Cidade de Ambelis

O ser sorri, e então fala a Yun

Kahyon: sinto muito... mas eu devo ir... e... eu... eu não pertenço a esta cidade... e agora que fugimos... eu p... p... posso t... tentar... voltar para minha c... casa diz, gaguejando em algumas palavras

Kahyon solta um suspiro e fala novamente a Yun, colocando a mão em seu ombro

Kahyon: se precisar me encontrar, use seu... seu Jaha... o seu nariz. E... espero nos encontrarmos n... novamente fala, apertando a mão de Yun Qar Otun diz, no sue estranho idioma, o que parecia ser "adeus"

Por fim, o ser dava meia volta, distanciando-se de Yun, desaparecendo em meio a multidão

Yun observa o ser, um pouco triste que teria que se separar dele, mas feliz que ele pudesse retornar ao seu lar em segurança.

Yun - Car Atum pra você também Kahyon!

Ela sorri e então começa a se afastar da pequena base da Helia Signa, decidida a encontrar o caminho de volta.

Yun - Ou talvez... eu poderia... não, tenho que ajudá-los. É o mínimo que posso fazer para tirar esse grande peso da consciência...

Aron caminhava com Mawari pela cidade. O garoto sussurrava o plano que havia bolado.
— Bom, se realmente existe uma base da Helia Signa aqui, provavelmente também existem guardas. Eu estava pensando em nocautearmos alguns deles e tentarmos conseguir as vestimentas deles, aí nos infiltraríamos e tentaríamos conseguir informações sobre Yun para então libertá-la. É um plano simples, mas provavelmente funcionará...
Diminuindo o ritmo, o garoto olha para Mawari e pergunta.
— Então, o que achou? Tem alguma ideia?

Yun continua caminhando pelas ruas, escondendo suas mãos repletas de sangue. Ela não queria chamar atenção logo agora, pois poderia voltar para a prisão, e isso era o que a menina menos desejava.

Yun - Será que eles ainda estão em Marsivel?

Yun levanta o rosto, fungando o ar, porém sem conseguir captar nada. O cheiro do Éxion ainda estava impregnado nela, e era tão forte que impossibilitava a menina de usar suas habilidades lupinas.

Aron caminhava meio distraído, enquanto olhava para Mawari. O garoto queria saber se sua amiga tinha alguma opinião sobre o que seria feito para regatar Yun. Enquanto ele caminhava, algo tomba em seu caminho. O garoto cai de costas, sentado. Resmungando, Aron diz.
— Mas o que...?

Yun cai para trás sentada também, por estar distraída fungando o ar. Ela solta um resmungo de dor, utilizando suas mãos para amortecer a queda.

Yun - Kyah!

Ela então olha para quem havia esbarrado, abrindo um sorriso.

Yun - Aron!

— YUN?!?!
Sem acreditar nos seus olhos, Aron salta do chão, voltando a ficar de pé.
— É você... é você!!
Com um sorriso imenso no rosto, o garoto segura a menina e a ergue do chão, então, ele gira com Yun ainda em seus braços.
— Eu pensei que... você tivesse sido pega pela Helia Signa.
Ainda com a garota fora do chão, Aron a trás para perto de si, abraçando sua amiga.
— Yun, está tudo bem?

Yun começa a rir com as atitudes do seu amigo, abraçando-o de volta. Ela estava muito feliz em revê-los, e também por estar fora daquela prisão terrível com soldados mal-educados.

Yun - Aron, Aron, se acalme! Eu estou bem, consegui fugir da prisão com ajuda de um amigo que encontrei por lá!

Aron sorri, colocando Yun de volta no chão.
— Eles não fizeram nada pra você, né? Eles te machucaram? Me desculpe, Yun... foi tudo minha culpa.
Então, o garoto se dá conta do que sua amiga havia falando. Erguendo o rosto e olhando atrás dela, ele não vê ninguém.
— Um amigo...?

Yun - Sim, ele era roxo. E aí então começou a brilhar como uma pedra! - Yun move os braços pra cima, ainda maravilhada com o que acontecera na prisão, mostrando suas mãos ensanguentadas - Foi incrível! Mas ele teve que ir embora, eu entendo, ele estava preso por um tempo ali.

Yun olha para baixo, ainda sorrindo, mas então se lembra dos soldados da prisão e faz uma expressão chateada.

Yun - Aqueles soldados são muito mal-educados! Eles ficaram falando várias vezes "vadia". Essa não é uma boa palavra! Aliás, eles me deram choque! Mas foi engraçado ver eles surpresos por que não sabiam como todos os testes tinham dado errado mesmo eu tendo magia... hahaha!

Aron segura a mão de Yun quando esta leva os braços para cima. Olhando para a mão da garota, o Lightsworn nota o sangue.
— Y-Yun... tem sangue nas suas mãos... eles tentaram te torturar, fizeram testes em você... lhe ofenderam...
O garoto fecha os olhos, fazendo uma expressão triste enquanto leva sua outra mão para segurar a pequena mão de Yun com as duas mãos.
— Me desculpe, Yun... foi tudo minha culpa... eu não devia ter lutado com aqueles guardas em Marsivel, devia ter me entregado. Se eu tivesse feito isso, você estaria bem agora...

