Portus Luna

Johan olha para o grupo como um todo, e num semblante muito-mais-do-que-preocupado, o homem diz, com as mãos trêmulas

Johan: eu nunca gostei da Helia Signa, e olha que eu sou um devoto do Deus Sol diz, sério mas, é nesses momentos que ela é mais do que necessária. A Helia Signa não é a vilã nessa história, pessoal... diz, pondo a mão que tremia sobre a mesa

Joseph olha sério para Johan, e então indaga, com uma voz quase desesperada

Joseph: então... é verdade, não é? O pentagrama... o sangue... não estamos lidando com forças normais, não estamos?

Johan assente com a cabeça. Eles de fato não estavam lidando com forças normais, forças do mundo que eles conheciam...

Johan: é para essas coisas que precisamos da Helia Signa! Pois essas são as marcas de ritual... nós estamos lidando com um ritualista

Damian jamais tinha ouvido falar do termo ritualista.
Damian: Ritualista? Alguém poderia me dizer o que é um Ritualista?
O nome deixava Damian tenso. Um turbilhão de sentimentos o fez procurar algum lugar para se sentar.

Yun suspira, se aproximando de Damian, já que tinha uma séria impressão que mesmo que tentasse aumentar sua voz, não conseguiria respondê-lo decentemente.

Yun - Minha mãe me disse que Ritualistas são magos que... fazem rituais e pactos para ficarem mais fortes, e utilizam do seu próprio sangue como sua magia... eles são muito fortes, e normalmente... frios e terríveis. (Basicamente, fodeol mossada)

Mio não iria esconder o que estava sentindo, estava sentindo terror. Ela geralmente era fria e sem medo, mas nesse caso... não tinha como não ter medo, afinal, ela era humana. Seus olhos estavam arregalados, e seu corpo tremia. Seu passado vinha à tona com essa imagem. Mio nunca tinha visto uma coisa tão... brutal e estranha quanto isso, mas por mais estranho que fosse.. alguns "flash's" vinham a sua mente, a fazendo ter lembranças não tão agradáveis.

Mio - Que tipo de MONSTRO iria matar uma pessoa na frente desse garoto? Isso é estranho demais. Mas, senhor Johan... não sei se o senhor sabe, mas sou uma maga. Então, não teria algum tipo de problema caso a Helia Signa me encontrasse? Bem, acho que prefiro a minha vida descartada, do que a vida de tantas pessoas...

Mio estava preocupada. Já havia visto o que a Helia Signa fazia, e principalmente, o que fazia com os magos. Não era coisa boa, isso ela podia afirmar. Mio estava ficando cada vez mais nervosa, não sabia o que fazer, mas tentaria o seu máximo.

Johan, em resposta a Damian, disse-lhe

Johan: ritualistas são... como podemos dizer... "moldadores do sangue". fala, sério, olhando para Yun eles não são simples pessoas que fazem pactos... até porque, quem faz isso também são invocadores.

Johan coça a mão atrás da cabeça, e diz, num tom preocupado

Johan: veja bem... magos normais usam o poder da mente para invocarem suas magias. SE um mago consegue levitar objetos pesadíssimos ou criar bolas de fogo enormes só com a energia do pensamento, imagina só o que é possível fazer usando o sangue?

Joseph: ritualismo é uma magia como qualquer outra... ela usa uma via alternativa para transformar a matéria... diz, coçando atrás da cabeça a magia não é boa nem má... quem usa-a, é quem decide se ela será boa ou má.

Johan: e infelizmente, os ritualistas preferem usá-la da maneira má... diz, fechando o punho sobre a mesa

Numa raiva e inconformação, Johan pega a manta do pentagrama e amassa-a, arremessando-a longe

Johan: me desculpem por essa cena... diz, pondo a mão na cabeça durante todos os meus anos trabalhando na D.I.E, eu nunca pensei que eu teria que lidar com esse tipo de coisa

Johan caminha até a janela da sala, abrindo-a, deixando o ar circular para dentro do local

Johan: bom, garota diz, olhando para a go'hakiana Portus Luna tem uma certa... "rixa" diz, desenhando aspas no ar com a Helia Signa. fala, se debruçando no parapeito da janela, balançando a cabeça (como se quisesse esquecer do que tinha acontecido) parece que vamos ter que resolver isso por nós mesmos...

Johan vira-se para Yun e Mio, e indaga ás garotas, num tom cínico

Johan: acho que não conheço vocês... a propósito, meu nome é Johan Draus, chefe do Departamento de Investigações Especiais, a D.I.E

Mio ficou olhando para o homem, entendendo o que ele dizia. Teriam que ver algum plano, porque não estariam com muitas ajudas.

