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O Povo do Centro do Mundo

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Mensagem por Aliot von Limbourg Sex Jul 26, 2013 2:49 pm

O Povo do Centro do Mundo 8ojw



Conta-se que essa história ocorre pelo ano de 1303 D.Q:



Houve um explorador, há muito tempo atrás, seu nome era Lunar St. Kross. Ele não tinha família ou raízes. Vivia em seu Dirigível SS. Sky Conqueror, que usava como moradia também. St. Kross tinha vinte e seis anos e já conhecia todo Cyphus (onde era conhecido até então) antes mesmo de completar seus vinte anos.

Seu pai, Hagar St. Kross, que havia nascido na cidade de Thormusk foi o primeiro proprietário do SS. Sky Conqueror e morreu quando Lunar tinha dezessete anos. Sua mãe, Janini, havia morrido três anos antes por conta de uma doença desconhecida.

Lunar havia nascido no navio de seus pais, mas foi reconhecido como filho de Ogaryn pela importância de seu pai.

Assim como seu pai, Lunar trabalha pro Ducado como transportador e informante. Vive fazendo viagens pro Grão-Duque, em geral, “leva e trás” de mercadorias.

Em uma dessas viagens, indo em direção à Ylliria, o SS. Sky Conqueror sofreu um ataque de piratas e teve muitas baixas na tripulação, sobrevivendo menos de 5 pessoas, os quais, muito feridos. O dirigível ficou à deriva por 3 semanas, pois seu leme se quebrou no combate, fazendo com que os mais feridos falecessem nesse tempo, sobrando somente Lunar e seu fiel amigo, Kornel van Foller, e entrou numa tempestade com ventos muito fortes, soprando-os para o sul, passando até pelas Terras-Sem-Lei.

Numa noite em que o dirigível passava por uma área bem ao sul, havia um descampado com umas colinas ótimas para esconder o Zeppelin até que pudesse ser consertado, onde Kornel sugeriu que descessem. Aos trancos aterrissaram no local sugerido.

Logo na primeira noite, pouco antes do amanhecer, St. Kross estava olhando pro horizonte, onde sabia que o sol nasceria, e avistou uma sombra esguia, teria um metro e setenta, pelo menos, todo coberto com panos, deixando somente seus olhos e a extensão de seus braços, que terminavam em dedos compridos e finos, visíveis.

No mesmo momento em que viu a criatura, se levantou, grunhindo a madeira abaixo de seus pés, denunciando-o e fazendo com que a criatura olhasse em direção ao dirigível e correndo em direção à uma das paredes, sumindo como quem a tivesse atravessado. No mesmo instante, St. Kross salta para o terreno firme em que havia pousado e corre em direção ao ponto qual a criatura desapareceu. Chegando bem perto, o jovem vê uma fenda na rocha, com pouco mais que quarenta centímetros de largura, mal daria para passar sem esbarrar nas paredes da entrada.

Sem pensar muito, e munido de sua canhoneira, entrou na fenda, ferindo cada vez mais sua pele rosada. O pequeno túnel se prolongava por pouco mais de dez metros, terminando numa espécie de galeria com quatro outras entradas. Lunar segura sua respiração, a fim de ouvir melhor os sons de dentro dos túneis. Após alguns segundos, ele ouve um som de rochas rolando muito distante do segundo túnel e entra rapidamente por ele, descobrindo um zigue-zague intenso e, ao que percebia, indo cada vez mais para baixo. Mesmo depois de cerca de vinte minutos correndo, não chegava a lugar algum. Após alguns metros à frente, St. Kross para e tenta ouvir o que acontecia em volta.

Um silêncio quase como se estivesse surdo. Após algum tempo segurando até sua respiração para ouvir melhor, capta ao longe um som de passos sobre, o que parecia, água e corre em direção ao som. Mais quarenta metros à frente encontrou um pequeno riacho em um dos túneis que se abriam do túnel principal, riacho esse que levava para uma cachoeira.

