Capital de Eloz: Haven

Após vários dias de viagem pelo céu que separa o ocidente do oriente. Finalmente, o galeão onde Siegmund estava chega na capital da confederação de Eloz: Haven.

Algumas horas se passam e o galeão atraca no porto da cidade, e mais outras horas se passam até que todos os passageiros saíssem do galeão, e as mercadorias fossem retiradas.

Caberá a Siegmund o que fazer agora neste novo mundo.

Após a sua caixa ser retirada do galeão, Sieg escuta cuidadosamente se há alguém pela área. Depois de verificar se esta seguro, o rapaz abre cautelosamente a caixa e se esgueirava para fora do local furtivamente, tomando todo o cuidado e utilizando magia quando fosse necessário.

Por um segundo antes de escapar, o mago consegue ver a beleza da cidade, muito diferente de qualquer uma que vira antes, imaginou que se vissem uma pessoa como ele (suja e ferida), não iriam deixar nem sequer andar pelas ruas. 

O rapaz rodou seu cajado e bateu com a ponta no chão, fazendo se passar por um senhor idoso tomando seu cajado como bengala de apoio, saindo pela porta da frente rezando para que ninguém suspeitasse que qualquer cheiro ruim viesse dele, seguiu o mais depressa o possível para o centro da cidade, concentrado para não estragar o disfarce.

Ao chegar lá, deu de cara com um enorme lago bem no meio do lugar, era tão grande que mal podia acreditar que isso poderia existir ali, aproveitou esse momento para observa-lo enquanto a luz do sol fazia com que tudo ali brilhasse.

Vários elozianos caminhavam pela cidade. Os "albinos" (como são conhecidos no ocidente) seguiam pelo seu caminho, caminhando, vagando, correndo pelas ruas havênicas.

É então que, um pequeno garotinho eloziano (que a julgar pela aparência, tinha cerca de 6/7 anos) se aproxima de Sieg, e numa voz infantil e inocente, ele indaga ao homem

Menino Eloziano: Ke... Keahot...? fala, cutucando Sieg Khantas sêtel jhômbut?? indaga, em Ilabônico

Rapidamente, uma eloziana alta (que aparentemente, era sua mãe ou responsável), de cabelos azulados curtos, se aproxima do menino, puxando-o pelo braço

Eloziana: ah, me desculpe! Ele... ele estava brincando com seus amigos e acabou fugindo fala, puxando a criança e apontando para o seu rosto com o dedo indicador não faça mais isso, menino!

A eloziana volta a fitar Sieg, e diz ao mesmo

Eloziana: você... é humano, não é? Eh... acho que você deveria tomar banho... sabe, tem uma estalagem aqui por perto, só cruzar umas duas quadras ao norte. diz, se afastando de Sieg

Sieg estava mergulhado em um mar de pensamentos, até que toda a concentração fora quebrada por um cutuco de alguém, o mago se assusta mais se lembra de manter o foco antes que a magia se desfaça, para sua surpresa era apenas uma criança que falara em uma língua esquisita, por sorte antes de qualquer coisa, a mãe do garoto apareceu e para o alivio do rapaz disfarçado a moça falava a mesma língua que ele.

- Está tudo bem. - Falou forçando o máximo para sua voz parecer velha após a senhora se desculpar. - Duas quadras? Obrigado senhorita, e me desculpe se o cheiro a atrapalhou. - Fez reverência com a mão direita em seu falso chapéu e andou de maneira mais agilizada que podia em direção ao local que a mãe do garoto apontou.

Finalmente chegou em um lugar que aparentava ser uma estalagem e entrou, o mago já estava ficando exausto de concentrar, nunca fez uma ilusão durar tanto tempo, ele tinha que parar e recuperar logo.

- Um quarto por favor. - Disse forçando a voz novamente. - Se puder me apontar onde fica o banheiro com chuveiro também, agradeceria.