Mio - Entendo, senhor. Então, vamos tentar arrumar um jeito bom para fazer isso.

Ouvindo o tom cínico do homem se apresentando, Mio franziu sua testa e cruzou os braços, se inclinando para trás. Estudando as expressões do homem, Mio falou.

Mio - Meu nome é Kurosawa Mio, e a menina do meu lado é Yun Vänker. Prazer em conhecê-lo, senhor Johan Draus, chefe do D.I.E.

Mio não podia conter o tom que ameaçava sair de sua boca. O homem tinha sido tão... falso, e Mio apenas não podia ignorar isso. Acabou falando em um tom de deboche, uma coisa que as vezes escapava sem a maior das intenções.

Yun assente com a cabeça de leve, assim que ouve Mio lhe apresentando. Ela não estava muito atenciosa com tons e vozes, pois sua mente focara apenas em uma solução pra tudo que estava acontecendo.

Yun - Não sei o tanto de poder que esse ritualista deve ter, mas minhas habilidades podem ajudar, acredito. Farei o meu possível, senhor Johan.

Damian, agora um pouco mais aliviado, se lembrara dos outros novos amigos.
Damian: Gente, temos que avisar os outros, nos manter atentos e não deixar que ninguém em Portus Luna seja ferido. Ao menos poderemos fazer algo por Portus Luna, imagine os lugares que existam mais ritualistas? - o ruivo começa a pensar em Lavint, ainda sentia saudade da vida pacata. - Senhor Johan, temos mais pessoas para avisar, se importaria se fôssemos agora? Agora, mais do que nunca, não tenho a intenção de sair da cidade.

Johan coçou o queixo, pensativo. Não haveria mal algum em deixá-los ir, já que haviam dado sua palavra que iriam ajudar.
O chefe do D.I.E assentiu, suspirando, ainda abalado com a cena anterior.

Johan: É claro que podem. Parece que também não vamos a lugar algum, e ainda temos que pensar em alguma solução que não coloque em risco mais vidas...

Assim, o homem indicou a porta, voltando suas atenções no menino que recitava as tais frases estranhas. Ele não entendia nada do que estava acontecendo, mas pelo bem de Portus Luna, deveria descobrir logo e agir.

Mio assentiu com a cabeça. Precisava comprar novos equipamentos, pois uma espada não seria o bastante daqui para frente.

Mio - Então.. quem quer me acompanhar para comprar equipamentos ou armaduras? Eu preciso de novos, então é uma boa oportunidade. E depois disso, se vocês estiverem dispostos, podemos ir encontrar Kulodra, já que combinamos antes.

Mio falou com os braços cruzados, como antes. Ela estava com fome, MUITA fome. E precisava refrescar as idéias depois de uma coisa dessas.

O ruivo se levanta e se despede do inspetor chefe com um aceno, se dirige a Joseph e aperta sua mão.
Damian: Cuide-se, não quero ter más notícias. Assim que o senhor Zack melhorar, por favor, me avise, ainda estou preocupado com ele.
Damian abre a porta e ruma em direção ao centro comercial de Portus Luna, sabia que seria o melhor lugar para comprar equipamentos.
Damian: Senhorita Mio, sei o lugar que poderíamos encontrar de tudo, provavelmente, bons equipamentos também.

Enquanto Johan conversava com o grupo, Joseph resolve perguntar ao seu superior...

Joseph: Mas sr.Draus, esse menino... porque deixariam ele viver, já que o modo como os corpos estão indica que o autor desse horror não se importa nem um pouco com a vida de outros? E o que significa isso que ele diz constantemente? E os símbolos no pentagrama? Alguém sabe o que eles significam?

Por um momento Johan fica calado, levando uma das mãos até a testa, esfregando-a, como se quisesse estimular a sua cabeça a pensar...

Ele então franzina a testa e apoia-se sobre a mesa onde o pentagrama estava desenhado, com as duas mãos, e fica encarando o estranho desenho fixamente.

Ele então sussurra...

Johan: Mistérios, mais mistérios á esse caso... toda vez que nos esforçamos para dissipar a névoa de dúvidas parece que ela fica mais densa! ele esmurra a mesa, isso não era comum dele fazer...

Todos os outros investigadores que estavam na sala se espantam com a atitude do seu chefe, ninguém o havia visto alterado sobre um caso...

Joseph então aproximasse mais do Johan e fala...

Joseph: Senhor, não seria melhor deixarmos esse caso para a Helia Signa, já que assuntos dessa natureza não são da nossa jurisdição? fala receoso...

