Rota do norte-sul de Andros

A rota norte-sul é uma estrada que segue desde Acksburg até Baía Dourada, em Brastel. É a mais longa estrada do ocidente e da ilha flutuante de Oéstia (a ilha onde se localiza os países de Andros e Brastel)

O sol estava tênue, e seus raios cruzavam a copa das árvores criando estonteantes e etéreas cortinas com seus raios, dando a impressão que um gigantesco véu translúcido cobria o topo da floresta andresa.

Algumas carruagens e comitivas passavam pela estrada de pedra que compunha o trecho norreno da rota norte-sul. O batucar dos cascos dos cavelos sobre o chão rochoso da rota  criava um som rítmico e constante que se misturava com os sons da floresta que circunda a rota, dando a impressão que tudo estava imerso nas vozes e sons da natureza, que ecoavam ao longo do local.

Entretanto, essa harmonia de sons rompe-se quando o galho onde estava o elfo de cabelos loiros quebra-se, criando um estalo.

A bela moça que passava nas proximidades do local, assusta-se ao ouvir tal estalo, virando o rosto em direção a árvore onde Oliver estava.

Moça: pela trindade! assim fala, assustada, apressando o passo, distanciando-se do álfar

Logo após quando a moça "foge", caminhando na direção oposta em que estava Oliver, uma voz masculina, grave e rouca podia ser ouvida.

- não tá fácil para ninguém, não é?

Abaixo de Oliver, olhando para cima da árvore, estava um homem alto, trajando um sobretudo azulado. Ele era dotado de cabelos negros, longos, na altura do ombro, e olhos verde-azulados, de um tom intenso e hipnotizante.
Seu sobretudo dava-lhe uma aparência de notoriedade, mas ao mesmo tempo de anonimato. Qualquer um poderia julgar que aquele homem era apenas mais um viajante que caminhava por aquelas estradas, um andarilho solitário

Homem: e então? O que estás fazendo aí em cima? indaga o homem

O homem ergue as mãos numa posição de "defesa", e diz ao elfo, num tom de voz jocoso e maroto

Homem: Calma! Calma! Para que motivos para tanto estresse, elfo? indaga, abaixando as mãos eu só estava passando por aqui e vi alguém encima de uma árvore, e este alguém quase caiu dá uma pausa, cruzando os braços e esse alguém és tu.

O homem recua alguns passos, para visualizar melhor o homem que estava sobre o galho

Homem: mas então, à minha pergunta. O que você está fazendo aí? Apenas apreciando a vista da rota norte-sul?

O andarilho dá um sorriso amistoso a Oliver. Ele diz, num tom de voz amigável e companheiro, as seguintes palavras:

Edwyn: me chamo Edwyn Turner, segundo na minha família que carrega este nome. Nativo de Andros, Redwall. assim fala, adotando uma postura mais calma e desleixada. Era evidente que o andarilho não estava desejando fazer mal algum ao elfo mas... um encantador? Acho que está procurando no lugar errado, elfo. diz, sério sabes que Andros não é exatamente um... lugar para magia

O homem de cabelos negros olha para a direção em que a garota havia ido. O local estava iluminado pela cortina de raios solares.

Edwyn: não, eu não conhecia-a. Sabem só os Deuses quem aquela mulher era. fala, olhando para o elfo não acha melhor descer daí? fala, cruzando os braços

O homem dá de ombros. Pensativo, ele responde a pergunta do elfo, se aproximando do mesmo

Edwyn: eu estava vindo de Tervalos, em Brastel, para Findral, aqui em Andros. diz, pondo as mãos dentro dos bolsos do sobretudo um parente meu mora lá, e estava indo visitá-lo.

Edwyn fita a estrada de pedra que estava a sua frente. Num tom de voz moroso e paciente, ele indaga ao elfo

Edwyn: mas e você? Algum destino específico?

- Nenhum , por que a pergunta ? gostaria de um companheiro de viagem por acaso ?


Dou um pequeno sorrisinho sarcástico , virei os olhos acompanhando sua visão , observo a estrada de pedregulhos calmamente , ja estava começando a achar estranho , Andros nem sempre foi tao calmo assim , talvez eu estivesse com sorte.  

O homem dá de ombros, voltando a fitar o elfo, ele diz:

Edwyn: não sei... se estiveres disposto a viajar comigo, eu ficaria de bom grado. Estou andando sozinho desde o sul dessa rota faz uns seis dias... diz, olhando entre a copa das árvores

O homem responde a Oliver, cruzando os braços

Edwyn: sim... dá um sorriso eu sei um ou dois golpes, o suficiente para conseguir me defender. dá de ombros, descruzando os braços

O homem de sobretudo continua a fitar a estrada, e num suspiro, ele fala ao elfo, pondo a mão sobre a testa

Edwyn: melhor irmos logo, estamos perdendo tempo...

Começo a dar pequenos saltos no solo como se estivesse pulando corda enquanto isto respirava aos poucos o ar limpo daquela região. 

- Arghs, também acho.. 


Saio caminhando lentamente , estranhamente sempre duas abelhas me acompanhavam , geralmente olhando para trás . isto me deixava mais seguro já que impedia ataques `surpresas` .. eu acho.

