Montanhas de Pentagon

Após mais alguns dias de viagem, acampando, caminhando, e explorando aos afins a geografia de Eloz, a dupla de magos finalmente chega nas montanhas de Pentagon.

De uma geologia impossível e de uma beleza questionável, porém, exótica, as montanhas cobriam uma área enorme, criando uma "pequena" cadeia de morros e desfiladeiros ao longo do percurso

Soren: e aqui estamos... em Pentagon diz, levantando o capuz para se proteger dos ventos frios que partiam do local estamos com sorte por estarmos no início do outono, naturalmente, esse local aqui é um verdadeiro gelo na época do inverno... fala, seguindo em frente vamos... a base dos grifos não está tão longe assim...

Após longos dias de caminhada, finalmente havia chegado a tão falada Montanha de Pentagon, seu guia de viagem muito havia alertado sobre o frio daqui antes mesmo de chegarem. Seus olhos se encantaram com o lugar, mas logo a beleza se fui com um rajada de vento congelante que estava passando.

- Realmente, é frio - Falou segurando seu capuz com uma mão e usando a outra para segurar o manto para perto de seu corpo. - Espero que lá tenha uma boa fogueira. - Disse enquanto tomava cuidado tanto com a neve quanto o vento.

Soren sorri para Siegmund, dizendo-lhe

Soren: não é só uma fogueira que nós temos por lá...

Após mais algumas horas de viagem, sobre escarpas e desfiladeiros, a dupla finalmente chega no que parecia ser uma grande parede de pedra, com duas torres (aparentemente vazias), conectadas a uma das partes da montanha.

A parede era bem alta, tendo cerca de 30 metros de altura. E havia vários símbolos e inscrições no mesmo.

Na base da parede havia uma porta de metal de quatro metros de altura e três de largura, com uma espécie de "trava mecânica-eletrônica".

O grifo vai até essa trava, e digitando uma espécie de código na trava (combinação de formas), ele abre a porta, permitindo que Sieg e ele entrassem

Soren: chegamos... fala, entrando pela passagem aberta

Sieg antes de entrar pela porta de ferro, parou, suspirou de alívio e deu uma boa olhada ao portão, incrível - pensou enquanto finalmente retomava o passo e entrava no lugar.

Seus olhos pareciam não acreditar que um lugar como aquele estaria no meio das montanhas.

Ao entrar no local, Soren fecha a porta e, por meio de mecanismos a vapor, ele ativa uma alavanca, que acende um sistema de luzes de néon, revelando um longo e largo corredor.

Este corredor possui um vasto e bem ladrilhado piso de pedra acinzentado. Alguns flocos de neve e gelo ainda se acumulam entre as frestas do piso, criando a aparência de que o chão estava "congelado".

As paredes possuem desenhos e estátuas do que pareciam ser vários grifos antigos e famosos entre os outros grifos.

Soren: por essas estátuas e desenhos, perpetuamos a imagem de grandes heróis nossos, como por exemplo, Âmber Khrontos: Fundadora dos Grifos de Eloz, mãe das feras, caçadora de demônios...

Por fim, Soren chega a outra porta, esta do mesmo tamanho que a outra porta exterior. Do outro lado dela era possível ouvir vozes e mais vozes de várias pessoas diferentes, provavelmente, de grifos.

Soren: então... é aqui que começamos... fala, abrindo a porta

Ao abri-la, é revelado que a porta dava acesso ao "coração" da montanha. Uma espécie de grandiosa caverna, com uma abertura no "teto" da caverna (por onde fortes raios de luz entravam). Em toda a estrutura do local, haviam andaimes, torres e "casas" conectadas a parede rochosa do local.

Esta é a cede dos Grifos.

Soren: por fim, chegamos... fala, abaixando o capuz, e soltando um grande suspiro de alívio

Após passar pelo primeiro portão e Soren fecha-lo, Sieg finalmente sentia o calor de volta ao corpo, deu leves tapas no rosto para tirar a neve da barba e do cabelo (Que estavam maiores com o tempo), também tirou o que sobrava no corpo. Enquanto caminha e seu parceiro explicava o local, o mago apreciava tudo a sua volta.

Sua expressão mudou quando chegaram a mais uma porta, tão grande quanto a primeira e Soren a abrirá, a face surpresa no rosto de Sieg era evidente, aquilo era inacreditável para estar no meio do nada, pensou quanto tempo levaram para construir aquilo. Pelos deuses - Deixou escapar após seu guia parecer se sentir em casa.

- Muito bem, esse lugar realmente me impressiona - Falou, e em seguida inspirou o ar morno do local com ansiedade - Mas agora, quero começar os testes. - Disse com vontade.

Soren sorri para o mago, dizendo-lhe

Soren: entusiasmo... força... essas são as qualidades de um grifo... mas você não quer descansar nem um pouco?

- Pareço com cara de cansado? - Disse lançando um olhar firme e um sorriso. - Mas seria bom explicar tudo antes, terei testes práticos? Teóricos? E depois? 