A recepção da estalagem era atendida por um eloziano de cabelos brancos (típico da raça). Ele vira que se tratava de um humano, e que este falava ândrico. É então que ele começa a falar no idioma de Sieg

Eloziano: ahm... são cinco aruendos, senhor... diz, olhando numa prancheta e o banheiro se localiza no final do corredor a esquerda diz, apontando para Sieg

Apesar de ainda ter um sotaque ilabônico (o idioma nativo dos elozianos), a pronuncia do andrico do eloziano era muito boa.

Ao ouvir a resposta do eloziano, Sieg deixa o dinheiro na mesa e segue a direção indicada pelo atendente afim de tomar seu merecido banho, quando certificou que a porta estava bem trancada o rapaz desfez a ilusão e deu um profundo suspiro de alivio por ter chegado até ali.

- Primeiro passo já consegui, agora, como encontrar esses tais de Grifos? - Pensou consigo mesmo enquanto se lavava. Após o banho, verificou se tinha algum Kit de primeiro socorros ali, por sorte havia um com ataduras e embalagens de remédios para as mais variadas dores, certificou-se de deixar a ferida da perna bem enfaixada e se vestiu novamente, em seguida refazendo a ilusão.

Após terminar, voltou para a entrada e agradeceu com um sorriso no rosto o atendente e então seguindo lentamente para seu quarto.

O recepcionista eloziano solta um suspiro para Sieg, e então diz-lhe, num tom cansado e melancólico

Eloziano: um sábio Ilabon disse uma vez que: não importa quão boa seja uma ilusão, sempre haverá uma pequena falha por parte do ilusionista... sorri para o mago se quiser, já pode desfazer essa ilusão... não tem ninguém olhando, e mesmo que a magia seja proibida em Eloz, eu prometo não contar para ninguém... até por que...

O eloziano estende a mão em direção a Sieg, e a partir dali, cria-se uma pequena esfera de vento, concentrada na palma de sua mão. Era evidente que o eloziano era um mago excepcional, pois ele mantivera uma grande quantidade de ar numa pequena esfera, em alta pressão, por um período de tempo consideravelmente grande; e claro, na energia arcana liberada pelo mesmo, que era evidente a qualquer mago ali presente.

Soren: Soren Vayongatt, prazer diz, fechando a esfera e estendendo a mão a Sieg

Sieg andava a passos lentos quando foi pego de surpresa pela voz do atendente, quando a palavra ilusionista saiu de sua boca, foi como se o coração do rapaz tivesse parado, olhava assustado para o vazio a sua frente até virar e encontrar os olhos do dono da voz que também sorria para ele.

- C-c - Mal pode falar algo que o rapaz retomou, após terminar, fez algo inacreditável para os olhos de Sieg - E-ele está concentrando tanta energia em uma pequena esfera, e sem nenhum esforço! Não posso me dar o luxo de simplesmente batalhar aqui, eu tenho que - Seu pensamento fora interrompido quando o mago "inimigo" desfez a magia e lhe estendeu a mão, o rapaz desfez a ilusão de velho, olhou para a mão do "atendente" e depois para o seu rosto. - Quem é você? Um soldado? Um caçador? - Perguntou num tom apreensivo e sério, mas ao mesmo tempo muito surpreso.

Soren: Um Grifo sorri para o mago

Soren sai da "bancada de recepção" de onde estava e vai em direção a Siegmund.

Soren: Helia Signa, caçada aos magos... sei como é isso... já passei alguns meses em Andros e Fyorda... a situação por lá é bem complicada... dá de ombros não que não haja isso por aqui, mas você pode ficar menos preocupado com esse tipo de coisa, afinal de contas, a magia é o menor dos problemas aqui no oriente

Soren põe a mão na testa, como se estivesse "cansado" ou "mentalmente exausto"

Soren: tensões políticas entre Vaz e Reandra, o Governo Sarvusiano, Rebeliões nas províncias das montanhas... temos mais para nos preocupar do que pessoas que atiram fogo pelas mãos bate na mesa, estressado mas, você não veio para cá para discutir problemas políticos, não é? sorri

Soren dá um passo para trás, e com sua magia aérea, ele cria um pequeno fluxo de vento, que fecha a porta da estalagem, deixando ele e o mago humano a sós

Soren: ilusionismo... isso não é comum nem no ocidente, nem no oriente... talvez nas terras sem rei, mas duvido que eles tenham magia por lá dá de ombros, novamente você tem potencial... a arte da ilusão é para poucos... precisamos de pessoas como você, estamos passando por situações difíceis, e duvido muito que Asra caia do céu com seus anjos para ajudar os Grifos de Eloz.