Ao chegar na cachoeira, Lunar olhou a grande gruta formada pela força das águas e percebeu, distante de lá, uma movimentação. Olhando com mais atenção, viu que de algumas paredes pendiam-se pedras diferentes.

Essas pedras eram Pedras de Grávita. Centenas delas, milhares.

De repente, Lunar sentiu que estava sendo observado e olhando cerca de cinqüenta metros adiante, beirando a parede rochosa da caverna, uma criatura como a que ele seguia, bem menor, com pouco mais de um metro e vinte de altura. Percebendo que foi descoberto, a criatura sumiu em uma fenda, como a que haviam entrado a princípio.

Lunar vai se esgueirando pela parede, avançando pouco, perdendo de vista o pequeno ser.

Alguns metros à frente, Lunar escorrega e desce alguns metros pela encosta da gruta, se machucando e perdendo sua arma, desmaiando antes de cair na água, no fim da cachoeira.



...



Depois de sonhar com a visão das pedras grávita, Lunar desperta num lugar úmido e escuro, mas muito bem limpo e aconchegante, iluminado por uma tocha bem fraca. Estava deitado, todo enfaixado, numa cama feita de algo que parecia uma esponja, várias dessas esponjas e coberta por um pedaço de couro de algum animal grande e peludo.

Lunar faz um movimento tentando levantar.

Mulher: Não se levante, seu corpo está muito ferido, é melhor que descanse.

Lunar: Onde estou?Lembro-me de ter caído da encosta de uma caverna e acho que bati com a cabeça.

Mulher: É, você teve sorte, poderia estar morto agora. E sobre onde você está? Digamos que no meio da terra. Estamos em uma caverna.

A mulher aparece na luz da tocha, uma pele tão branca quanto a neve que cai nos campos de Fyorda, cabelos brancos lisos e presos num rabo de cavalo, olhos azuis como aquelas manhãs em que o céu está sem nuvens e diz:

Venis: Me chamo Venis e sou uma dos poucos que conseguem sair daqui de baixo para buscar suprimentos na parte de cima. Me assustei com você e corri, não achei que você me seguiria aqui dentro, ainda mais que conseguiria seguir pelo caminho correto.

Lunar: Estou muito cansado, acho que vou dormir mais um pouco. A propósito, me chamo Lunar, Lunar St. Kross

Venis: Tudo bem, Lunar St. Kross, é melhor descansar. Pegar o caminho de volta é mais difícil. É melhor que esteja preparado.

E então Lunar adormece.



...



Lunar havia dormido como nunca, tinha suas energias renovadas, mal recordara que estava deitado em uma caverna a alguns metros abaixo do restante do mundo. Ele se senta em seu leito e observa melhor o lugar. Vê suas botas de couro e seus pertences, exceto suas armas, alinhados ao lado de seu colchão de esponjas. Suas roupas foram trocadas por roupas marrons de tecido, como o das criaturas e de Venis e suas vestes estavam ao lado da cama, toda rasgada e ensangüentada.

Venis: Vejo que está se sentindo bem melhor. Se conseguir caminhar, quero te mostrar as coisas por aqui.

Lunar somente acena com a cabeça.

Ao sair da caverna, ele se depara com a maior caverna que já havia visto na vida, e em uma das paredes, milhares de pequenas entradas, como se fosse uma colméia gigantesca. Venis, como uma guia, disse que era suas casas, ou o lugar onde dormiam. Um riacho, o qual Lunar imaginou que encontraria o outro riacho e formaria aquela cachoeira vista outro dia.

Outro dia...

Lunar: Quantos dias estou aqui?

Venis: Hm... – pensou – O sol já apareceu seis vezes lá fora.

Lunar: Kornel – falou baixinho.

Venis: O que disse?

Lunar: O homem que estava comigo...

Mal terminara de falar e foi interrompido.

Venis: Outro? Existem outros com você?

Lunar: Somente esse.

Venis: Não é possível. Você não poderá mais sair daqui.

Lunar: Desculpe, mas como assim? Preciso ir embora, tenho assuntos para resolver do lado de fora. Já fiquei tempo demais aqui embaixo.