Soren sorri para Siegmund, dizendo-lhe

Soren: testes teóricos? Talvez ao longo de sua vida como grifo você fará um... mas, você precisará fazer um teste prático sim... diz, apontando para uma grande estrutura que ficava conectada a uma das paredes da caverna, como se fosse o prédio central dos Grifos mas para isso, precisamos falar com o chefe da guarda... ele dará a palavra final diz, indo com Sieg até o prédio central

Alguns minutos se passam, e a dupla chega adentra no local onde estaria o chefe da guarda.

No meio do caminho, Sieg e Soren encontraram e cumprimentaram com vários grifos que ali estavam. Todos eles olhando com curiosidade para aquele que, aparentemente, seria o "novato" do bando.

Por fim, a dupla chega no grande salão do estabelecimento onde estava o líder dos grifos: Geonn Tersalia

Geonn era um eloziano alto e musculoso, de cabelos azulados curtos e olhos esverdeados. Ele vestia uma túnica típica dos elozianos com um suporte no cinto para uma espada e sua bainha.

Geonn: finalmente, você voltou... e... vejo que trouxera um amigo consigo, não foi?

Soren sorri, dizendo a Geonn

Soren: faz tempo que eu não faço jus ao posto de recrutador sorri para Geonn, dando-lhe um aperto de mão imagino que ele seja um grifo em potencial...

Sieg seguiu seu guia em silêncio, agora queria mais apreciar do que fazer perguntas, cada vez que passavam por um membro dos grifos, o mago apenas acenava com a cabeça como cumprimento.

Finalmente chegaram a sala do líder, deu uma boa olhada a sua volta até parar no homem grande parado no centro da sala, após as apresentações entre os conhecidos, Sieg finalmente resolveu falar.

- Senhor - Fala com tom educado - Vim parar oferecer meu poder aos grifos, gostaria de uma chance de poder entrar para sua Guilda - Fez uma leve reverência.

O Líder dos Grifos abre um caloroso sorriso ao mago à sua frente. Ele gostava de ter novos recrutas ao seu grupo, e gostava mais ainda da determinação de seus amigos. Isso era uma característica muito importante para que os recrutas se tornassem Grifos de confiança. 

Geonn: Rapaz, é muito bom termos sangue novo por aqui. Estava começando a me questionar se não haveríamos de ter novos recrutas. 

Geonn parecia pensativo, mesmo que mostrasse uma expressão leve. No entanto, aquilo não durou por muito tempo, visto que um rapaz, também Grifo, veio correndo para perto do seu líder, sussurrando em seu ouvido algo que o fez ficar preocupado. 
Geonn olhou para o novo recruta em sua frente, tornando-se sério. 

Geonn: Como você se chama?

- Siegmund - O rapaz deu uma rápida olhadela de lado para o rapaz que chegara repentinamente, em seguida tornou a olhar ao seu interrogador - Estou pronto para os testes, senhor.

Geonn: Siegmund... adoraria dizer-lhe que está tudo bem e que a hora é esta, mas você chegou em um momento um tanto conturbado. Você se importaria de esperar para realizar os testes? 

Perguntou o Líder, sem dar muitos detalhes do que estava acontecendo. Ele apenas parecia apreensivo e um tanto apressado, apesar de demonstrar todo respeito perante seu novo recruta.

Sieg foi pego de surpresa, queria fazer o teste logo, mas após se lembrar da feição preocupada após o rapaz ter aparecido, ele resolveu esperar.

- Claro senhor - Fez um gesto educado - Irei andar pela base, para conhecer, se me for permitido e não ser incômodo.

Geonn: Mas é claro que pode fazer isso. Quando tudo estiver certo, você, Siegmund, será chamado. 

O Líder dos Grifos faz uma rápida reverência para sair da sala, acompanhado do rapaz que havia entrado apressadamente. Os dois pareciam preocupados, se conversando, enquanto davam passos largos. 
Soren também mantinha a mesma expressão, mas ficou ao lado de Siegmund, observando cauteloso enquanto seu Líder passava. Podia-se perceber a troca de olhares que os dois deram, como se avisando um ao outro do que estava acontecendo. 

Soren: Eh... desculpe por isso Siegmund. Não esperava que uma coisa dessas fosse acontecer. Espero que não se importe, mas enquanto todos estão se resolvendo, quer dar uma olhada na sede?

- Ah sim - O rapaz ainda pensava no que poderia ter acontecido, mas achou que não devia se preocupar, deveria ser assunto de líderes ou coisas do tipo - Tudo bem, gostaria de conhecer mais os membros do lugar, se não importa. 
 
Sieg saiu por onde veio e andou calmamente pelo local, vendo membros irem para lá e para cá. Analisou cada lugar até enfim encontrar algo que parecia com uma lanchonete ou coisa do tipo, entrou no lugar, limpo e calmo. Se sentou ao lado de um membro da guilda que estava em frente ao balcão.

- Um lanche por favor, o melhor que tiver - Pediu para a(o) funcionária(o) - Então, o que acha disto? Dos Grifos? - Dirigiu-se para o membro que estava ao seu lado.

