Portus Luna

Keela assente com a cabeça, ela solta um sorriso maroto, dizendo:

Keela: exatamente... mas a questão é: pense rápido, caso contrário, você não terá mais nada para pensar. diz, num tom sério

Keela então, olha pela janela. O céu estava ficando escurecido, obscuro... as núvens de chuva chegaram, mas então, um barulho estrondoso poderia ser ouvido... não eram trovões, era o barulho de uma porta sendo aberta com força, vinda do restaurante...

Keela: Iru Yong Rokai'iya Kaidan!... mas o que foi isso!?

-----------------------------------------------------------------

Ao passo que Vânia caminhava pela cidade, era possível ouvir comentários, tais como:

"Você ouviu? Parece que chegou uma pessoa nova na cidade... servo dos Vardembris!"

"-Vardembris? Os nobres de Bellafont?!

"Exato... o primogênito da família serva, os Lightsworn! Acompanhado de uma garota e um... eloziano?"

Era possível ouvir gritos, e o som de algo caindo no chão

Barman: Pelos três deuses! O que está acontecendo!?

Logos após, ouve-se o som de algo sendo arrastado pelo chão, subitamente, a porta do quarto se abre:

Dois homens, o barman e um senhor que estava jantando no restaurante, carregando um jovem de pele morena e cabelos castanhos, de olhos cor de âmbar e de tez "exótica". Raegon

Raegon estava ferido, repleto de sangue. Era possível ver ferimentos recentes nos braços dele, e também feridas quase fechadas, mais antigas, localizadas nas costas e no peito

Raegon: Keela... a cova... foi... destruída diz, caindo no chão, desmaiando

Keela solta um grito de pavor, ela vai até ele, falando para mesmo

Keela: RAEGON! RAEGON! diz, sacudindo o irmão desmaiado Pawa-qai! Koe va ka'ewa arijei! diz, com a voz entre choro e raiva

Barman: garota, deixe-o! Ele está...

Keela: SAIAM DAQUI! grita ela aos dois homens

Os homens trocam olhares, e falam a Indrick, num tom sério e decidido

Barman: eu vou trazer comida e água para ele, quanto ele acordar, e também umas cobertas...

o homem que ajudara a carregar Raegon diz:

Homem: eu sou médico, eu vou trazer agulha, linha, éter, bandagens, me esperem diz, saindo do quarto, indo pegar os materiais

[Tradução: Pawa-qai! Koe va ka'ewa arijei! --> Droga! Não faça isso comigo!]

Keela começava a derrubar lágrimas no peito de Raegon, dizendo:

Keela: foi Aleria! Eu estou te falando! Eu tenho certeza que foi ela! QUER UMA PROVA? AQUI ESTÁ!! diz, gritando a Indrick. Seu rosto, que é tão angelical e doce, torna-se furioso e rude no momento

O médico chega no quarto, assim como o barman.

Médico: deixem-me ver a situação dele... diz, colocando uma maleta de metal no chão

O homem analisa os ferimentos dele, e então diz aos demais na sala

Médica: a julgar pelos ferimentos, temos aqui dois tipos de machucados: o primeiro são de feridas recentes, que no máximo foram feitas a 1 dia... o segundo tipo são de feridas quase cicatrizadas, feridas que foram feitas a cerca de quatro ou cinco dias atrás...

O médico assente com a cabeça, e completa:

Médico: e a julgar pelos ferimentos... são cortes e queimaduras de tiros de canhoneira... diz, examinando mais de perto talvez, a mesma pessoa que o atacou a uma dia, também deve ter atacado-o a 4 ou 5 dias atrás fala, num tom sério de qualquer forma, precisamos tratar desse homem

O médico retira a camisa que Raegon usava, e começa a tratar dos ferimentos que ele tinha, lavando-os com éter e depois costurando-os com a agulha e a linha, e em seguida, "tapando-os" com uma gaze de linho.

Alguns minutos se passam, e o médico termina de costurar todos os ferimentos, com exceção de um: uma grande laceração no braço direito

Médico: creio eu que esse corte tenha sido profundo demais... ele não vai conseguir recuperar o movimento do braço do cotovelo para baixo diz, num suspiro vamos ter que amputar...

Os olhos de Keela se enchem de lágrimas, e então ela grita ao homem

Keela: não... NÃO! NÃO! VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO! TEM QUE TER OUTRO JEITO!!!

Médico: se tivesse outro jeito, eu iria usá-lo! Mas se deixarmos o braço desse homem assim, ele vai acabar necrosando! De um jeito ou de outro ele vai acabar caindo! E mais, se você deixar o braço dele assim, é capaz dele contrair uma infecção generalizada! Você quer que ele morra, ou que perca um braço?

Keela empurra Indrick com toda a força que tinha

Keela: ME LARGA!!! diz, num tom furioso, fitando o rosto de Indrick por alguns segundos

Médico: acabei... fala, num tom sério e um tanto triste, pegando o antebraço amputado de Raegon, completamente ensanguentado bom... agora precisamos queimar isso... você poderia? diz, olhando para o barman

O homem olhou para o braço, com nojo e repulsa. Engoliu a seco e diz

Homem: eh... por que eu?

Médico: porque eu preciso fechar o corte que eu fiz no braço desse homem, isso explica? diz, sério deixa de ser fresco e joga isso no fogo!