-----

Os minutos passam... as horas passam... o céu já estava ficando avermelhado e o sol estava para cair além do horizonte, e a dupla ainda continuava a caminhar por aquela extensa rota.

Edwyn apenas fitava o distante da rota, fitando entre as árvores e arbustos que estavam a seu caminho. Ele sabia que ainda demoraria muito para chegar em Findral... ao menos tinha alguém com quem conversar ao longo daquela exaustiva viagem

Edwyn: então... Oliver fala, colocando as mãos nos bolsos do sobretudo de onde você veio? Você, por acaso, nasceu em uma das nações élficas do oriente? Ou você é mesmo dessas terras ocidentais? fala, tentando puxar assunto com o elfo

Edwyn solta um suspiro, dizendo ao elfo

Edwyn: sem regras ou preconceitos? Me desculpe, mas acho que não estamos vivendo no mesmo mundo dá de ombros, num tom de voz moroso e pensativo mas... dragões? Duvido muito, Oliver. Essas coisas nunca existiram, não existem, e creio que jamais existirão em nosso mundo... dá um suspiro alguns menos crédulos acreditam que estes foram extintos... mas eu duvido muito se eles sequer existiram em eras passadas fala, coçando atrás da nuca a não ser que você esteja falando de Asra, o Deus-Dragão da religião nobelantis, mas aí já é outra história... dá um sorriso

Por fim, a dupla continuava a caminhar, quando, novamente, Edwyn comenta com o elfo

Edwyn: mas então... eu estou com fome... você está com fome também? diz, procurando um possível local para a obtenção de comida naquela estrada você tem alguma idéia do que podemos comer?

Edwyn olha para o "arredor" das estradas, e não encontra nenhum veado ao longo do caminho

Edwyn: não vejo nenhum veado por aqui, mas... não custa nada procurar por um, não acha?

Assim, a dupla passou a andar pelos matagais da rota norte-sul.

Mesmo após ávidos minutos de procura entre as árvores da floresta local da rota norte-sul, Edwyn (e provavelmente Oliver) não encontram nada por ali.

Edwyn: mas que droga... não tem nada por aqui... fala, enquanto caminhava entre as árvores

Após mais alguns minutos de procura, a dupla chega numa clareira, onde um grupo de quatro pessoas (duas mulheres, um homem e um wescan) estava sentado ao redor de uma fogueira, cozinhando um javali sobre o ardente fogo da mesma

Edwyn: olha só... sente esse cheiro? diz, dando uma fungada carne de javali... poderíamos perguntar para eles se eles estão dispostos a repartir um pouco daquela carne... dá de ombros não custa tentar

Rapidamente, o wescan que estava sentado ao redor da fogueira olha para o elfo. Num alegre e caloroso sorriso, o mesmo fala (num curioso sotaque reândrico) a Oliver.

Wescan: claro que vocês podem se juntar a nós! diz, apontando um local para que a dupla se sentasse viajantes são sempre bem vindos!

O wescan detêm grandes olhos escarlates, e seus cabelos eram arroxeados (típico da raça), suas feições eram típicas de um wescan, tornando um ótimo "exemplo" da raça.

Ao lado do wescan, estava uma das mulheres: uma moça (que a julgar deveria ter 16 ou 17 anos), de cabelos negros curtos (na altura do ombro), e de olhos castanhos. Sua pele é clara e suas feições remetem-na aos nativos de Schatzvel.

Moça: então... vocês devem ter vindo de longe, não? Parecem ter caminhado muito até chegarem aqui diz, cutucando uma estaca de pau que estava apoiada na fogueira, que, por sua vez prendia o javali na mesma. querem um pouco? diz, apontando para o javali

Edwyn solta um largo e ávido sorriso ao ver a recepção calorosa daqueles que estavam perto da fogueira, e sem pensar duas vezes, o homem corre em direção ao local indicado pelo wescan, sentando-se no mesmo.

Percebo que eram inofensíveis , meu primeiro pensamento era de mata-los e ficar com todo o alimento só para Edwyn e eu , porem acho que esta escolha não seria bem vinda , com esta possibilidade já descartada preferi me juntar a todos , se aproximei se mantendo sempre 4 metros de distancia no minimo.

- Err , Olá a todos.. muito obrigado pela recepção , estão fazendo o que por aqui ?


Digo enquanto cheiro um pouco a carne do javali tentando ver qualquer modificação em seu odor , assim como uma prevenção de venenos no alimento , caso tudo estivesse normal iria come-la logo em seguida.

A moça de cabelos negros olha para Oliver, e num amistoso sorriso, ela diz ao mesmo

Moça: estamos apenas de passagem... estávamos vindo de Redwall, agora, vamos para Terdemut, em Brastel fala, rindo

Após alguns minutos, o wescan de cabelos arroxeados retira o javali da estaca e reparte generosas porções de carne para todos os que estavam por ali

Edwyn comia a costela do javali com ânimo e prazer demasiado, degustando cada pedaço que ele arrancava com seus dentes

Edwyn: nossa... vocês tiveram uma excelente caça diz, dando uma mordida nunca comi um javali não suculento assim...