O atendente (um eloziano) assente com a cabeça e vai até a cozinha do estabelecimento

O grifo que estava ao lado de Siegmund é um elfo. Cabelos curtos, olhos castanhos-claros, cor de mel, e de corpo esguio.

Elfo: ahm... bom, eu acho? fala, sem muito interesse, dando um gole numa caneca de café que estava em cima do balcão.

Após alguns minutos, o atendente retorna, levando consigo uma tigela cheia "até a boca" de uma mistura de vegetais, legumes, carnes e condimentos salgados.

Atendente: aí está, um Misturado de Tudo, é a especialidade da casa diz o eloziano, rindo.

O elfo olha para Sieg, com um rosto preocupado, dizendo-lhe

Elfo: não, coma, isso diz, soltando um suspiro quem avisa amigo é fala, entregando a sua caneca de café para o homem quer um pouco? É café go'hakiano legítimo... pelo menos é o que aquele camelô que eu encontrei em Kodech disse...

A refeição trazida a ele parecia deliciosa, mas antes de poder experimentar foi interrompido por um aviso do Elfo, cujo qual também lhe oferecia um gole de café.

- Não obrigado - Recusou com um gesto - Mas então, está a muito tempo nos Grifos? - Perguntou com a vontade de achar alguém tão novato quanto ele.

O elfo faz um sinal de "negação" com a cabeça, dizendo ao mago

Elfo: estou aqui faz alguns anos... fala, dando de ombros a propósito, sou Cadete. Trevor Rénon, diz, estendendo o braço, num sorriso e você, vai fazer o teste de aptidão para os grifos?

O mago cumprimentou com um aperto de mãos.

- Siegmund, pode chamar apenas de Sieg. - Apresentou-se - Bem, se está aqui a tanto tempo, poderia me dizer como é o teste de admissão? - Disse coçando a barba pensando, se deveria ou não arriscar a comer um pouco da especiaria do local. - Se não estiver ocupado claro.

Trevor dá de ombros, e volta a falar com Sieg

Trevor: claro que posso dizer. sorri, virando-se para o mago bom, o teste em si é bem simples... os Grifos-Chefes vão pedir para você realizar uma investigação, caçar algum "monstro" ou ir atrás de algum artefato de valor, coisa fácil... dá de ombros novamente os testes são bem variados, e vai depender de que dará o teste... o meu, por exemplo, foi ir atrás de umas runas wescans que tinham sido roubadas...

O elfo pega a caneca de café e dá um gole na bebida

Trevor: na melhor das hipóteses, você só vai ter que descer o sarrafo num "mago malfeitor", ou recuperar algum objeto de valor mágico... balança a caneca do café, como se estivesse "misturando" a bebida na pior das hipóteses... você terá que enfrentar um espéctro

Sieg escutou cada palavra com calma, não podia se dar o luxo de se distrair e perder uma informação sobre o futuro teste, não sabia a que nível essa Guilda podia chegar para admitir novos membros.

- Espectros? - Perguntou curioso - Seria como fantasmas de histórias infantis? Me parece algo surreal, mas não duvidaria que vocês caçassem esse tipo de coisa. - Claro que um grupo desses não deve caçar apenas animais simples, pensou - Pode me falar mais desses... Espectros? 

Trevor ao escutar a pergunta de Sieg torna a ficar mais sério ainda. Ele solta um suspiro, e volta a fitar o homem, pensativo

Trevor: espectros... dá de ombros sinceramente, nem eu sei se existe uma "definição" para o que são os espectros, mas eu lhe garanto que eles são longe de ser "fantasmas de história infantis"...

Trevor apóia a cabeça no seu braço esquerdo (que estava encostado na bancada da lanchonete) e continua a falar

Trevor: espectros são... "formas de vida" feitas a base de energia pura, eles são seres imateriais que podem assumir várias formas diferentes. Em sua forma mais pura eles se parecem com... "uma esfera brilhante e flutuante"... dá um gole no café, "desapoiando" o braço eles são vulgarmente chamados de "espíritos" ou "almas"... e, obviamente, não são tais alcunhas...

O elfo deixa a caneca encima da mesa e volta a falar, mantendo o mesmo tom de voz

Trevor: os espectros são apenas uma outra forma de vida... bem diferente da vida que conhecemos, mas são seres vivos, seres estranhos, tímidos e misteriosos... mas são seres vivos, como eu e você.

Sieg escutara tudo calmamente, tentando entender exatamente o que eram aqueles "Espectros".

- Entendo - disse - Apesar de tudo isso parecer loucura, eu acredito em você. Essas dicas me serão úteis, julgando minha sorte ultimamente, acabarei tendo que ver um desses. - O rapaz se levantava e deixava os 9 Aruendos na mesa. - Irei ver se já podem me levar para fazer o teste. Mas antes de ir, vou experimentar um pouco disso - Pegou um pedaço do Misturado e colocou na boca, mastigando, fez uma cara de incerteza e se dirigiu a porta - Te vejo outrora Trevor.

O mago seguiu caminho até onde fora levado anteriormente, na sala do líder, chegou batendo na porta.

- Senhor Geonn? - Chamou ansioso