Johan subitamente, ao ouvir o que Joseph havia dito, gira a sua cabeça para a direção do guarda e o olha fixamente, falando alterado como se estivesse frustrado...

Johan: MAS DE MANEIRA ALGUMA EU IRIA FAZER ISSO! EU SOU JOHAN DRAUS, INVESTIGADOR SENIOR DE PORTUS LUNA, E SE ALGO ACONTECE SOBRE SOLO LUNARIANO, ENTÃO É MINHA...NÃO, NOSSA RESPONSABILIDADE E DEVER! VOCÊS ENTENDERAM?

Todos se assustam com a voz alterada do Johan, e ficam calados por um tempo com as cabeças para baixo...

Depois disso, Johan se acalma e volta ao seu normal dizendo...

Johan: Desculpem-me... foi um deslize meu, sinto muito por isso. Não deveria jogar as minhas frustrações em seus ombros, vocês também devem estar estressados, frustrados e, como eu, assustados com esse e outros casos, já que somente pegamos os que são realmente os mais importantes e difíceis de resolver. Felizmente até agora conseguimos resolver esses casos com o esforço e dedicação conjuntos de todos aqui, e por isso lhes sou grato.

Johan faz uma pausa fechando os olhos e soltando um longo suspiro, voltando a falar em seguida...

Johan: Espero que possamos resolver esse caso como fizemos anteriormente, e mais uma vez peço desculpas pela minha atitude! faz novamente uma pausa pensativo Tirem o resto do dia de folga, amanhã retomamos as nossas atividades.

Todos ali trocam olhares, sem entender o que o Johan estava dizendo, não era comum fazer isso. Foi então que um dos investigadores, uma moça de altura 1,62m de cabelos curtos na cor loiro, de pele morena e que usava também um colete só que de cor negra e por dentro uma camisa de mangas longas na cor branca fala...

Moça: Mas senhor, nós entendemos a sua situação não precisa se desculpar... não seria melhor começarmos as investigações imediatamente já que todo segundo é importante para resolvermos esse caso?

Joseph aproveita a fala e diz...

Joseph: Também acho que não deveríamos parar senhor Draus, cada oportunidade que tivermos para resolver esse caso é de extrema importância, por favor reconsidere! Estamos todos aqui dispostos á ajudá-lo com isso, conte conosco!

Johan olha para os dois e diz...

Johan: Eu sei disso muito bem, também tenho plena convicção de vocês farão um grande trabalho como sempre fizeram, mas eu não me retratarei. Repito, tirem o resto do dia de folga e amanhã retomaremos a investigação... faz uma pausa isso é uma ORDEM! fala a última frase de forma imperativa Agora vão!

Depois disso, todos ali começam a abandonar a sala, deixando papeis e fotos nas mesas, ainda relutantes e sem compreender o porquê dessa decisão, mas sem questionar as ordens do seu superior...

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Após andarem um pouco pelas ruas de Luna, o grupo chega ao cais, e logo do lado, uns 6m de distância havia um pequeno estabelecimento, bem modesto, não aparentando ser bem um restaurante.

Então Raegon fala quase que sem paciência....

Raegon: É ali, só pode ser esse ai! É o único que bate com a descrição da Jeanne, vamos logo estou com fome, não aguento mais! então parte direto para o estabelecimento, a passos largos...

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Indrick acompanha o grupo até o restaurante, e ao chegar ele fica olhando ao redor procurando pelo estabelecimento, sem muito sucesso. Foi então que Raegon fala de forma exaltada dizendo que o havia achado, Indrick olha atentamente ao suposto restaurante e fica pensativo já que não aparentava muito em ser um restaurante, mas logo acaba se dirigindo ao estabelecimento já que também estava com um pouco de fome...

Mio continuava parada no lugar, mas depois de ter visto Damian indo para a rua, saiu lentamente de lá, respondendo ao garoto.

Mio - Seria ótimo se você me ajudasse, Damian. Você está precisando do que exatamente?

Mio sorria de uma maneira leve, enquanto tentava conversar com Damian. Mio precisava socializar, se não.. seus medos não iriam embora.

Yun apenas observava aquela cena ao lado de Jeanne, percebendo que definitivamente, o que estava acontecendo ali era algo assustador. Afinal, por qual outro motivo o chefe da D.I.E ficaria tão exaltado assim?
A menina suspira, pensando se a Helia Signa não seria de grande ajuda em um caso como esse. Talvez o orgulho de Johan não o deixasse perceber, mas nessas situações, a melhor coisa a fazer seria pedir ajuda.
A última ação do chefe do D.I.E foi a mais suspeita, para Yun, já que o homem deixou seus agentes descansarem. Não era uma ordem um tanto perigosa? A qualquer momento outros assassinatos poderiam ocorrer em Luna, e mesmo assim, todos os agentes do D.I.E não estariam nem em seus postos para ajudar.