Homem: argh... eu mereço, me dá isso! diz, pegando o braço de Raegon que nojo... eu estou pegando o braço de um homem... que foi amputado... ah meu Deus... diz, engolindo a seco

Keela observara toda a cena, e por fim, fita o local onde antes era o braço o do irmão

Keela: bom... precisava ser feito suspira

Keela olha cabisbaixa, falando para si

Keela: mas isso não deveria ter acontecido... nada disso deveria estar acontecendo soluça, derramando lágrimas Eu... você... Raegon... é a escala, tudo só vai piorar

O médico termina de costurar o local do corte, e fala a Indrick e Keela

Médico: deixem ele descansar, quando seu irmão acordar, dê água e comida a ele... vou deixar também um frasco de éter e algumas bandagens caso hajam complicações... boa sorte na recuperação do seu irmão diz, sorrindo minha clínica fica na rua Tevanatt, próxima ao mercado da cidade, se alguma coisa acontece, me contatem

por fim, o médico sai do quarto, deixando Indrick, Raegon e Keela a sós

[Após algum tempo caminhando em direção a casa dos Vardembris]

Aliot: bom... acho que finalmente chegamos diz, olhando a casa da residência de veraneio da família Vardembris

Era uma casa localizada na esquina das ruas ditas pelo guarda. Tinha um pequeno, porém, aconchegante e belo jardim. Era uma casa alta, não muito larga, mas com três andares e uma varanda no último andar. Tinha a típica arquitetura das casas de Portus Luna: teto curvo, telha vermelha ou azul e com as paredes pintadas na cor de cores frias (azul, roxo ou violeta)

Aliot: é uma casa muito bonita... bom, você e Yun podem entrar na casa, eu ainda vou dar um passeio por Portus Luna, visitar algumas lojas, comprar algo, talvez... vejo vocês em breve! diz, falando a Aron e Yun

[Aron e Yun adentram na casa]

por fim, Aliot parte a caminho das ruas da grande Portus Luna

---------------------------


Keela enxuga os olhos, falando para si

Keela: precisamos nos preparar para o pior... suspira

Keela olha para Indrick, com um olhar quase depressivo

Keela: podemos ser encontrados pelos piratas, por Tybell... pela Helia Signa... Portus Luna pode entrar em guerra... nunca diga que algo está ruim, pois tudo pode piorar, e vai... fala, sentando na cama (a do beliche), pondo a mão na cabeça

Keela fica cabisbaixa por alguns instantes, mas fala a Indrick, com um sorriso

Keela: há um ditado das terras-sem-rei que diz que: a esperança, mesmo que morta, pode ser ressuscitada... e eu acredito nisso sorri podemos perder tudo, mas se isso acontecer, que percamos lutando...

Keela arqueia a sobrancelha e diz a Indrick

Keela: uma tempestade está vindo, não podemos simplesmente sair daqui assim... na verdade, acho melhor ficarmos na cidade... arranjar um emprego, um refúgio, talvez... precisamos nos preparar para o que vêm, mas para isso precisamos sair daqui diz, levantando-se da cama, pegando o seu rifle e seus pertences foda-se Ignaz, se ele me aparecer, eu denuncio-o para a guarda de Portus Luna, e se ele ousar tocar em mim, eu atiro na sua cabeça fala, sorrindo, indo em direção a porta

Keela sorri para Indrick, dizendo ao mesmo

Keela: Raegon Qohoro Xhor'iya. 25 anos, nascido em na cidade-estado de Xhor... este homem que teve o braço arrancado é forte o suficiente para se cuidar... com certeza ele vai surtar quando ver que teve o braço arrancado... diz, olhando cabisbaixa mas ele consegue se virar... sem falar que, o barman e vários outros homens e mulheres estão aqui, e poderão ajudá-lo.

Keela dá um passo a diante, com sua voz doce e sorriso angelical de volta a sua face

Keela: eu sei que é difícil... é... complicado para mim ver meu irmão nesse estado... eu não sei nem o que pensar direito quando vejo-o assim... mas não podemos deixar o tempo passar e ficarmos igual a ele! Temos que fazer algo... pelo menos arranjar algum trabalho suspira talvez eu esteja apenas querendo evitar ver Raegon nesse estado, mas a verdade é que eu quero o bem para meu único irmão, eu amo ele, e não vou ficar parada sem fazer nada!

Keela dá um outro sorriso, e volta a falar, confiante

Keela: e eu tenho certeza que Ignaz não vai começar um tiroteio no meio de uma cidade de quase 100 mil habitantes! Ele não é locou para isso! E se começar, temos a guarda da cidade ao nosso lado. Então, o que me diz? Indrick B'olvis?


---------------------------------


Em quanto isso, Aliot caminhava pelas ruas de Portus Luna, num jeito animado e desleixado

Aliot: hmmm... acho que vou numa taverna, ou restaurante... talvez numa confeitaria... tô com fome fala para si, em quanto passa próximo a um restaurante (onde Indrick e Keela estavam)

Keela solta um sorriso maroto

Keela: damas primeiro? Vá na frente! sorri descaradamente bom... podemos tentar trabalho mercenário...

----------------------------------

Aliot, no lado de fora, observava as nuvens de chuva

Aliot: vem aí uma grande tempestade