Yun - Não... não Aron. Não foi culpa sua, não se preocupe comigo. Além do mais, esse sangue não é meu - ela olha para o lado, sussurrando para si mesma - infelizmente - para então voltar a fitar seu amigo - eu fiquei feliz por ter feito algo por vocês. E vejam, graças à isso, nenhum dos dois foi preso e seus poderes mágicos continuam um segredo. Agora, todos eles acham que na verdade, os seus poderes são meus. Eu que invoquei e consegui fazê-los ter magia. Não é incrível? Esses caras treinam por anos e não conseguem nem identificar uma mentira...

Yun sorri para Aron e Mawari, extremamente feliz com aquilo. A menina havia feito uma coisa boa e só aquilo era capaz de fazê-la ficar de bom humor.

Yun - Eu vou protegê-los, com todas as minhas forças. Foi o que eu sempre disse, não? Pensem em mim como... um... lobo de segurança. Hahaha! Apesar de ser um pouco diferente disso, foi o único nome que me chamaram que eu gostei! - Diz ela, fazendo referência ao seu passado, mais precisamente, aos seus tempos de trabalho - Agora, acredito que tenhamos que nos afastar daqui. Logo os soldados da Helia Signa vão descobrir dois presos faltando e vão começar as buscas. Não quero colocá-los em mais perigo, por isso acho que devemos sair de Ambelis o mais rápido possível.

Mais uma vez ela abre um sorriso para os seus dois amigos, para então escutar seu próprio estômago roncando alto. É, fazia tempo que ela não se alimentava direito, e toda a energia que usara nas batalhas anteriores agora estava mostrando seus sintomas.

Yun - Tehe... mas antes acho que podemos comer alguma coisa...

Aron olha para a garota. Ele bagunça o cabelo dela, fazendo uma expressão séria que logo depois se tornou um grande sorriso.
— Bom, não tem jeito, então. Mas veja bem, eu não gostei muito dessa história de lobo de guarda.
Com um sorriso, o garoto abraça Yun, dessa vez de maneira gentil e calma.
— Para mim você sempre vai ser minha lobinha querida de estimação.

Yun - Ahahaha! Acho que é a primeira vez que alguém fala isso pra mim!

Diz a menina, sorridente, abraçando seu amigo de volta, mas tomando cuidado para não sujar suas roupas de sangue.

Aron sorri de volta para sua amiga.
— Certo, então decidimos isso. Agora, aonde arranjaremos o que comer? Yun, consegue sentir o cheiro de algum restaurante por aqui?

Yun - Infelizmente, estou incapacitada de usar o meu faro por algum tempo... aquele líquido que os soldados jogaram é muito ruim! E impregnou em mim! Mesmo que eu tente, tudo que eu vou farejar é essa coisa horrível...

Yun faz uma expressão chateada, por não poder ajudar seus amigos.

Aron olha para a garota.
— Já que você falou, eu estava mesmo sentindo um cheiro estranho vindo de você, Yun. Tem certeza que não seria melhor se limpar logo?

Yun - Seria bom... eu adoraria não sentir mais esse cheiro pelo resto da minha vida! Mas não podemos demorar muito em Ambelis, os soldados já devem estar nos procurando.

Yun leva o indicador até o queixo, fazendo uma expressão pensativa. Ela então olha para Aron, séria.

Yun - Não precisamos necessariamente ir até um restaurante, podemos só comprar comida em alguma barraca de rua e então ir embora. Acredito que posso aguentar mais um tempo com esse cheiro... erk. Pelo menos até Marsivel, onde vamos pegar um transporte até Portus.

Aron sorri, ele finalmente havia notado que Yun parecia diferente, parecia mais feliz.
— Certo, Yun. O que você vai querer comer?

Yun - Qualquer coisa... - Ela olha para o lado - menos carne.

Yun pareceu triste ao falar isso, mas voltou a abrir um sorriso para Aron e Mawari, começando a caminhar perto deles.

Com aquelas palavras, Aron nota que a garota ainda estava um pouco triste, embora tentasse esconder o que estivesse sentindo.
— Bom, vamos lá então.
O garoto começa a caminhar até uma área que a cidade parecia mais movimentada.
— Em algum lugar por aqui deve haver uma barraca que vende comida...

Yun observa o local, sempre em busca de uma barraca de comida. Seu estômago praticamente implorava por alimento, e inclusive já começava a doer.
Ela, então, encontra mais além uma barraquinha vendendo algumas coisas simples, mas que por hora, matariam a sua fome. Do outro lado desse local, porém, havia guardas da Helia Signa, e Yun não colocaria seus amigos em perigo por causa de algo tão besta.

Yun - Aron, Mawari, encontrei uma barraquinha, mas estou vendo alguns soldados daqui. Coloquem os capuzes, ou escondam-se, eu vou até ali comprar alguma coisa.

Ela sorri, puxando o capuz da sua nova capa. Ela definitivamente estava gostando dessa roupa que comprara e odiaria rasgá-la tão cedo.
Yun aproxima-se da barraquinha, observando todos os tipos de comida que vendiam por ali.

Aron, se aproveitando do mando que Mawari havia escolhido, consegue cobrir seu rosto dos olhos pra cima, escondendo o que mais chamava atenção, que era seu cabelo e suas orelhas.
— Certo, vamos lá! Também estou faminto...

Yun olha surpresa para o vendedor, tomando cuidado para não tocar nas frutas, com medo de deixá-las cair sem querer e ter que pagar aquele preço em vão.

Yun - 20 talentos a unidade, senhor? Não é... um pouco carinho...?