Yun - Jeanne, vamos, temos que avisar os outros... - ela lança um olhar à Damian e Mio, que haviam parado para observar a cena - os encontrarei depois. Não tenham pressa... e por favor, tomem cuidado.

A menina segurou a mão de sua amiga, a puxando de leve para fora da delegacia. O cheiro de sangue ainda a deixava enjoada demais para pensar com clareza.
Assim que saiu daquela construção, Yun soltou o ar que estava segurando nos pulmões, e logo o seu cérebro voltou a funcionar como uma explosão.

Yun - Com certeza isso não deve estar relacionado ao que aconteceu em Terdemut... acredito. Mas será que não tem a ver com o ataque em Luna, antes de tudo?

Havia mais uma coisa em sua mente, mas isso Yun não diria. Ela não era o tipo de pessoa para suspeitar de outro alguém, já que sua natureza confiava completamente em qualquer um que aparecesse (por causa disso passou por vários problemas no passado). Ainda sim, as ações de Johan eram complicadas e confusas pra ela, que não entendia os motivos do chefe. Claro que ele poderia ser apenas um homem em conflito, tentando desesperadamente achar uma solução, porém e se ele fizesse parte de toda a trama? Nesse caso, não seria melhor chamar a Helia Signa para ajudar?

Yun - Não... não, isso colocaria os outros em perigo, por que são magos...

Yun murmurava quase que para si, sem se importar que Jeanne estivesse ao seu lado, podendo escutar tudo que falava. Na verdade, não era nada de mais, e até ajudaria se a outra mulher também tivesse ideias para ajudar na solução desse caso.

O que Damian ouve fez com que parasse no mesmo lugar, tinha que olhar a cena. Era difícil não assistir a um homem que tinha uma pose inabalável ser dominado por seus sentimentos. Alguma coisa muito séria estava acontecendo.
"Era hora de melhorar minhas técnicas de combate, mas como?" pensou.

Ao ouvir tudo, volta-se novamente para Mio.
Damian: Preciso de equipamentos mecânicos. Não tenho habilidades especiais como vocês, mas tive uma idéia.
Damian se aproxima de Yun, coloca sua mão em seu ombro e pergunta.
Damian: Prefiro ir todos juntos - e sorri - depois disso tudo, não seria bom sairmos sozinhos, ainda mais se Hélia Signa estiver por aqui sem que saibamos.

Lá fora, Yun sentiu seu ombro ser segurado por Damian, e logo olhou para trás, quebrando a atenção em seus pensamentos confusos.

Yun - Certo... é melhor mesmo. Vamos antes avisar meus amigos, não gostaria que eles sofressem alguma coisa nessa situação. Eles acabaram de voltar de uma viagem que - a menina olhou para baixo, um pouco chateada - aparentemente foi... bem turbulenta...

Mio assentia com a cabeça, pois Damian estava certo em tudo o que falou. Os equipamentos vinham depois, agora havia uma tarefa mais importante.

Mio - Então, vamos indo. Precisamos avisar eles, depois, se ainda quiserem e estiverem dispostos, podemos ir comprar os equipamentos.

Mio falava, com as costas viradas para o grupo e com a cabeça baixa. Ela não iria falar isso, mas estava frustrada e com raiva. Quem diabos iria fazer uma brutalidade dessas? Ainda mais com uma criança por perto..? Essa pergunta não queria sair da cabeça de Mio, por mais que ela tentasse a apagar completamente. Seu lado humano ainda existia, mas ela temia que ele poderia desabar a qualquer momento, e ela sabia que, uma hora ou outra, isso iria acontecer. Ela apenas precisava se preparar.

Ainda carregando os machucados que havia adquirido na batalha contra o navio pirata de Ignaz, Aron agora estava de volta em Luna, junto com o grupo, sentado em um restaurante e prestes a começar uma refeição. Ao invés das vestes costumeiras, pesadas e complexas, o garoto vestia algo mais simples, algo que não atrapalhasse na hora de substituir as bandagens que ele estava usando, que cobriam boa parte de seu ombro esquerdo e de sua perna direita. Ele tinha apagado no meio da batalha entre as tripulações, e até agora não tinha ideia de como aquilo havia terminado. Porém, ele estava feliz. Feliz porque nenhum de seus amigos havia se ferido gravemente, e todos pareciam estar bem. Em um tom despreocupado, o Lightsworn tenta puxar assunto na mesa.