Um Grifo - Pensou, será que os deuses sem nomes finalmente estavam lhe ajudando? Sieg cruzou os braços e ouviu em silêncio o que o estranho tinha a dizer, quando o mesmo falou em discutir assuntos políticos, sorriu de leve junto com ele.

- Então meu dom é algo especial, ham? Bom saber disso, também vi poucos magos com magias variadas, a maioria era os quatro elementos básicos da natureza, todos morreram por não saber se cuidarem. Tolos descuidados. - Disse enquanto lembrava de alguns que morreram na sua frente, alguns que ele chamava de amigo. - Bem, parece que dei sorte, estava em busca dos Grifos mesmo. O ocidente está um caos para um mago como eu, vive sempre escondido, achei que estava na hora de poder fazer algo sem medo de ser apanhado. A propósito meu nome é Siegmund. - Disse estendendo a mão - Gostaria de saber como entrar para os Grifos de Eloz.

Soren: estava esperando você indagar isso, Siegmund... cruza os braços

Soren olha para as janelas, vendo se não havia nenhum "xereta" a procura de informações, ou um garoto curioso, espiando a conversa dos dois homens.

Soren: não basta só ser mago, você precisa ser bom no que faz, e persistente na magia... sabe, os grifos estão procurando por magos, mas não estamos desesperados na procura de qualquer um... dá de ombro, mais uma vez mas se é um grifo que queres, um grifo serás... mas para isso, precisamos sair daqui... sair de Haven

- Pois que assim seja, não estava a procura de coisas fáceis e já imaginava que isso seria complicado. - Sieg parou um segundo para olhar para o nada e pensar rapidamente. - Bem, eu sou novo no Oriente, então eu seguirei seus passos, estou pronto para mostrar minhas habilidades aos Grifos.


Assim Sieg esperou Soren a decidir onde ir, para começar a acompanha-lo.

Soren arqueia uma sobrancelha, voltando a olhar para Sieg

Soren: desejas mesmo sair agora? É uma viagem longa... iremos para as montanhas de Pentagon, e imagino que, pela sua cara, você queria descansar um pouco, não?

- Na verdade não, descansei muito a caminho daqui, só estou com umas pequenas dores aqui ou ali, mas graças ao banho já estou bastante aliviado. - Sieg não quis falar da ferida na perna, apesar de ainda estar mancando levemente, achava que não ia ser problema algum. - Estou pronto para ir assim mesmo. Claro que ia ser bom uma fruta agora, mas talvez encontremos no caminho imagino.

Soren assente com a cabeça.

O eloziano vai até os fundos da estalagem. Alguns minutos se passam e ele retorna vestindo roupas completamente diferente. Ele usava um manto azul-acinzentado com uma armadura de couro por baixo, e por baixo desta, uma camisa com um capuz. Ele também usava uma calça que ia até a altura do calcanhar, assim como botas de couro longas e compridas

O mesmo carregava nas costas uma besta de madeira e ferro, e uma espada de aço e latão, que estava guardada num suporte na perna esquerda

Soren: vamos? Acho melhor sairmos pela porta dos fundos... diz, trancando a porta da frente além de você, ninguém está na estalagem, e duvido que alguém roube essa budega

Sieg se espantara com a roupa que o homem vestia. - Está querendo sair pelos fundos escondido, enquanto veste uma roupa tão chamativa, vai entender... - Pensou enquanto olhava estranho.

- SE eu conseguir entrar para os grifos, é isso que irei vestir? - Perguntou ainda olhando estranho, enquanto passavam pela porta dos fundos.

Soren: se você tornar-se um grifo e passar 5 anos de sua vida caçando criaturas que fazem-te questionar sua sanidade, aí sim você usará esta roupa

por fim, Soren sai da estalagem, acompanhado de Sieg. E ambos partem para fora da cidade