Uma multidão começou a cercá-los a fim de ouvir o que conversavam.

Venis: Da última vez que deixamos um sair, muitos dos nossos morreram, pois este "um" trouxe muitos outros com ele em busca das pedras que flutuam. Meu povo não vai sofrer por causa do coração ganancioso dos humanos. Tivemos que fechar a entrada e buscar uma nova rota, o que demorou algumas semanas. Por isso temos algumas saídas de emergência. Não podemos mais sofrer por causa do seu povo cruel e...

Senhor: Deixe-o partir – disse um senhor tão branco e de olhos de igual cor, pouco cabelo e uma barba branca comprida e ao ouvi-lo falar, todos se ajoelharam, inclusive Venis.

Lunar se colocou de joelhos também e disse:

Lunar: Obrigado por interceder a meu favor. Eu sou Lunar St. Kross. Serei eternamente grato.

Petres: Eu me chamo Petres. E espero que sua gratidão não desapareça com suas palavras.

Após falar, todos ouviram um tilintar de pedras e ao olhar todos viram Kornel que, ao ser visto, sai correndo de volta pelo túnel que veio.

Venis: Não falei? Agora ele trará mais deles.

Lunar: Não, se depender de mim.

Então, Lunar saiu o mais rápido que pôde, acompanhado de perto por Venis. Lunar sorriu durante a corrida e forçou o passo.

Pouco antes de entrar pelo túnel em que Kornel havia fugido, Venis toma Lunar pela mão e o puxa para tomar outro caminho.

Após alguns metros por este caminho, Lunar sentiu o ar, como se ele não estivesse por lá até agora. Lunar não havia percebido, estavam tão fundo na terra que o ar era rarefeito e onde estavam poderiam respirar melhor.

Venis: Continue, logo estaremos bem atrás dele.

Não demorou muito e avistaram o vulto de Kornel. Venis tirou uma boleadeira e atirou contra as pernas do fugitivo, fazendo com que ele caísse de lado mais adiante soltando um grunhido ao tocar o chão.

A dupla alcançou Kornel em poucos segundos e parando ao lado do homem ao chão, Lunar fala:

Lunar: Para onde iria?

Kornel: Temos que avisar a todos sobre eles.

Venis se espanta, fechando o semblante.

Lunar: Avisar por que motivo? Veja que eles vivem muito bem sem a interferência de ninguém de fora.

Kornel:
M-mas e sobre as pedras grávita? Seríamos ricos e...

Lunar o interrompe.

Lunar: Calado! Se isso acontecesse, muitos teriam que morrer, ou pior, isso tudo poderia desmoronar.

Um silêncio paira nos túneis até que Lunar o quebra.

Lunar: Venis, pegue seu povo e procure outra rota. Terei que fechar esta porta.

Venis:
Mas... e você?

O explorador pega nas mãos da eloziana, coloca perto do rosto e beija-as.

Lunar: Eu? Vou arrumar uma saída. Agora vá!

Assim o fez.

Então Venis dá um último olhar para trás. Lunar sabia que era um adeus e sorri ao ver o sorriso da jovem eloziana.

Lunar revista Kornel e pega uma dinamite que havia em um de seus bolsos.

Lunar: Eu sabia, você não anda sem isto.

Ele solta o amigo, acende a bomba, jogando-a em um dos túneis, correndo os dois em direção à saída. Logo que avistam a luz do dia eles ouvem a explosão. Lunar sabia que o povo do fundo da terra estava seguro. Ao menos por mais um período.



...



Não demora muito e ambos vêem uma frota de três zepelins com bandeira de Fyorda. Eles sabiam que era o resgate.

Durante a viagem de volta, Lunar só pensava na eloziana do centro da terra.



Muitas teorias tentavam explicar o povo encontrado lá, a mais plausível era que seriam um povo que fugiu da Alvorada Sangrenta. Não se sabe se Lunar e Venis voltaram a se encontrar.



--- Todos os créditos desta história vão ao jogador Damian Haustin
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