— Ah, finalmente Luna. Tivemos uma aventura e tanto nos ares, não concordam?

Ele deixa escapar um sorriso, de certa forma, alegre por estar reunido com todos seus amigos. Os eventos que aconteceram no tricentenário já pareciam distantes.

Ao ver o amigo já quase recuperado, Mawari dava um sorriso para ele. Estava feliz por todos já estarem bem recuperados da batalha que tiveram, as vezes ainda sentia algumas pontadas e formigamentos em seu ombro, mas nada que pudesse atrapalhar a sua felicidade de estar reunida com seus amigos, ainda mais por estar por perto de Yun, apenas aquilo já bastava a ela. Por mais que se sentisse menos amistosa, por conta daqueles dois novos companheiros de Yun, tentava não deixar transparecer, deixando na face um sorriso tímido. 

- E como, Aron, e como... - Falava enquanto levava a mão até o próprio ombro, apertando de leve o ferimento.

Aron olha para sua amiga de longos cabelos rosáceos, percebendo que a mesma levava a mão até o ombro. Buscando na memória, ele lembra que Mawari foi atingida no ombro durante a batalha. O sorriso do Lightsworn se desfaz lentamente, se lembrando da promessa que havia feito para a garota em Ylliria.

— Me desculpe, senhorita Mawari. Daquela vez eu fiz uma promessa... eu não consegui cumprir... eu sinto muito mesmo, você não devia ter se machucado.

Agora que ele começava a se lembrar melhor da luta, o garoto nota que seu desempenho foi terrível. Ele praticamente não fez nada para ajudar seus amigos.

- Não se preocupe com isso... não irei lhe considerar um desertor de promessas. Estamos todos bem e inteiros, isso que importa... - Tirou a mão do ombro, se aproximando de Aron e dando-lhe leves tapinhas nas costas, sorrindo. Não sabia o porquê, mas já vira tanto ele quanto Yun fazerem esse gesto, deveria ser algum toque secreto entre amigos e ela também queria participar daquilo.

O sorriso retorna ao rosto do garoto ao ver aquele gesto de Mawari. Aron era grato por ter amigos bons e compreensíveis como ela. Em um tom sério, exalando determinação, o Lightsworn fala.

— Eu vou treinar pesado assim que ficar bem desses machucados. Um falha como aquela não vai voltar a se repetir, eu prometo!

Ainda com o sorriso no rosto, Aron dá leves tapinhas na cabeça de Mawari, dizendo.

— Não se preocupe, senhorita Mawari. Essa promessa não vai ser quebrada!

- Treinar... é, isso é algo que preciso também. Sinto que não fui muito útil lá em cima... - Olhava para o nada, por instantes seu sorriso havia sumido. Depois encarava Aron, fingindo-se emburrada. - Hã, e é bom que não se quebre mesmo... e, e assim que ficar forte prometo te proteger também... você, Yun e todos os amigos que ainda ei de fazer... - Corava de leve com as próprias falas, ficando com um sorriso um pouco bobo na face.

Aliot, acompanhado de seus amigos senta-se na mesma onde estavam Mawari e Aron (e, supostamente Kulodra, Keela, Indrick e Vânia)

Aliot: por fim, cá estamos nós... fala, soltando um suspiro de alívio... um suspiro de paz. Por fim, após tantas brigas e confusões, o grupo poderia desfrutar de um pouco de paz, mesmo que efêmera.

Estralando os dedos de sua mão, o meio-eloziano comenta com seus amigos

Aliot: finalmente, estamos juntos... diz, olhando pela janela do estabelecimento, procurando se Yun, Damian ou Mio estavam vindo em direção ao restaurante a maioria de nós, pelo menos... dá de ombros um pouco de calmaria antes de outra tormenta não fará mal... diz, sorrindo

Yun caminhava ao lado dos seus amigos, em busca do grupo. Ela não precisava utilizar do seu faro para encontrá-los, já que sabia que estavam no restaurante que Jeanne os havia indicado. Porém, era bom garantir, afinal, eles poderiam ter ido para outro lugar, nunca se sabe.
A menina levantou o rosto, fungando profundamente, para perceber o caminho todo se montando em sua mente.
Felizmente, estavam no restaurante de Enil, e assim, Yun apressou o passo, sem querer gastar mais tempo.

Yun - Eles estão com um cheiro diferente... mas ainda sim consigo reconhecer a essência de cada um!

Murmurou para si mesma, de uma forma feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz por ainda reconhecê-los, triste pois ainda que fossem apenas 4 dias, Yun sentia como se tivesse perdido um longo tempo de vida com os seus amigos.