu companheiro elfo

Edwyn: concordo... melhor continuarmos... Findral ainda está longe daqui... melhor irmos logo até lá

E assim a dupla continuava a caminhar ao longo da Rota, partindo para a cidade de Findral.

Enquanto caminhavam, Edwyn comenta com o elfo

Edwyn: Oliver... o que os viajantes disseram foi verdade... dá um suspiro sabe, eu sou vassalo da Casa dos Thorne, uma famosa e importante família andresa, oriunda da cidade de Findral. Eu sou o servo, guarda e conselheiro deles... eu devo minha vida a eles... mas dá outro suspiro, com um tom de lamento na voz o meu grupo... eu tive que traí-los... ainda que fosse por uma boa causa, traição é traição, seja ela qual for...